09┃Você é minha

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𝕬𝖕𝖔𝖑𝖑𝖔
📍Posto de gasolina - 16:20 - 28°☀️

Me encostei na lateral do carro, na espera de Lua que tinha ido no banheiro e iria comprar algumas coisas na conveniência.
Rolei o feed do Instagram vendo algumas postagens e na esperança de passar o tempo.
Olhei pelo posto na procura de Luara que já estava a mais de quinze minutos dentro da conveniência.
Lua nunca era de demorar, então caminhei até a conveniência e me deparei com a mesma pagando as coisas; Fiquei parado na porta enquanto ela pagava e pude ver uns três caras cochichando e olhando para a mesma. De certa forma aquilo me encomodava, não por ciúmes - talvez um pouco -, mas sim por eles não terem o direito de ficar falando e encarando, sei o quanto isso deixa qualquer menina desconfortável.

- eu duvido em, ela nem vai te dar moral, Rafael! - disse um dos caras, para o que se levantava da mesa.

- muita areia pro teu caminhão, cuzão - disse o outro e os três riram.

- tá apostado já, vão sair me devendo - rio e foi caminhando devagar até o caixa.

Eu não iria ficar parado olhando tudo aquilo, jamais. Caminhei em passos rápidos até o caixa e quando Luara ia se virar pra dar de frente com o tal rafael eu agarrei sua cintura lhe puxando para trás.

- demorou, amor - beijei seu pescoço e a mesma recuou - só me segue e entra no personagem. - sussurrei em seu ouvido.

Não que a gente não tivesse nada, mas eu sei o quanto a mesma estava receosa de se entrar a mim novamente e o quanto estava na defensiva.

- sabe como sou indecisa né - rio e pegou um chocolate na sacola - quer? - abriu o pacote e me ofereceu a barra.

- depois que você me der um beijinho - falei e a mesma me xingou baixinho e segurei o riso, Lua segurou meu rosto e selou nossos lábios em um selinho demorado, tentei inciar um beijo, mas a mesma não cedeu. - agora eu quero - digo após afastar nossas bocas.

mordi um pedaço da barra e fui saindo da conveniência com Luara. Olhei para trás e o tal Rafael estava parado nos encarando enquanto seus dois amigos riam do mesmo, sorri vendo sua cara de ódio e sai da conveniência destravando o carro.

— que porra foi essa? - disse quando entrei no carro.

— você é lerda demais, luazinha - ri e liguei o carro, logo acelerando e indo novamente para a estrada.

— me explica, por favor?! - me olhou confusa após por o cinto.

— você viu que tinha três cara em uma mesa do outro lado da conveniência? - perguntei roubando sua barra de chocolate.

— vi, eles ficaram jogando cantada quando fui pegar o energético na geladeira que era perto da mesa deles - revirou os olhos - bando de babaca.

— eles tavam apostando com um dos três pra ir da em cima de você e você dar moral - expliquei - aí o tal do Rafael foi o que tava indo dar em cima de você, eu tava na porta te esperando, porquê você tava demorando pra caralho e quando vi ele indo pra perto de você tive que agir.

— "agir" - me imitou - até parece - rio -, valeu, eu não tinha visto que ele tava vindo e sei lá o que ele ia fazer comigo, mas coisa boa não iria ser.

concordei e o carro ficou em silêncio.
Lua balançava sua perna rapidamente, ela queria falar algo e não conseguia; A conhecia o suficiente para saber disso.

— fala. - quebro o silêncio e a encaro.

— que? - me olha confusa e me faz olhar para a estrada.

— sei que você quer falar algo, tá inquieta - apoiei minha mão em sua perna que parou de tremer.

— é... é coisa minha, deixa quieto.

— Luara, eu te conheço.

— é eu sei - suspirou.

— então fala logo - apertei um pouco sua perna.

— sei que posso tá meio que recuando de você, mas só quero que saiba que não é isso. Eu só tô na defensiva, sei que conversamos sobre não ser igual antes, mas eu ainda tenho medo que seja. - botou sua mão em cima da minha - só peço que tenha paciência comigo...

— eu combinei de respeitar o seu tempo e é isso que eu vou fazer. Não vai ser igual da última vez, sei que você tá com medo de que seja tudo rápido e acabe, mas não vai. - olhei para a mesma - não vai.

Luara sorrio e concordou. Pude ver seus olhos brilharem e então voltei a olhar para a estrada.

— poderia ter te dado um beijo de verdade lá no posto - disse.

— não iria reclamar e aqueles merdinhas iriam saber que você é minha.

[...]

𝙧𝙚𝙘𝙤𝙢𝙚𝙘̧𝙖𝙧,  𝑨𝒑𝒐𝒍𝒍𝒐 𝑴𝒄Onde histórias criam vida. Descubra agora