capítulo 2

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Eu defendi seu nome quando falavam que você era ruim pra mim, no final você é!

Eu não sabia oque o meu pai estava querendo falar comigo, e porque ele decidiu parar de ficar bebendo álcool e sair de casa? Isso é algo novo.

- Oque você queria comigo meu pai?

- Filho, preciso que você me compreenda mais do que tudo agora... Saiba, não quero que você fique surpreso, ou abalado com está notícia, até porque não é algo muito bom para você e nem para a gente.

Nesse momento eu já estava começando a ficar com medo, abalado? Surpreso? Isso é algo ruim certeza! Só pode ser coisa que ele deve ter aprontado em casa ou deve ter quebrado alguma coisa ou sei lá! Coisa boa que não deve ser.

- ah já sei meu pai, o senhor está bebendo mais do que o normal outra vez? Quebrou alguma coisa? Tacou fogo na casa? Ou explodiu ela, ou algo do tipo?

- Oque meu filho? Mais é claro que não! Como você acha que eu poderia fazer isso? Eu sou alcoólatra mais não sou louco até esse ponto de explodir a minha própria casa não é?

- Bem, se não é isso, porque o senhor pediu para que aqueles "seguranças particulares" me entregarem aquela carta? E qual era o assunto tão importante que o senhor disse ser do meu interesse?

- bom meu filho, não tenho certeza se esse assunto você vai gostar muito, e não, não é nada do seu interesse, só pedi pra eles colocarem aquilo para você vir, porquê do jeito que você é com certeza você não iria vir, não é mesmo? Já que diz está super "ocupado" não é? Isso não importa agora, oque importa mesmo é eu lhe explicar nossa situação e a situação da nossa descendência.

- Hum, estou esperando o senhor falar.

- nossos antepassados, eram... Assassinos, sim. Mais me lembro que minha minha mãe disse que minha vó disse que a minha bisavó disse que a minha bisa-bisavó disse que não podíamos apagar nossa marca como, sabe, assassinos, porque isso fazia parte da nossa história e todos disseram que passariam para os filhos dos filhos dos filhos de cada um deles então por isso estou comunicando a você meu filho. O seu pai está muito doente, devido essas coisas que estou consumindo e está fazendo muito mal para a minha saúde, e creio que provavelmente logo irei partir, e você terá que ficar no meu lugar em breve, por isso quero ter essa conversa com você. Afinal você logo irá fazer 18 anos, e esse dia está próximo.

– espera... Oque pai? Como assim eu sou um descendente de assassino? Porquê logo eu meu pai? Porque escolheu a mim? Eu não vou fazer isso e ninguém irá me obrigar a fazer nada! Isso é muito errado. Eu até entendo que os nossos antepassados fizeram isso por tradição e tals... Mais isso já se passou não precisamos mais fazer isso. Mais ... Espere, o senhor já fez alguma coisa como, assassinato?...

– Sim, já fiz, mais como não estava no tempo de você saber a verdade, preferi não contar. Eu estava esperando o momento certo para lhe falar isso. Mais meu filho, você vai ter que fazer isso, e não se preocupe, você não correrá perigo algum, mais você terá que fazer isso, mesmo não querendo.

– E quando e fizer meus 18 anos, hã pai? O senhor ainda vai ficar me obrigando a matar pessoas inocentes que sequer eu sei da existência delas? O senhor quer mesmo que eu acabe com a vida dessas pessoas que lutam todos os dias para sobreviverem ao frio, calor, fome, e o senhor quer que eu simplesmente dê um tiro e acabe com todos os senhos dessa pessoa? Bem, de todas essas pessoas. Meu pai, o senhor não tem um coração? Não se importa com as pessoas? Cadê aquele api bondoso, que não fumava, não bebia, era temente enquanto a mamãe estava aqui, brincava comigo e me deixava feliz. Cadê você meu pai? O senhor simplesmente está me pedindo para acabar com a vida das pessoas e ser um assassino, e se eu não fizer isso? Hã? O senhor vai fazer oque? O senhor não pode fazer nada meu pai ou então eu mesmo irei denuncial-o lá mesmo na frente de todos e todas. Para mostrar a todos quem você realmente é por trás da máscara.
Eu defendi seu nome quando falavam que você era ruim pra mim, no final você é! Porquê meu pai? Por quê?

ah mais você vá fazer isso sim! Ou então...

– pai, eu confiei em você durante 17 anos da minha vida, e o senhor está fazendo isso? Você vai fazer o que hã?

– se você não me obedecer eu vou mandar meus seguranças mata-lo, já que você não serve nem para fazer o trabalho da família.

– meus Deus pai, o senhor faria mesmo isso com seu próprio filho? E desde quando isso é um trabalho descente? Eu quero futuro meu pai! Não quero essa vida. Mais como eu posso sofrer punição de morte eu acho melhor obedece-lo para me tornar livre de uma vez por todas, mais lembre-se isso terá volta! Não irei deixar barato.

– tanto faz, como tanto fez Michael, você terá que fazer isso por bem, ou por mal...

– p-prefiro por b-bem, até porque eu não quero acabar morto nessa história.

– certo, isso mesmo bom garoto meu filho. Eu prometo não fazer nada de ruim para você.

        Meu pai levantou-se da cadeira, pegou uma mala que estava em baixo da mesa, que nem sequer havia notado a presença daquilo ali, e depois foi embora. Antes d'ele sair eu o vi olhando para trás e ele deu uma piscada pra mim. Oque isso quer dizer? Será que isso significa alguma coisa? Um aviso? Ou algo do tipo? Bom, agora mais dúvidas começam a perturbar minha mente ...

        Eu ainda não consigo acreditar na conversa que acabamos de ter, estou simplesmente horrorizado, eu nunca soube que minha família toda fazia parte de uma gangue/ máfia isso é horrorizante, estou com medo? Sim! Oque será que vem pra frente? Oque meu pai pretende fazer? Será que ele vai me ajudar com alguma coisa? Quem irá me ajudar com os treinos de tiro? Bom.. eis a questão. Agora estou a mil, com tantas perguntas e questionamentos em minha cabeça.

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