Com Ricardo:
O som irritante do celular tocando despertou Ricardo de um sono profundo. Ele esticou a mão para a mesa de cabeceira, resmungando baixinho, e pegou o aparelho. Sem olhar o número, atendeu com a voz rouca de cansaço:
— Alô?
— Ricardo, preciso falar com você. Tenho uma notícia boa e uma ruim. Qual quer ouvir primeiro? — A voz de Miguel soou séria, mas carregada de urgência.
Ricardo respirou fundo e olhou o relógio na parede. Sete da manhã. Ele não conseguiu segurar a irritação:
— Meu Deus, Miguel, sete horas da manhã? Isso não pode esperar? Tá, fala logo a ruim, já que fez questão de me acordar.
Miguel fez uma pausa, como se escolhesse cuidadosamente as palavras antes de continuar.
— Então... Sobre aquele ritual de sacrifício que estávamos investigando. Eu pesquisei mais e descobri que eles usam corações humanos e o sangue das vítimas em um feitiço específico.
Ricardo se sentou na cama num movimento brusco, a sonolência se dissipando quase que instantaneamente.
— Que tipo de feitiço é esse?
— Eles querem invocar um Akuma — respondeu Miguel, direto ao ponto.
O silêncio tomou conta por alguns segundos. Ricardo, ainda confuso, perguntou:
— Um Akuma? O que exatamente é isso?
Miguel respirou fundo, já prevendo a longa explicação que viria.
— Akuma é uma palavra japonesa que significa "espírito maligno". É basicamente um demônio, mas com algumas diferenças.
— Diferenças? — Ricardo franziu o cenho, se levantando da cama e começando a se vestir.
— Sim. Onis, por exemplo, também são criaturas do folclore japonês, mas têm características variadas. Alguns podem ser guardiões, enquanto outros são apenas monstros. Já os Akumas são a personificação da maldade, espíritos malignos puros.
Ricardo parou por um momento, tentando assimilar as informações.
— Tá, entendi. Mas o que faz o Akuma ser tão perigoso assim?
— Primeiro, eles não são apenas demônios comuns. São seres sobrenaturais extremamente poderosos. Geralmente, quando representados, aparecem como figuras gigantes, com cabeças flamejantes e olhos que parecem fogo vivo.
— Ah, ótimo. Um monstro flamejante vindo atrás da gente. Tem mais?
— Sim. Akumas também costumam carregar espadas ou armas que simbolizam destruição. Além disso, eles são imortais... até certo ponto.
— Até certo ponto? Explica isso direito, Miguel.
— Eles só podem ser mortos durante uma lua cheia, e hoje, adivinha? — Miguel deixou a frase no ar.
Ricardo suspirou fundo, já imaginando a resposta.
— Deixa eu adivinhar: hoje não é lua cheia.

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My Mafioso (ABO)
FanfictionKairo, um jovem ômega lúpus de 24 anos, cruzou o caminho de Ricardo, um alfa lúpus de 27 anos. Quando Ricardo percebeu que Kairo era seu mate, algo dentro dele despertou de forma intensa e irrevogável. Sem hesitar, ele decidiu que protegeria o ômega...