JUST PRETEND: A Namorada falsa do jogador de Hóquei

| Capítulo 05

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Tenham uma boa leitura!

MASSACHUSETS
  •
KELSEY STEWART

Eu sabia que entrar em Harvard sem uma bolsa acadêmica teria seu preço depois.

E ele acabou de chegar.

Ouço a diretora Miller sem expressão alguma enquanto ela fala sem parar sobre habillidades nos esportes ou algo assim.

— O que eu estou tentando dizer é que você precisa encontrar algo que aprenda a gostar, ou que já goste dentro da área esportiva. — a ouço explicar.

— Caso contrário...? — questiono.

— Terá que ajudar o time de Hóquei a ter estabilidade nas notas.

Meu queixo cai, e eu a encaro como se ela tivesse duas cabeças.

Ela está falando sério?

— Você está brincando, não é? — pergunto, quase exasperada demais para perceber que acabei de perguntar se a diretora de Harvard está brincando. — Não posso dar aulas para um bando de marmanjos jogadores de Hóquei!

Nem sequer tenho tempo.

Graças a Deus!

— Infelizmente, não estou brincando. São as regras, e caso você se recuse, terei que expirar sua bolsa aqui.

Mas que...?

— Não tenho outras opções? — questiono. — Tipo, limpar o chão, ou algo assim? Sou sedentária demais para esportes e pavio curto demais para aguentar um time de Hóquei inteiro.

E um jogador específico.

Ela balança a cabeça.

— Já tem pessoas suficientes para isso. E eu não posso permitir que você faça algo assim, pelo amor de Deus!

Aperto a ponta do nariz.

Isso só pode ser brincadeira!

:)

— Então, você já sabe quais serão os seus novos alunos além de mim? — pergunta Aaron.

— Não — respondo. — Ainda tenho que testar minhas habilidades esportivas, esqueceu?

Pego um dos donuts de chocolate da mesa e dou uma mordida.

— Espero que eu me dê bem em remexer os braços como as líderes de torcida, ou em qualquer outro esporte disponível aqui.

— Sério que vai arriscar quebrar uma perna naqueles ensaios malucos das Cheerleaders?

— Ou então quebrar a cara nos treinos de vôlei.

— Prefiro que aceite as aulas em vez disso.

— Só que você não tem que preferir nada. — toco a ponta de seu nariz com o indicador enquanto me levanto.

Digamos que ele esteja gostando dessa ideia, porque ficou sabendo que está incluso no pacote por causa do time.

Dar aulas aos marmanjos gigantes do hóquei não é uma coisa da qual almejo.

— Preciso ir, tenho uma coreografia para aprender — digo, pegando minha mochila e a colocando em um dos ombros.

— Te vejo na lanchonete? — ele pergunta, também se levantando.

Semicerro os olhos de forma brincalhona.

— Você sabe que sim.

Ele faz o mesmo que eu e depois diz:

— Mas não custa perguntar.

:)

— Vai Kelsey! — grita Natasha animada, uma das líderes de torcida, enquanto estou largada no chão do ginásio sem força alguma para levantar.

Elas tem sido bem legais comigo, o que me deixou surpresa. Metade das garotas dessa universidade nem olham na minha cara.

— É, você consegue! — dessa vez é Mari que diz. ela me olha divertida e eu arregalo os olhos, bem ciente do que ela pretende fazer.

— Não — eu recuo quando ela se aproxima. — Nem pensar!

— Ah, qual é. Você coreografou uma música inteira da Taylor Swift quando chegou! — esfrega na minha cara.

— Porque eu sabia! — me gabo com um sorriso. — Vi vocês dançando ela umas mil vezes, eu aprendo rápido.

— Então levanta esse traseiro daí e vem dançar mais uma! — parando na minha frente, ela mexe suas sobrancelhas perfeitas e estende as mãos. — Por favor?

Balanço a cabeça.

— Não faz essa cara! — cubro os olhos com as mãos para não ver sua expressão de cachorro-pidão.

— Kelsey? — chama.

— Tá, eu vou mais uma — falo e me levanto com a ajuda das paredes. — E não faça essa cara novamente.

RAVEN CAMERON
•
 EM ALGUM LUGAR DE HARVARD

Ouço uma música vindo do ginásio e paro para escuta-la, mas não demora muito para que eu note que é umas músicas da coreografia das líderes.

Dou de ombros e continuo andando. 

Elas provavelmente estão ensaiando.

Dou uma espiada quando passo pela porta, vendo Mari e Natasha conversando animadamente com outra garota, meus olhos vagam entre elas e eu percebo quem é a outra pessoa.

Cleide.

Eu estreito os olhos. Que diabos ela está fazendo no meio das líderes de torcida?

Outra música começa, e elas rapidamente se separaram, ficando em linha reta.

Eu abro um pouco mais a porta e me reencosto no batente, completamente intrigado. Eu não acredito que ela vai dançar e, se vai, não quero perder o show de horrores que isso vai ser.

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