Epílogo

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TAEHYUNG (MAIS OU MENOS UM ANO DEPOIS)

Imaginei se o Jungkook sabia que dia era hoje.

Ele não me viu imediatamente ao entrar no restaurante. Eu estava sentado no canto do bar, meio escondido por um casal sentado em uma mesa. Tirei o momento para apreciar a beleza daquele homem sem que ele soubesse que eu estava olhando. Meu homem. Achava que nunca me costumaria com o quanto ele era lindo.

Sabe como, depois de algum tempo, até as coisas mais incríveis se tornam familiares e você começa a esquecer que uma vez elas tiraram seu fôlego? As coisas perdem o brilho, mesmo que ainda sejam espetaculares? Sim, bem, isso nunca aconteceu comigo e Jeon Jungkook. Mesmo depois de um ano, ele ainda tirava meu fôlego e brilhava a cada momento.

Vi seus olhos afiados observarem o salão. Por um segundo, pensei em me mexer no banco, só para tirar mais tempo e apreciá-lo a fundo. Meu quase futuro marido é o retrato perfeito, alto e lindo. E tem consciência disso. Sua atitude arrogante e segura de si só somava à lista de coisas que o tornavam atraente. Com os fatores rico, brilhante e excepcional na cama (para não mencionar no escritório, no carro, no chão da cozinha, em cima da máquina de lavar roupa e, mais recentemente, na mesa da sala de reuniões de meu novo escritório), não era de admirar que a recepcionista babasse enquanto disputava sua atenção.

Ao me encontrar no outro lado do salão, seu rosto deslumbrante suavizou, e ele me deu o sorriso sexy e com covinhas que eu sabia que era só para mim. Ele atravessou o restaurante, focado no alvo. Meus braços se arrepiaram enquanto eu observava seu rosto determinado. Ao me alcançar, ele não disse nada, só me cumprimentou do jeito que costumávamos fazer quando passávamos mais de um dia sem nos vermos. Segurando meu cabelo, ele deu um puxão suave e capturou minha boca em um beijo profundo, que não era muito apropriado para um bar de restaurante, embora isso nunca fosse impedi-lo.

Eu ainda estava tonto quando ele se afastou e falou com a voz tensa:

— Da próxima vez, vou com você.

— Você poderia ter ido. Eu falei isso.

— Você também me disse que ficaria fora por dois dias, não cinco. 

Eu tinha acabado de voltar da Califórnia naquela tarde. Jin e eu esperávamos ficar em San Diego por duas noites para fechar com um novo cliente. Mas, depois que assinamos essa nova conta, o vice-presidente de marketing nos ofereceu uma reunião com uma empresa associada em Los Angeles, então a viagem de dois dias acabou sendo de cinco.

— Não posso evitar que as pessoas nos queiram.

— As pessoas querem você aqui. Sou o primeiro da fila.

O barman veio para pegar nosso pedido de bebidas assim que um casal mais velho se aproximou.

— Os lugares estão vagos? — perguntou o homem.

Havia dois lugares a meu lado no bar.

Jungkook respondeu:

— Todo seu. Vou ficar de pé, assim fico mais perto dele.

A mulher mais velha lhe deu um sorriso que dizia que ele acabara de derreter seu coração. Eu sabia, porque me sentia assim também.

Ela se sentou à minha esquerda, e o marido, ao lado dela.

— Eu sou Opal, e este é meu marido, Henry.

— Prazer em conhecê-los. Eu sou Taehyung. Este é o Jungkook.

— Hoje é nosso quadragésimo aniversário de casamento.

— Uau. Parabéns. Quarenta anos. Isso é maravilhoso — falei.

O ChefãoOnde histórias criam vida. Descubra agora