vinte e oito

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ANY G

Andava ao lado do Noah me arrependendo de ter vindo. Algumas horas atrás, Noah me chamou para sair em um "pequeno" jantar entre amigos, mas de pequeno isso aqui não tem nada.

Muitas pessoas andavam pela casa de quem eu não faço a menor ideia de quem seja, enquanto Noah andava por entre as pessoas e eu o seguia.

— Você disse pequena. — eu disse perto dele o fazendo abrir um sorriso e me olhar.

— Mas é pequena.

— Com certeza. — eu murmurei, mas acho que ele não escutou por conta do som alto presente no lugar.

Quando nos aproximamos da cozinha, Noah pegou uma bebida para ele e uma coca cola para mim, já que eu não bebo.

Ficamos ali na cozinha, conversando coisas banais e eu admito que estava com saudades das idiotices dele.

Percebi que alguém se aproximava de nós e vi que era Alex, que segurava um copo nas mãos e um sorriso no rosto.

— É tão bom ver o casal bem de novo. — disse Alex e eu senti meu rosto corar pelo "casal" enquanto Noah ria do meu lado.

— Cala boca. — disse Noah batendo de leve no ombro de Alex.

— Mas é sério, chegou pizza se vocês quiserem é melhor ir pegar logo, antes que a acabe. — disse Alex e foi em direção a geladeira da cozinha.

Eu e Noah decidimos que iríamos comer a pizza, então, fomos para a sala, onde tinha várias caixas de pizza e pessoas sentadas conversando.

Quando chegamos perto das pessoas, elas olharam em nossa direção, enquanto Noah iria cumprimentando as pessoas da rodinha e eu apenas sorria para algumas pessoas e respondia quem falava comigo, que eram bem poucas.

Nós sentamos no sofá, em um lugar que tinha espaço e Noah pegou um pedaço de pizza para nós, enquanto conversava.

— Você e Noah estão namorando? — perguntou um garoto sentado no sofá na nossa frente.

Antes de eu ter uma reação e responder a pergunta, Noah respondeu por mim.

— Sim. — ele respondeu e eu o olhei franzindo o cenho.

— Isso é estranho, ver você namorando. — disse um outro garoto rindo. — Mas fico feliz por vocês, o novo casal da faculdade. — disse o garoto levantando a latinha de cerveja como "comemoração" enquanto Noah apenas ria e eu sentia meu rosto esquentar pelas pessoas que nos olhavam.

Depois que terminamos de comer, senti vontade de usar o banheiros, então perguntei ao Noah onde ficava o banheiro e ele me explicou onde era.

Comecei a andar em direção ao banheiro, vendo que algumas pessoas estavam bem bêbadas e também pensando que quando Noah me convidar pra um lugar e disser que é coisa pequena, não devo acreditar.

Entrei no banheiro e usei rapidamente, quando sai e comecei a andar de volta pra sala onde Noah estava, trombei contra alguém. Senti um líquido gelado na minha camiseta e olhei para baixo, vendo minha camiseta manchada por um líquido azul.

Olhei para pessoa que me jogou a bebida em mim e vi que era uma garota.

— Me desculpa. — ela pediu desesperada e eu suspirei.

— Tudo bem. — eu disse mas estava claramente chateada com isso.

— Me desculpa mesmo. — ela disse novamente.

Alguém gritou "Anna" e ela olhou na direção da voz que chamou esse nome, então descobri que ela se chamava Anna quando começou a andar para perto da pessoa que chamou, se desculpando mais uma vez comigo antes de sair.

Eu suspirei frustrada, voltando a andar para o banheiro tentar limpar a minha camiseta, que inclusive, era branca.

Peguei bastante papel e tentei secar minha camiseta, e isso ajudou um pouco, mas a camiseta ainda estava molhada e azul.

Sai do banheiro e voltei pra sala, procurando Noah para ir embora, não estava nada agradável estar com a camiseta úmida.

