dezenove

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ANY G

— Se quiser pode ir embora, você deve estar cansado e- — Noah não deixou eu terminar de falar.

— Eu vou te esperar Any, não precisa se preocupar. — ele disse me lançando um pequeno sorriso.

— Muito obrigada. — eu agradeci.

Eu olhei para fora do carro pela janela vendo a casa dos meus pais. Eu suspirei até tomar coragem e descer do carro.

Andei até a porta de entrada e toquei a campainha, esperei até alguém vir me atender e não demorou muito para a porta ser aberta.

Minha mãe ficou surpresa ao me ver ali, mas rapidamente me puxou para um abraço apertado.

— O que faz aqui Any? — perguntou curiosa quando me soltou do abraço. — E de quem é aquele carro? — apontou para o carro do Noah.

— Podemos conversar mãe? — perguntei ignorando todas suas perguntas.

— Mas quem é que- — não deixei ela terminar de falar.

— Mãe o que eu quero falar com você é muito mais importante do que de quem é aquele carro. — eu disse e ela me olhou de maneira repressiva por eu ter te interrompido.

— Acho que você está andando muito com aquela Scarlet, mas tudo bem, entre. — ela disse e me deu espaço para entrar.

Antes dela fechar a porta, ela olhou para o carro do Noah por alguns segundos, até fechar a porta e andar para o interior da casa. Eu me sentei no sofá e esperei ela se sentar também.

— Então o que te traz aqui? — perguntou se sentando do meu lado.

Eu me virei para ela e respirei fundo, antes de começar a falar.

— Bailey precisa de dinheiro.

— E você quer que eu faça o que? Seu irmão escolheu isso e agora não tem o direito de pedir dinheiro. — ela disse começando a se irritar.

Minha família normalmente fica brava quando o assunto é o Bailey, já que pra eles, Bailey é a ovelha negra.

— Ele só quis ser tatuador, qual o mal nisso? — perguntei me irritando também.

— Todos os problemas né Any, agora ele anda como se fosse um marginal. — ela disse e eu respirei fundo.

— Ele continua sendo seu filho. — eu disse irritada.

— Eu dei uma chance para ele antes dele sair de casa. — ela disse como se tivesse razão.

— Só... Mãe só, me empresta o dinheiro e depois eu pago. — eu pedi e ela me olhou torto. — Por favor mãe, sou eu quem estou pedindo.

Ela suspirou.

— Eu não quero nem saber porque ele precisa de dinheiro, mas eu vou emprestar. — ela disse e eu abracei ela agradecendo. — Mas não deixe seu pai saber disso. — ela disse e eu concordei.

— Eu vou indo agora. — eu disse me levantando do sofá e ela se levantou também.

— Mas já? Pelo menos fique para tomar um café. — ela pediu.

— Quem me trouxe tem q- — ela cortou minha fala.

— Convide ele para entrar também. — ela disse e não me deu tempo de responder, já que foi para cozinha.

Tudo que eu menos queria vai acontecer, minha mãe conhecer o Noah. Se ela falar alguma coisa idiota, eu cavo um buraco e enterro minha cabeça.

Andei para fora de casa lentamente e me aproximei do seu carro estacionado de frente pra minha casa. Noah percebeu que eu estava me aproximando e quando eu fiquei em frente a porta do carro, sinalizei com a mão para ele abaixar o vidro e assim ele fez.

I Want You ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora