| capítulo 04

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Tenham uma boa leitura! 💞

LANCHONETE YARD HOUSE

Já faz uns dias desde aquela noite em que fiz papel de idiota pro Aaron. Sério, eu cheguei em casa o puro suco do cansaço.

A minha sorte é que o Kyle — o carinha pra quem dei meu número, que vocês podem chamar de número da pizzaria da esquina —, ainda estava na casa do Raven babaca Cameron, e me ofereceu carona.

Mas dei o troco no Aaron, e sabem o que eu fiz? Liguei pro meu chefe e menti dizendo que acordei com as maiores das dores de cabeça e que não iria poder trabalhar por uns dias. Ou seja, ele trabalhou sozinho por um tempo.

Bem feito.

E quando eu "melhorei" ainda cheguei atrasada de propósito.

Sei que é puramente imaturo esse meu comportamento, mas o que posso fazer? Sou vingativa.

E voltando pro presente, estou nesse exato momento tentando não ser despejada do meu apartamento.

— Mas senhor Harris, eu só estou pedindo mais um mês. — Tento negociar, enquanto sigo o homem de quase meia-idade pelo térreo até o mausoléu que ele chama de escritório.

Acordar e ver uma carta de despejo por atraso de quase dois meses de aluguel é horrível. Mas o que posso fazer? Meu humilde salário mal dá pro que é realmente necessário — como o aluguel por exemplo —, e as compras.

— Kelsey, estamos falando de quase dois meses de atraso — Ele entra no mausoléu. — Você sabe que esse prédio é a minha única fonte de renda.

Suspiro.

— Tudo bem, então, esvazio o apartamento quando voltar do trabalho. — Desisto de insistir e começo a fazer uma rota de volta até o saguão.

Posso morar na unique girls; é de graça. Apesar das garotas insuportáveis.

E apesar do nome ser ridículo.

— Stewart?

Já estou quase alcançando a porta quando  o senhor Harris me chama.

— Lhe dou um mês, se prometer nunca desistir, mesmo quando estiver cansada de lutar. Sei que você é muito determinada, não me faça mudar de ideia e pensar o contrário.

Engulo em seco. Não sei o que ele ganha descrevendo a minha personalidade, mas não estou em posição de reclamar.

— Eu prometo, senhor Harris.

— Então o apartamento é seu.

Solto um gritinho histérico. Contorno à mesa e o abraço, demostrando minha gratidão.

— Muito obrigada! O senhor acabou de evitar que uma garota fosse parar debaixo da ponte! — brinquei.

— Não exagere, mocinha. Tenho certeza de que se sair daqui um dia, não será para morar debaixo de uma. Agora vá, já está atrasada para o trabalho.

:)

— Ainda bem que já vamos fechar. — Comemora Aaron, enquanto se aproxima. — Estou tão cansado que posso cair no sono em qualquer lugar que encostar.

— Então é melhor ficar longe das cadeiras, amigo. — Dou batidinhas em seu ombro enquanto passo.

O Aaron é bonito. Arrisco dizer que é uma das pessoas mais bonitas que já vi. Cabelos pretos, olhos azuis, corpo atlético... vai parecer ridículo o que vou dizer agora, mas, eu comemoro quando ele não vem. Imagina ficar a sós com um deus grego desses e não ter pensamentos intrusivos, como agarrá-lo?

Tenho meu altocontrole, claro. Mas às vezes não dá pra não pensar!

Pigarreio e afasto os pensamentos malucos.

Vocês são amigos, Kelsey, e colegas de trabalho também.

Repito em minha mente.

Nada vai acontecer a não ser que você pule no pescoço dele, o que você não vai fazer porque você não é assim, entendeu?

— Vou pegar minha mochila, você pode organizar enquanto isso?

— Claro, vai lá.

— Valeu.

Abro meu armário e tiro a mochila de dentro, substituindo pelo avental azul.

Volto para recepção, onde encontro tudo já organizado e o Aaron me esperando do lado de fora. Tranco a porta principal e depois seguimos juntos para o estacionamento.

Solto um assobio de aprovação quando meus olhos focam em uma Ranger Rover preta novinha, ao lado de um carro que fica invisível perto dela.

Trabalho com o Aaron há três meses e já sei que ele troca de carro como se trocasse de roupa.

— Trocou de carro de novo. — Olho para o moreno ao meu lado. — Você estava com uma caminhonete no mês passado! O que fez com ela?

— Dei pra minha irmã. — Ele destrava o carro e entra, me levando a fazer o mesmo.

— Às vezes me pergunto se você é maluco. — Deixo escapar. Ponho a mão na boca quando me dou conta do que disse.

Ele ri com meu gesto, mas não diz nada.

— Não me leve a mal. Mas é que você é rico e trabalha em uma lanchonete pro cara mais chato que eu já conheci. — Exponho meus pensamentos.

— Não consigo ficar parado — Admite.  — Estou sempre procurando algo para fazer, então trabalhar na lanchonete serve para me manter ocupado.

— Acabei de lembrar que a torneira da minha cozinha não está funcionando... não quer ir lá consertar não? — Sugiro de brincadeira, mexendo as sobrancelhas.

— É só marcar o dia.

Rio, balançando a cabeça em negação antes de encostá-la na janela.

Estou exausta. Ficar a tarde toda fritando batatas e montando hambúrguer é meio cansativo. Então me permito fechar os olhor e dormir pelo resto do caminho.

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Me conta o que achou do capítulo! Vou adorar saber! 😉

JUST PRETEND: A Namorada falsa do jogador de Hóquei Onde histórias criam vida. Descubra agora