Avistei Noah mexendo no celular perto da entrada da cozinha e andei em sua direção, e como se sentisse minha presença, ele olhou diretamente para mim quando estava próxima a ele. Ele abriu um sorriso quando me viu, mas sua expressão ficou confusa quando. Viu minha camiseta.

— O que aconteceu? — perguntou confuso.

— Uma garota esbarrou em mim. — eu disse frustrada. — Vamos embora, não é legal ficar assim. — eu disse apontando minha camiseta.

— Tudo bem. — ele concordou e fomos em direção a saída, mas não antes dele se despedir de algumas pessoas que estavam próximas dali.

Quando saímos para fora da casa, senti o vento fria bater contra meu corpo e fazendo a minha camiseta molhada me dar frio, mas fomos para o carro rapidamente e Noah ligou o aquecedor.

Não demorou muito para chegarmos no dormitório, quando o carro parou descemos e andamos para dentro.

Noah me acompanhou até a porta do meu quarto e quando chegou em frente, eu me virei para ele.

— E que história foi essa de namorados? — perguntei enquanto pegava minha chave e ele dava de ombros.

— Não vejo mal em falar que estamos namorando.

— Mas nós não estamos. — eu murmurei e ele me olhou.

— E você não quer?

— O que? — perguntei perdida.

— Você não quer namorar comigo? — ele perguntou me olhando apreensivo.

— Isso foi um pedido? — perguntei sentindo que um sorriso queria crescer no meu rosto.

— Se você aceitar é. — ele disse e eu mordi o interior da minha bochecha.

— Então eu aceito. — eu disse e ele abriu um sorriso, assim como eu também não consegui segurar o meu.

Eu sei que disse que deveríamos ir devagar, mas pensando melhor, só se vive uma vez, não é?

Ficamos que nem dois idiotas sem falar nada e eu sentia que estava olhando para ele como boba, então decidi me despedir.

— Tchau. — eu disse o olhando e ele abriu um sorriso.

— Não vai me dar um beijo de despedida? — perguntou com um sorriso divertido no rosto.

— O que? — perguntei um pouco confusa e surpresa.

Noah desceu seu rosto para ficar da altura do meu e se aproximou de mim, deixando sua boca a centímetros da minha, mas não tocando.

— Um beijo de despedida. — ele murmurou e eu fechei os olhos, me aproximando dele e beijando sua boca.

Eu iria dar apenas um leve beijo em sua boca, mas ele me puxou pela cintura e me beijou mais profundamente que eu pretendia.

Suas mãos estavam na minha cintura e não percebi quando as minhas mãos subiram para seu cabelo, mas elas estavam lá. Ele me puxava cada vez mais perto de si e o beijo estava ficando cada vez mais intenso, até a falta de ar nos atingir.

— Você não quer ajuda pra trocar de blusinha? — perguntou e eu abri meus olhos, vendo um sorriso malicioso nos seus lábios.

Eu não tive tempo de responder, quando ele pegou a chave da minha mão e abriu a porta, me empurrando de leve para dentro.

Comecei a sentir o nervosismo me consumir, quando Noah voltou a me beijar com veracidade. Por sorte, nenhuma das minhas colegas de quarto estava ali.

— Qual sua cama? — perguntou para mim enquanto fechava a porta atrás dele.

Apontei para minha cama e ele me agarrou me levando até ela, me deitando na cama e ele se deitou por cima de mim.

Sentia meu coração bater forte no peito, porque por mais que já beijei Noah antes, nunca foi em uma cama e isso estava me deixando muito nervosa.

Minhas mãos estavam trêmulas no seu pescoço, enquanto ele descia seus beijos pelo meu maxilar até chegar o busto.

Eu respirava com dificuldade e sentia meu interior gritar em animação. Estava nervosa, mas eu sabia que não queria que ele parasse.

I Want You ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora