Com a Izidia.
Eu cheguei no galpão, o local estava sombrio e silencioso, exceto pelos sons distantes de máquinas e passos abafados. No meio da porta, dois alfas estavam posicionados com uma M14 em suas mãos. O ar estava pesado, e o cheiro metálico da arma misturava-se com o odor de óleo e concreto, típico de um lugar abandonado.
Me escondi atrás de um carro enferrujado e, com o olhar atento, mirei na cabeça do alfa à esquerda. Com uma precisão letal, atirei, vendo o corpo dele cair instantaneamente, sem emitir nenhum som, o sangue espirrando para o lado. O outro alfa da direita, ao perceber a queda de seu companheiro, reagiu rapidamente, procurando desesperadamente por qualquer sinal do responsável pelo disparo. Ele olhava para todos os lados, tentando localizar a ameaça.
Narrador
O alfa da direita, com os olhos arregalados e a respiração descompassada, tentou encontrar alguma sombra, algum movimento, mas estava desorientado. A pressão aumentava. A beta, imperturbável, posicionou a arma de forma firme, mirou para a cabeça do alfa e disparou com a mesma precisão, deixando-o cair sem chance de reação.
Ela olhou ao redor para verificar se havia mais inimigos escondidos nas sombras, mas a área parecia segura. Acalmando sua respiração, ela caminhou com passos leves até onde estavam os dois alfas caídos, pegando uma das M14 que eles carregavam. Com um movimento ágil, ela mirou para a porta, que estava trancada, e disparou, quebrando a madeira com facilidade.
A porta estremeceu ao impacto do tiro, e a beta entrou, com os olhos focados e a arma em punho. Ela não hesitou. Atirou nos alfas e betas que estavam no galpão, em um movimento rápido e eficiente, não deixando nenhum vivo. O som dos disparos ecoou pelo local, mas ela estava completamente concentrada. Ela vasculhou o andar de baixo do galpão, passando de sala em sala. Quando se certificou de que não havia mais ninguém ali, subiu rapidamente as escadas, sem perder a compostura.
No andar de cima, ela não perdeu tempo e começou a vasculhar todos os quartos. Onde encontrava alguém, a sentença era rápida e certeira. Ela não era movida por prazer, mas pela necessidade de cumprir a missão com eficiência e sem remorsos.
Ela chegou em uma sala e encontrou um alfa apontando uma arma para ela. O homem estava visivelmente nervoso, com os dedos tremendo na pistola.
— Quem é você? — perguntou o alfa, com um certo medo, tentando disfarçar o pânico em sua voz, mas sem sucesso.
— Eu vim pegar o dinheiro que você está devendo ao Ricardo. — a beta respondeu de forma simples, mas com um tom que exalava autoridade e perigo. O olhar frio dela fazia o homem tremer ainda mais.
— E-eu não tenho. — ele gaguejou, ouvindo o nome de Ricardo, o que fez seu nervosismo aumentar.
— Faz mais de um mês que você fala a mesma coisa. — a beta respondeu sem paciência, seu tom se tornando mais ameaçador a cada palavra. A impaciência transparecia em seu rosto, a tensão era palpável.
— E-eu sei, mas eu juro que vou pagar. — ele tentou mudar o rumo da conversa, tentando mais uma vez desesperadamente.
A beta não se intimidou. Ela apontou sua arma para a cabeça dele, seu olhar permanecendo impassível.
— Ou você me paga agora, ou você morre. — disse ela, a ameaça clara na voz, sem espaço para negociações. O alfa, que ainda estava com a arma apontada para o peito da beta, viu que sua chance de sobreviver estava diminuindo a cada segundo.
Ele abaixou a arma com a mão trêmula e, com um movimento rápido, foi até um quadro na parede. Atrás dele, um cofre escondido estava parcialmente visível. Ele abriu o cofre e pegou uma pilha de notas, rapidamente entregando à beta.
Ela pegou o dinheiro e contou, um por um, sem pressa, verificando se tudo estava correto. Quando terminou, guardou as notas com precisão, garantindo que nada fosse deixado para trás.
— Está certo. — ela disse, olhando friamente para o alfa.
— Vai me... me deixar vivo? — perguntou ele, com os olhos suplicantes, a voz cheia de medo.
A beta fez uma pausa, olhando para ele como se estivesse ponderando a decisão. Depois de um momento de silêncio, ela respondeu de maneira direta e cruel.
— Deixa eu pensar... Não. — disse, e sem mais palavras, atirou na cabeça do alfa com uma calma impressionante. O homem caiu sem emitir um som, seu corpo estatelado no chão.
Quando se certificou de que já tinha o que queria, a beta se virou e saiu do galpão sem olhar para trás.
Quebra de tempo.
Ela chegou à casa do mafioso, entrando com passos firmes. Lá, viu Miguel e Gustavo mexendo em um computador, focados no trabalho. Beijamin, Kairo e Kaline estavam reunidos em uma conversa tensa no canto da sala, enquanto Ricardo e Ana estavam em uma pequena reunião com um mapa à frente, discutindo os próximos passos.
Ela caminhou até a mesa onde Ricardo e Ana estavam e entregou o dinheiro diretamente para o alfa. Ele olhou para ela com um sorriso de aprovação.
— Matou ele? — perguntou Ricardo, pegando o dinheiro da beta. Ele logo guardou as notas em sua gaveta, sem perder o foco da reunião.
— Sim, como você pediu. — a beta falou de forma simples, com um rosto impassível, como sempre. Nada em seu tom de voz indicava qualquer emoção em relação ao que acabara de fazer.
— Muito bom. — Ricardo comentou com um sorriso de canto, observando a beta com certo respeito.
O alfa se levantou da cadeira e olhou para todos na sala. Com um movimento de mão, ele deu a ordem final.
— Estão liberados.
Assim que ele falou, todos começaram a se dispersar, deixando a sala para cumprir suas respectivas missões. O clima ainda era pesado, mas a sensação de que algo grande estava prestes a acontecer pairava no ar. Cada um sabia que as peças do jogo estavam se movendo, e não havia como voltar atrás.
Esse episódio ficou curto 😅

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My Mafioso (ABO)
FanfictionKairo, um jovem ômega lúpus de 24 anos, cruzou o caminho de Ricardo, um alfa lúpus de 27 anos. Quando Ricardo percebeu que Kairo era seu mate, algo dentro dele despertou de forma intensa e irrevogável. Sem hesitar, ele decidiu que protegeria o ômega...