I Want You ⁿᵒᵃⁿʸ

nove

ANY G.

Os dois estavam se encarando mortalmente, as pessoas da faculdade estavam olhando para nós três curiosos, sobre o que estava acontecendo.

— Bailey deixa, vamos — eu disse puxando o braço do meu irmão.

— Deixar? Esse otário tava te incomodando, eu vi de longe isso — Bailey disse irritado.

— Me chamou de que? — perguntou Noah dando um empurrão no meu irmão. Agora a merda tá feita.

— Além de otário é surdo? — perguntou Bailey retoricamente e com ironia.

Nesse momento as pessoas que estavam a nossa volta, olhavam isso atentamente, provavelmente já esperando uma briga do problemático da faculdade com o cara desconhecido por eles.

— Você não faz ideia de com quem está mexendo — disse Noah seriamente e Bailey abriu um sorriso sarcástico.

— E eu deveria estar com medo? — quando meu irmão disse isso, Noah avançou na sua direção mas eu me meti no meio dos dois, para impedir uma briga.

— Será que dá pra vocês dois pararem? — eu disse com uma das minha mãos no peito de Bailey e outra no Noah, para não deixar eles se aproximarem mais a ponto de um dar um soco na cara do outro — Vamos Bailey — eu disse e puxei o braço do Bailey para vir comigo. Como se eu fosse muito forte pra puxar um brutamonte como ele.

— Você vai ir com ele? — perguntou o Noah indignado.

— Lógico que ela vai comigo, com quem mais ela iria? Com você? — disse Bailey com a ironia presente na sua voz.

— Depois a gente conversa — eu disse pro Noah e puxei o Bailey com mais força ainda.

Não queria que acontecesse uma briga, não com meu irmão metido nela. E também não queria mais atenção do que já estava recebendo.

— Você não vai conversar com esse idiota depois não — disse Bailey quando nós já estávamos mais distante do Noah e eu revirei os olhos.

— Só vamos embora logo — eu disse e entrei no seu carro quando chegamos perto dele.

Vi Noah parado no mesmo lugar, mas não demorou muito pra ele olhar feio para todo mundo que estavam olhando para ele e passar a mãos pelos cabelos, saindo andando pelo lado oposto do carro do Bailey.

Quando meu irmão entrou no carro, ele ligou e saiu andando pelas ruas de Denver. Nós dois ficamos em silêncio por um tempo, até ele quebrar o silêncio.

— Aquele cara é um idiota — ele disse irritado.

— Você não é muito diferente — eu murmurei com os braços cruzados em frente ao peito, enquanto olhava a estrada pelo para-brisa do carro.

— Mas eu estava te defendendo, como um bom irmão — ele disse e eu revirei os olhos.

— Claro — eu disse com ironia.

— O que quer dizer com isso?

— Você sempre faz isso — eu disse me exaltando, descruzando os braços e me virando pra ele — Você fazia a mesma coisa na escola, você ia lá e arrumava briga só pra chamar atenção ou sei lá — eu disse irritada.

— Eu fazia isso pra te proteger

— Me proteger de quem? Você arrumava briga por zero motivos — eu disse o olhando irritada.

— Eu sempre tive motivos — ele murmurou. Ele sabe que eu tenho razão — Mas hoje foi diferente, ele veio arrumar briga comigo e não ao contrário