Capítulo Seis

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MINA (16:57): Acho que precisamos conversar sobre os detalhes desse acordo agora, não depois.

MOMO (17:08): pq?

MOMO (17:09): quer dizer, td bem

MOMO (17:09): só queria saber se tem um motivo

MOMO (17:09): algo q eu precise saber

Momo não estava a fim de ser pega de
surpresa de novo tão cedo.

MINA (17:16): Minha irmã nos convidou para sair com ela e a menina que ela está ficando no sábado. Por convidar, quero dizer que ela me coagiu até eu concordar. Para vender bem nossa história, acho que seria melhor alinharmos as coisas antes.

Momo já tivera vários sonhos estressantes nos quais Nayeon descobria que era tudo uma farsa e passava a odiá-la. No último, ela estava num programa de auditório tosco. Nayeon tinha obrigado Momo a passar por um detector de mentiras e, quando ela reprovou, ela rasgou o contrato entre o OTP e o Ah Meus Céus e saiu do set, furiosa. Depois, a família inteira dela, que estava na plateia, tinha vaiado. Mina não estava presente.

Tinha sido só um sonho - Momo não acreditava de verdade que o acordo com o OTP estivesse baseado ou de alguma forma ligado ao sucesso de seu relacionamento -, mas o que Mina estava dizendo naquele momento fazia sentido.

Ela não sabia nem o aniversário de Mina ou... bem, não sabia nada sobre ela a não ser que era atuária e workaholic. Elas precisavam se conhecer melhor antes desse encontro, senão ia ficar óbvio que era tudo fachada.

MOMO (17:20): o q vamos fazer?

MOMO (17:20): no encontro

MINA (17:24): Eu não perguntei. Faz diferença?

Momo revirou os olhos. Pelo visto ela teria que perguntar a Nayeon.

MOMO (17:25): ok, ñ

MOMO (17:26): tá livre hj à noite?

MOMO (17:26): lá pras 19h?

MOMO (17:26): pode ser na sua casa já q sei onde fica

MINA (17:33): Pode ser.

Momo guardou o celular dentro da bolsa e passou a alça pelo ombro. Eram - ela olhou para o relógio de gatinho pendurado torto na parede ao lado do micro-ondas - dez para as seis. Tempo suficiente para passar no mercado antes de ir ao apartamento chique onde Mina morava.

Descendo do banco, Momo olhou para Sana, que continuava teclando no notebook, parando de vez em quando para lançar olhares feios e ameaçadores para a tela.

- Estou saindo. Vejo você mais tarde, se estiver acordada.

Ela estava quase na porta da frente - o que levou incríveis dois passos - quando Sana suspirou e disse:

- Momo, espera.

Momo mordeu a bochecha e se preparou para mais uma crítica sobre o que ela e Mina estavam fazendo.

- O quê?

Sana colocou o notebook de lado e apoiou os cotovelos nos joelhos, os dedos entrelaçados diante dela.

- Na outra noite, quando eu falei que você estava cometendo um erro histórico, fui meio longe demais. Me... me desculpe.

Momo fechou a boca. Receber um pedido de desculpas de Sana era raro. Tão raro quanto as brigas entre as duas.

Presságios Do Amor - MimoOnde histórias criam vida. Descubra agora