Capítulo 4

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Os fios claros se movimentavam para trás pelo vento enquanto o mesmo analisava a frente enorme do colégio pintado recentemente com tinta branca e cinza

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Os fios claros se movimentavam para trás pelo vento enquanto o mesmo analisava a frente enorme do colégio pintado recentemente com tinta branca e cinza.

Os policiais do local já haviam tentado fazer os terroristas retrocederem ou fazerem um combinado para soltar as crianças e os professores. Mas pelo o que disseram para a força militar era que o cabeça do ato se negava a entregar alguém, até porque não era dinheiro que os interessava.

Naquele momento, Paris estava um caos, pais e mães ao redor do colégio tendo alguns policiais tentando afastá-los para trás das barreiras de ferro no chão que impediam eles de ultrapassarem.

De outro lado havia Nadja, uma jornalista extremamente famosa na França que com o helicóptero de filmagem da sua emissora gravava tudo à sua volta.

Àquele terror com certeza seria registrado nos livros de história.

O comandante de olhos verdes levanta a arma na altura do peito apontando para frente. Com cautela entra pela saída dos funcionários que visualmente parecia ser a mais desprotegida no momento sendo seguido de seus outros parceiros de equipe.

O sinal da escola acaba tocando no automático como todos os outros dias, mas nenhum dos presentes no corredor se movem ou se quer demonstram qualquer tipo de "susto". Eram treinados para controlar seus sentimentos mediantes a situações como aquela.

"Eram umas cinco e pouca, a hora de saída das crianças, a hora que sua esposa finalmente iria para casa encontrá-lo e tomar um banho que a deixaria com o odor doce de morango." O capitão francês pensava lembrando da silhueta formosa abrindo a porta de casa que era branca com as chaves prateadas junto do chaveiro de joaninha.

Quando ele chegasse em casa, tocaria no ombro feminino onde suas mãos calejadas por lutas diárias deslizariam com facilidade pela pele clara, macia e hidratada pelo creme corporal.

A mão direita com unhas vermelhas onde a aliança prateada estaria encaixada no anelar gentilmente acariciaria o rosto esbelto do esposo.

E a esquerda levaria a mão ocupada de Adrien até a pequena elevação em seu ventre onde a menininha faria questão de chutar para seu pai como sempre.

Ele daria tudo para que estivesse vivendo mais um de seus dias perfeitos ao lado da mestiça.

O radinho chia tirando o tenente de seus pensamentos dominados pela presença da azulada.

— As vítimas estão numa sala no fim do corredor no segundo andar. — era a voz de Max, pelo o visto, ele finalmente teria conseguido entrar no sistema e ter total acesso às câmeras do colégio.

— Certo. — a Tsurugui confirma no lugar de Adrien após perceber que o mesmo não iria dar uma resposta ao especialista em TI.

[...]

Os corredores tinham papéis e cartolinas com desenhos de pessoas, se é que palitos com cabeça poderiam ser chamados assim, colados nas paredes em molduras de madeira e logo abaixo haviam nomes.

Os olhos verdes acabam se perdendo em um desenho específico, onde haviam duas pessoas estilo palito, desenhadas em traço preto, a primeira tinha fios azuis bem escuros com um vestido vermelho, o segundo tinha fios loiros e vestia uma roupa preta com uma espécie de "chapéu" e por último havia um pequeno bebê loiro nas mãos da "mulher".

Ele se atenta ao desenho e sob a visão até uma "setinha" à cima da mulher desenhada, lá estava registrado com uma letra meio confusa "Titia Marin". Os olhos descem para baixo e analisam o nome "Lola" escrito com uma linda letra que conhecia de longe.

Era a letra de Marinette.

"Uma de suas alunas talvez." — o militar analisou em pensamento.

— Adrien, escutou o barulho? — a voz de Kioko o tira da linha de pensamento.

Ele aponta a mp4 para frente, mas não atira, apenas posiciona e começa a se aproximar devagar da porta nos fundos do corredor que parecia ser onde saía o ruído de algo ter caído.

As mãos masculinas pressionam o cabo da arma na porta de madeira e de repente abre a mesma de uma vez só com a sola do sapato em um chute.

As sombrancelhas loiras se movem demonstrando a confusão do superior aos outros companheiros que se aproximam do mesmo para ver o que havia dentro da sala.

Eram várias crianças com carinhas sapecas que resmungavam desanimadas enquanto outras reclamavam em tons nada amigáveis.

— Foi tudo culpa do Otávio. — a moreninha diz com os lábios formando um bico emburrado.

— Vacilão. — outro menino se afasta do tal "Otávio" enquanto negava com a cabeça.

— Foi mal, gente. — o garotinho com fios castanhos num tom extremamente claro coça o pescoço. — É que eu fiz xixi.

"Ew" As outras crianças falam em uníssono tampando os narizes.

Adrien vira para trás após ouvir um "Ew" nada infantil e bem grosso para sua audição apurada.

— O que? — Plagg pergunta se sentindo julgado pelos olhares sérios dos parceiros. — Isso é nojento, extremamente nojento. — dá de ombros com a arma ainda nas mãos.

Kioko dá um suspiro extremamente exagerado deixando bem claro o seu descontentamento e constrangimento pelo colega de trabalho de anos.

— Eles estão com armas? — uma voz feminina bem fininha chama a atenção dos outros amiguinhos.

Os olhinhos dos alunos começam a se esbugalharem de medo ao observar no que estava nas mãos dos adultos recém-chegados.

Os pequenos se juntam e vão para trás devagar com receio de que os mais altos se aproximassem com aqueles "instrumentos mortais" que apenas viam na TV, em desenhos animados ou filmes de ação quando seus pais permitiam que assistissem.

— Está tudo bem. — o Agreste tira com cuidado a arma das mãos para que não ficassem mais assustados do que antes. — Somos do bem.

Uma das crianças que estava no meio começa a se mover com pequenos passinhos para frente.

— Lola, o que você está fazendo? — o moreninho que havia dito "vacilão" para o colega chama a menina desconfiado dos mais velhos.

— Se aquieta, Luccas. — a mesma o interrompe mandona.

Os olhos na cor de mel de Lola analisam atentamente o loiro que estava em sua frente, desde o uniforme militar até a farda, desde os fios claros até as orbes verdes.

O dedinho gorducho da garota vai até o próprio queixo macio pressionando o local em seguida de forma curiosa e observadora.

— Você é o papai da Emma, não é mesmo? — pergunta com as sombrancelhas arqueadas.

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