Confie na Gata [Yoonseok]

14: (re)apaixonar

Comentem bastante e não esqueçam da ⭐

Tag: #ConfinaCamomila

Quando aparecer o 🎧, coloquem para tocar Nightlight - Finding Hope

Boa leitura! 🧡

🍂🍂🍂

  Janeiro/2022

  Em plena quarta-feira, Yoongi estava deitado em sua cama imaginando o que Hoseok havia preparado para eles naquela tarde. Combinaram de se encontrar em sua casa, para depois ir até qualquer lugar que Hoseok tivesse pensado para o suposto encontro.

  Yoongi estava deitado com Camomila, que, três dias atrás, resolveu que sua cama era um ótimo lugar para criar os filhotes e agora deixava eles deitados perto do travesseiro. Era só Yoongi arrumar a cama de manhã que ela levava os filhotes lá e passava o dia inteiro, até Yoongi levar eles para o ninho a noite novamente. Por sorte, a cama de Yoongi era de casal e tinha espaço o suficiente para ela e mais cinco gatos, que futuramente poderiam virar seis.

  Yoongi ainda sonhava com a noite de sábado, com a quentura da pele de Hoseok na sua, de suas respirações próximas, os corações descompassados e as curtas declarações. Se fechasse os olhos durante a noite, conseguia sentir o corpo de Hoseok abrigando o seu e o calor o aquecendo no meio da noite de inverno.

  Sem coragem de pintar o que sua imaginação o mostrava constantemente, vivia sonhando acordado com as imagens dos dois juntos, das mãos compartilhando o calor e as sensações, e dos corpos se encaixando. Poderia pintar as palavras que atingiram o mais fundo de seu peito e causaram horas de reflexão sobre cada uma delas, mas não estava pronto para ver o impacto que tiveram sobre si.

  Yoongi virou o corpo para o lado e passou a ponta do dedo na cabeça da Hortelã, que pelo jeito gostava do humano, porque sempre dava um jeito de fugir da mãe e deitar perto de seu pescoço. Normalmente, naquele horário Yoongi estaria arrumando sua casa ou lendo um livro no sofá, mas só queria ficar deitado na cama viajando na sua imaginação e aguardando o momento onde poderia ouvir a voz de Hoseok novamente.

  Não que não tivesse feito planos no dia anterior. Precisava com urgência colocar a roupa para lavar e limpar o chão, mas quando olhou na previsão do tempo e viu que havia probabilidade de cair a bela de uma chuva naquele dia, desistiu. Só passou a vassoura pela casa e deixou a roupa suja na lavanderia para lavar quando fizesse sol. Não ter uma secadora complicava sua vida em alguns momentos específicos, mas Yoongi não queria gastar dinheiro com algo que o sol faz de graça e quase todos os dias.

  Depois de se cansar de ficar parado, Yoongi resolveu preparar seu almoço. Não era o mestre na cozinha, mas gostava de usar o fogão para ele não enferrujar.

   Os momentos seguintes foram rápidos. As horas se passaram em minutos e logo Yoongi estava na sala, vestindo um conjunto moletom cinza por baixo de uma jaqueta branca e comprida, esperando Hoseok aparecer no portão.

   Seguia o conselho que Namjoon lhe deu quando saíram no domingo à noite, para levar aquilo para o lado racional. Era um teste que serviria para saberem se poderiam tentar novamente. Contudo, Yoongi se sentia assombrado constantemente pelo seu eu de dezesseis anos, que já passou por aquilo antes. Desde sábado, relembrava sobre os sentimentos, sobre os dias do passado e ficava com medo. Não medo do amor, mas dá dor que veio com ele. Era um ciclo infinito.

  Não que fosse a mesma coisa. Com toda a certeza existente no mundo, estavam em situação completamente distintas. Yoongi e Hoseok eram adultos, estavam longe do colégio e pretendiam tomar cuidado com os problemas que viessem a causar confusão. Mas ainda existia algo que cutucava Yoongi, a ponta de uma agulha parada na superfície de seu coração que se afundava na carne cada vez que ele se movia ou que seu coração inflava com o sangue preenchido de sentimentos.