dezessete

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ANY G

Já estávamos andando a uns vinte minutos e não aparecia uma alma viva nesse estrada.

— Eu estou com fome. — eu choraminguei ao lado do Noah.

— Daqui a pouco deve ter um posto de gasolina. — ele disse e eu queria acreditar, mas eu já estava cansada e com muita fome.

— Eu não aguento mais. — eu disse e parei de andar, fazendo Noah parar de andar uns três passos a frente de mim e olhar na minha direção.

— Se você parar, vamos demorar para chegar no posto de gasolina.

— Que posto? Você nem sabe se tem realmente um posto e eu realmente não aguento mais. — eu disse me sentando no chão e respirando ofegante por andar tanto.

— Sempre tem um posto e qual o seu plano? Ficar aqui até Deus mandar alguém para nos socorrer? — ele disse com ironia e eu o olhei irritada.

— Não esquece que foi por sua culpa que nos perdemos. — eu disse cruzando os braços e olhando para direção oposta que ele estava.

— Para de ser infantil e vamos logo. — Noah disse e sentia que ele também estava perdendo a paciência. Eu apenas neguei com a cabeça e escutei ele respirar fundo. — Você prefere ficar aí? Sabe que pode passar um sequestrador estrupador e você seria uma vítima fácil. — ele disse e eu o olhei mais irritada.

Levantei do chão movida ao medo de que isso que ele falou possa realmente acontecer e voltamos a andar.

Depois de uns dez minutos andando finalmente apareceu um posto no nosso campo de visão, o que me fez quase dar pulos de alegria.

— Eu falei que iria ter um posto mais a frente. — Noah disse quando já estávamos perto do posto.

Eu fui direto para loja de conveniência e apesar de estar muito feliz de ter chegado no posto de gasolina, eu não podia negar que o lugar aqui era horrível. O posto parecia ser abandonado e não tinha nada ao redor.

Ao entrar na loja de conveniência, vi um homem com uma barba ruiva grande no caixa. Ele me olhava o tempo todo com uma carranca no rosto, parecia que eu tinha o ofendido de alguma maneira.

Eu andei para trás de uma prateleira, me "escondendo" do olhar do homem da loja. Eu peguei alguns saquinhos de salgadinhos e depois peguei um refrigerante.

Andei até o caixa para pagar as coisas e o homem praticamente jogava as coisas dentro da sacola plástica, como se estivesse com raiva. Eu particularmente estava quase me tremendo de medo.

Eu sai rapidamente da loja de conveniência quando paguei as coisas que peguei, e vi que Noah estava conversando com uma mulher que aparentava ter 40 anos perto de um carro. Eu cheguei perto dos dois e Noah me olhou.

— Oi. — me apresentei para a mulher que me apresentou um sorriso amigável.

— Você deve ser Any, esse rapaz simpático estava falando de você. — ela disse e eu olhei para Noah que me lançou um sorriso quase que sem graça, mas eu duvido que ele saiba o que é ficar sem graça. — Eu sou Elizabeth, mas pode me chamar de Beth. — ela disse e eu apertei sua mão em cumprimento.

— Então, poderia nos levar até com seu carro até o meu? — perguntou Noah esperançoso e agora percebi o porque dele estar falando com essa mulher.

Percebi também que Noah estava segurando um galão que eu acredito que tenha gasolina dentro.

— Claro. — ela concordou sorrindo.

Entramos no carro e vi que tinha uma menininha sentada na cadeirinha no banco de trás, ela parecia ter uns 7 anos.

— Oi. — disse a menininha e eu sorri.

— Oi.

— Ah, essa é minha neta, Madison. — disse a mulher quando entrou no carro.

— Você tem uma filha? — perguntou Noah do meu lado para a mulher.

E seguimos caminho até onde estava o carro de Noah estava, com a mulher falando da sua filha e da sua família. Era realmente uma família muito feliz pelo que ela contava.

Até que chegamos até o carro e descemos, nos despedimos da mulher a agradecendo e depois Noah colocou combustível no carro. Entramos no carro e eu estava feliz pois finalmente iria embora.

•••

— Finalmente. — eu disse quando Noah parou o carro em frente ao dormitório.

— Nem me fale. — ele disse suspirando.

Ele desligou o carro e nós dois saímos do carro, andando até onde tinha a divisória entre os quartos das garotas e dos garotos.

— Tchau então. — eu disse sem ter muito o que falar.

— Tchau. — disse Noah

Eu comecei a andar em direção ao meu quarto, mas parei quando escutei sua voz me chamando.

— Any. — me virei pra trás, para ouvir o que ele tinha a falar. — Eu acho que estou apaixonado por você. — ele disse e eu juro que eu quase morri.

Meu coração começou a bater mais forte e eu não sabia o que dizer. Como assim ele está apaixonado por mim?

— Que? — perguntei meio perdida e quase não acreditando.

Vi Noah se aproximar de mim e abrir um sorriso, suspirando como se estivesse leve e melhor consigo mesmo.

— Eu não acho que gosto de você, eu tenho certeza. — ele disse e eu estava paralisada com essa informação.

— E-eu não sei o que dizer. — eu disse a verdade.

Não poderia dizer que estava apaixonada por ele, quando eu acho que eu não estou.

— Não precisa dizer nada, eu só estou te dizendo pois eu quero que saiba disso e também saiba que eu não vou desistir de você. — ele disse abrindo um pequeno sorriso.

Noah colocou sua mão no lado esquerdo do meu rosto e aproximou o seu do meu, me dando um beijo no canto da minha boca e se despediu em seguida, me deixando parada e sem reação.

I Want You ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora