Double Life - 3MIX

Convite

Nayeon foi acordada de seu sono com estranheza ao perceber que Jeongyeon permanecia dormindo um pouco longe da cama, mas depois de alguns segundos a escutou tussir algumas vezes, se virou para ela tocando em seu braço com delicadeza.

— Jeongie? - Chamou com uma voz suava mexendo na loira.

— O-oi, meu amorzinho. Mamãe tá já acordada... - Ainda de olhos fechados falou com a morena que lhe chamava, sua garganta estava dolorida deixando sua voz rouca, também sentia sua cabeça latejar.

Nayeon deu um leve sorriso ao ver que a preocupação da loira, mesmo doente, era seu bem estar.

— É a Nay, vida. Você tá tossindo, talvez devesse tomar um pouco de água e um remédio - Continuou com sua voz suave, ainda a balançando de forma suave, notando que ela estava tão fraca que não conseguia segurar seu sono

— Você precisa de um remédio?! O que houve?! - Se sentou rapidamente, sentindo uma tontura pelo movimento, e seu corpo doer ainda mais.

— Quem pre-

Um resmungou de Jihyo e uma movimentação na cama interrompeu o falatório de Nayeon, mas logo continuou a explicar.

— Você estava tossindo, Jeongie, você deve ter pegado um resfriado...

— Tá tudo bem, meu anjo... A mamãe só tá com uma dorzinha na cabeça...

— Amor, eu não tô-

— Eu te disse para não ir para a chuva ontem — Jihyo, que havia acordado com o barulho, falou de repente, dando um leve susto nas duas.
— Você deve ter gripado, nem percebeu que está atrasada para a reunião...E não adianta se levantar, você não vai

— Mas eu preciso ir, amor — Rebateu, mas continuava sentada, se apoiando em Nayeon,seu corpo parecia concordar com Jihyo.

A mão de Jihyo foi para a testa da loira conferindo sua temperatura, notando o local quente, enquanto Nayeon a ajudava a se deitar novamente.

— Nay ajuda a Jeong a tomar um banho morno, que eu vou cozinhar algo para a gente, pode ser?

— Pode sim, Jih. Jajá nos chegamos.

Antes de tudo elas escovaram os dentes e assim puderam ir a suas tarefas.
Nayeon conseguiu convencer Jeongyeon que não queria regredir nem nada, apenas queria cuidar dela, assim conseguindo lhe dar um banho morno, que foi o tempo de Jihyo cozinhar um café da manhã simples e separar alguns remédios.
Com ajuda dos braços de Nayeon a loira conseguiu descer as escadas, chegar na cozinha e finalmente se sentar.

— Eu sinto como se tivessem passado com um canhão em cima de mim, no mínimo três vezes e depois me trouxe pra casa no chute.

— Eu lembro que alguém disse que não ia dar certo você fica na chuva. Quem será que foi?

Jihyo a provocou com uma voz orgulhosa com uma cara de "Admita que eu sempre estou certa, vamos"

— Talvez tenha sido o Sr. Pirata, ele está sempre certo.

Citou o coelho que abaixou uma de suas olherinhas encarando o casal confuso, mas logo sua confusão passou ao ser pego no colo por Nayeon recebendo diversos beijinhos e carinhos na sua lombar.

— Bom dia, meu amorzinho! Você é o coelhinho mais lindinho do mundinho inteirinho! — Falava com uma voz fina, enquanto abraçava o coitado do coelho.

Depois de mais alguns elogios, beijos, abraços e um bom dia animado de todos presentes por ordem de Nayeon, a bolinha de pelo finalmente foi solta correndo para o quintal brincar com seus brinquedos e pelúcias.

— Aqui o café da pronto, comam tudo e Jeong depois de comer tome os remédios. Eu vou ligar pra empresa pra dizer que você não vai.

— Não vai comer com a gente?... — Jeongyeon perguntou com a voz mais rouca que o normal.

— Eu já comi enquanto eu fazia, não se preocupem. Vou lá.

Deu um beijo na testa de cada uma e foi para a sala, ligar para a empresa.
Nayeon e Jeongyeon começaram a se alimentar com calma, com Nayeon dando alguns pedaços escondidos para o coelho em seu colo.
Em meio a calmaria a voz de Jihyo foi escutada, descontando todos os sussuros que dava enquanto estava pequena.

— Eu que tô dizendo que ela não vai! Se eu estou dizendo, então ela vai ficar aqui em casa! Eu não me importo com você e essa reuniãozinha! Nem deveria está falando comigo, eu liguei para o Kim, secretário dela! Então não se meta na minha conversa com ele, o entregue o telefone e saia da minha empresa!

Respirou fundo massageando sua testa, ainda escutando alguns resmungos e reclamados, mas resolveu apenas ignorar para não se irritar mais.

— Oi, querido, sim ela está muito pouco doente, não poderá ir. Me desculpe por te avisar tão em cima, sei que é novo e está tudo bem. Avisarei a Sra. Choi para te ajudar, ok? Muito obrigada, tenha um bom dia e qualquer coisa eu estou aqui, beijo.

— Ok... O que aconteceu?

Jeongyeon perguntou depois de alguns segundos de silêncio por parte de Nayeon.

— O sei lá quem que você ia fazer uma reunião estava reclamando, mas eu já deixei tudo resolvido.

Respondeu de forma orgulhosa com os braços cruzados.
O momento foi interrompido pela campainha, Jihyo junto ao coelhinho curioso foram atender podendo ver Dahyun, Momo e Jay paradas do lado de fora.

— Que surpresa ver vocês!...

— Desculpa aparece essas horas aqui, mas o Jay tem um convite a fazer.

— Não precisa se desculpar, Dah. Meninas, venham cá. Não repara muito da Jeong, ela tá meio doente.

— Olha só se não é o garotinho mais fofo do mundo inteiro!

Nayeon falou em um tom animado, porém ainda controlando sua voz, ao ver o garotinho, quase se derretendo ao ver um pequeno sorrisinho dele.

— Entrega pra elas, meu amor.

Momo incentivou ele a entregar a cartinha para Jeongyeon, que recebeu com um sorriso lendo o conteúdo do papel.

— Vai ser uma feirinha na escola dele e ele fez um vulcão, com luz e tudo, e pediu para a gente chamar vocês, sei que são muito ocupadas e tudo bem se não pode-

— Claro que vamos, Momoring. Jamais poderíamos perder a apresentação do carinha, não é?

Nayeon e Jihyo concordaram rapidamente, fazendo o pequeno Jay dar alguns pulinhos e mexer as mãozinhas de alegria.

— Ele é muito fofinho... Eu vou chorar...

Nayeon abraçou Jihyo com uma expressão chorosa, fazendo as mães riem, além de que estavam completamente felizes com a reação do mais novo.

— Nós vamos está lá, certo?

— Não atraso...

— Sem atraso, você que manda.

Fez um fechou a mão próximo do garotinho e riu quando ele bateu de leve.
Se despediram do trisal, e saíram com o pequeno ainda pulando alegre.

— Ele falou... Eu vou chorar quero ele pra mim...