| capítulo 01

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Tenham uma boa leitura! 💞

REFEITÓRIO DA HARVARD

Ser aceita em uma das universidades mais caras da Ivy League não é algo que se consegue do dia pra noite, por isso, evito todo tipo de coisa que possa me enxotar daqui e acabar com o meu único fio de esperança.

Felizmente, esse é o meu último dia aqui e só volto depois das férias!

Checo o relógio, e noto que a pulseira que ganhei do meu pai não está em meu pulso. Olho para o chão e a vejo
perto de uma porta qualquer.

Essa é a única lembrança que tenho dele que não está na minha mente, e por um momento achei que havia perdido, quando corri feito uma louca com o sinal ainda fechado, tentando ao máximo não ser atropelada.

Tudo isso por já estar absurdamente atrasada.

Como sempre.

Não sejam que nem eu.

Assim que a pego, um de meus fones escorrega do meu ouvido e também vai parar no chão. Quando penso em pegá-lo, um par de tênis brancos o esmaga antes que eu tenha tempo.

É sério, universo?

É isso mesmo?

Agora?

— Ah, droga. Sinto muito, Cleide. — seu tom de voz é carregado de sarcasmo.

Solto um longo suspiro e fecho os olhos, para controlar a raiva súbita que se espalha em minhas veias. Odeio quando ele me chama assim. E odeio tudo que diz respeito à ele.

E infelizmente, ele sabe.

— É Kelsey, idiota. — exclamo irritada, e começo a caminhar para longe dele. Sou capaz de matá-lo se ficar mais um segundo.

O Raven é egocêntrico e um extremo babaca. Ainda não sei o porquê das garotas ficarem babando por ele, talvez seja a lábia. Fala sério! Eu sinto vontade de arrancar meus olhos sempre que o vejo na minha frente.

— Espera! — grita ele. — Não vai pegar o que restou do seu fone?

Mesmo de longe, posso sentir seu sorriso Idiota.

— Pode ficar, você está mais acostumado com restos do que eu. — grito por sobre os ombros, e vejo sua cara fechada.

Ponto pra mim.

VESTIÁRIO MASCULINO

RAVEN CAMERON


O treino de hoje foi uma droga.

Derrubei um dos jogadores com uma brutalidade dos infernos, e sei que isso acabou deixando o treinador Connor furioso, porque ele gritou algo como: "Raven, aqui não é um ringue de UFC! Jogue direito se não quiser sentar esse traseiro no banco dos reservas!"

Apesar de ser permitido trocar socos em um jogo de hóquei.

Até parece que ele faria isso. Sou bom demais para que ele cometa tamanha loucura.

Saio do vestiário acompanhado de Jasper — meu melhor amigo —, e seguimos juntos até o
estacionamento.

— Você ficou irritado daquele jeito no treino hoje por causa do que a Kelsey disse, não foi? — questiona ele. E sim, ele ouviu. Assim como quase todos os ouvidos dessa maldita universidade.

Solto um muxoxo desdém.

— Claro que não.

— Como foi que ela disse mesmo? "você está mais acostumado com restos do que eu" — repete ele, imitando uma voz feminina ridícula. E depois começa a rir igual a um retardado.

— Será que dá pra você calar essa boca? — me viro para ele, que para de rir imediatamente e levanta as mãos em sinal de redenção.

— Tudo bem, tudo bem. Não está mais aqui quem falou. — ele para de repente e começa a procurar algo nos bolsos da calça, e deduzo que seja seu celular. — Cara, acho que deixei meu celular no vestiário. Vou lá buscar, pode ir se quiser.

— Tudo bem, eu espero. — ele assente e entra correndo de volta por onde saímos.

Resolvo esperar dentro do carro, mas antes que eu entre, uma coisa chama minha atenção. A Kelsey acabou de entrar no estacionamento, e está indo na direção de um carro preto. Ela tem um? Não importa. Observo seus próximos passos, mas ela para na porta e não entra no veículo.

Essa é a minha chance.

Caminho à passos largos em sua direção. Vamos ver o que ela acha de um susto.

— Achou que me insultaria e ficaria por isso mesmo, Cleide? — a viro de uma vez e a prendo sobre o carro. Com os braços na lateral de sua cabeça.

Ela solta um gritinho de surpresa.

Examino seus olhos, em busca do que estou acostumado a ver. Mas acabo me perdendo neles e ficando surpreso com o quanto são verdes.

— Eu não insultei você. — sua voz enfurescida me trás de volta a realidade, e rapidamente
me recomponho.

— Ah, não? — arqueio a sobrancelha, e pressiono seu corpo um pouco mais.

— Não é como se eu nunca tivesse feito antes. Agora sai de perto!

Ela me empurra com uma força impressionante.

— Pra quê agredir?

— Vai à merda, Cameron. — ela entra no carro e sai catando pneu do estacionamento.

— O que foi isso? — me viro na direção da voz e encontro um Jasper completamente confuso.

Dou de ombros.

— Não faço à menor ideia.

ESTACIONAMENTO DA YARD HOUSE

KELSEY STEWART

Me olho na tela do celular uma última vez antes de descer do carro. Ser encurralada daquele jeito trouxe de volta lembranças bastante dolorosas.

E o Aaron não precisa saber que chorei o percurso todo.


JUST PRETEND: A Namorada falsa do jogador de Hóquei Onde histórias criam vida. Descubra agora