trinta e cinco

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ANY G

Depois que limpamos o café que eu derramei no chão, Noah trocou de roupa, já que a que estava usando ficou suja e agora estamos assistindo um desenho aleatório na televisão da sala.

— Vamos na cidade hoje? — me perguntou Noah ao meu lado e eu concordei.

Noah me disse que nessa cidade tem bastante coisa para fazer, apesar de ser interior.

Ouvi mais um trovão e depois gotas de chuva consegui ouvir caindo lá fora. Eu gosto de chuva, gosto de ouvir o barulho da água caindo.

Noah começou a me dar beijinhos pelo meu ombro, que não estava tão ruim quanto estava antes. Eu sorri quando seus beijos me fizeram cócegas no meu pescoço. Ele me abraçou mais forte pela cintura, enquanto eu ria.

— A gente é um casal bem meloso, não é? — escutei sua voz divertida.

— Por sua culpa, somos. — eu disse rindo.

— Minha culpa? — ele disse em um tom indignado. — Agora é minha culpa você ser a garota mais linda e fofa do mundo e eu não resisti em te dar abraços e carinho. — ele disse e meu sorriso abriu mais.

Noah tem o dom de me deixar com o sorriso bobo no rosto, é incrível. Virei um pouco minha cabeça, para olhar seu rosto que continha um sorriso tão bobo quanto o meu.

— Quem diria que você seria assim em um relacionamento. — eu disse em um tom provocativo e ele me mostrou a língua.

— Você que me deixa assim, bobinho por você.

— Por mim, é? — perguntei sorrindo.

— Só por você. — ele disse me dando um beijo nos meus lábios.

Segurei seu rosto entre minhas mãos enquanto ele aprofundava o nosso beijo. Senti sua mão na minha coxa, subindo cada vez mais.

Mas segurei sua mão, antes dela terminar o percusso que estava indo. Noah parou de subir sua mão e quebrou o beijo, com um sorriso no rosto enquanto eu sentia minhas bochechas quentes.

— Vamos na cidade agora? — me perguntou e eu concordei coma cabeça.

Ele se levantou e pegou o controle da TV, desligando. Depois me estendeu a mão para mim segura e me puxou para levantar.

Fomos para o quarto e coloquei uma roupa mais solta e que não me faria morrer de calor, porque realmente é muito calor aqui. Noah também trocou de roupa e fomos para o carro dele.

A chuva estava mais fraca, mas mesmo assim parecia que iria chover o dia todo.

A cidade ficava a uns vinte minutos da casa que estávamos e quando chegamos, fiquei observando a cidade atentamente. Era uma cidade bonita e diferentemente de Denver, era calma e sem muita correria nas ruas.

Noah parou o carro em frente a uma doceria. Entramos e achei o lugar aconchegante. Parecia que Noah já conhecia as pessoas daqui, já que cumprimentou algumas pessoas e quem estava no balcão.

Sentamos em uma mesinha e quem vejo nos atender, parecia que conhecia bem o Noah pela maneira que chegou nele.

— Noah, você por aqui. — disse uma garota loira e da minha altura.

— Stefany. — disse Noah cumprimentando ela com um sorriso largo.

Estreitei meus olhos para os dois, cruzando os braços, enquanto eles conversavam como se eu não estivesse aqui. Até Noah se lembrar que tem uma namorada e que ela está na sua frente.

— Ah, Stefany, essa é minha namorada, Any. — ele me apresentou a sua amiguinha e eu abri um sorriso falso, tentando não demonstrar o que realmente sentia.

— Any, prazer. — ela disse me estendendo a mão e parecendo simpática.

Segurei em sua mão para não parecer mal educada, mas eu não estava gostando nenhum pouco disso.

Espera, eu estava com ciúmes?

Quando ela anotou nossos pedidos e voltou para o balcão, eu fechei meu rosto e Noah me olhou confuso.

— O que aconteceu? — perguntou se inclinando na mesa e pegou minha mão por cima da mesa.

— Nada. — disse tirando minha mão da sua brutalmente.

Vi um sorriso idiota aparecer no canto dos seus lábios.

— Você está com ciúmes? — perguntou e eu o olhei irritada. — Não precisa ficar com ciúmes, ela é só minha- — cortei sua fala antes dele terminar de falar.

— Eu não estou com ciúmes. — eu disse e ele suspirou.

Eu não queria saber quem ela é, ou o que ela é do Noah, porque eu tenho quase certeza que os dois já tiveram alguma coisa.

Quando Stefany trouxe nosso pedido, ela teve a cara de pau de se sentar conosco e ficar conversando com Noah. Sim, com ele, já que ignoravam completamente minha presença.

Quando terminei de comer fiquei esperando os dois terminarem de conversar. Quando Noah finalmente se lembrou de mim, ele percebeu que eu não definitivamente não queria estar ali, então se despediu da Stefany e pagou a conta.

Andei até o carro e esperei ele vir para abrir. Entre no carro e nem olhei para sua cara.

Ele tentou falar comigo e entender o que estava acontecendo, mas eu não queria falar com ele. Pelo menos não agora. Eu admito, eu estava estranha, normalmente eu não sou assim. Ciumenta.

Quando chegamos na casa, desci do carro do mesmo jeito que eu vim: sem falar nada. Entrei na casa e escutei Noah me seguir.

— Any, espera. — ele pediu segurando minha mão.

Me virei para ele, mas soltei minha mão da sua rapidamente.

— Agora você quer falar comigo? — disse irritada e ele franziu o cenho.

— O que? — perguntou confuso.

— Aquela hora você me ignorou.

— Eu não te ignorei. — ele disse e eu o olhei mais irritada.

— Como não? Estava o tempo todo falando com Stefany. — disse fazendo movimentos com a mão exageradamente.

— Me desculpa, mas você que estava estranha e não queria conversar com nós.

— Eu? Vocês mal olharam na minha cara.

— Você estava emburrada e Stefany percebeu. — ele disse e eu abri a boca.

Eu fui mal educada?

Eu suspirei olhando Noah me olhando tentando entender o que se passava comigo. Nem eu estava entendendo o que se passava comigo.

— Eu só não gostei que você me ignorou. — eu disse baixo.

— Eu não tive a intenção de te ignorar, eu juro. — ele disse chegando mais perto de mim e colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. — Você me perdoa? — me pediu com um olhar esperançoso.

— Se você não fizer isso nunca mais. — eu disse e ele abriu um sorriso.

— Nunca mais. — ele disse me dando um selinho.

NOAH U

Já era de noite e Any estava penteando seus cabelos.

Eu ainda sentia que ela estava um pouco estranha. Não entendi porque ela ficou daquela forma por causa da Stefany, Any nunca se demonstrou ser alguém ciumenta.

Mas admito que talvez eu tenha a ignorado um pouco, porém Stefany é minha amiga de infância e eu não via ela a um bom tempo. Quando eu era criança, vinha para cá e brincava com ela no parquinho dessa cidade.

Eu e Stefany nunca tivemos nada, então não vejo motivos para Any ficar com ciúmes. Na verdade, ela não precisa ter ciúmes de ninguém, porque a única pessoa que eu quero é ela e somente ela.

I Want You ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora