V - Herói

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Notas Iniciais: Oiiiiii gente, tudo bem? Quase me matei mas consegui! Espero que gostem, esse cap é o mais feliz até agr kskskssksks e leiam as notas finais pra mais avisos.
Tw: Não leia se tiver gatilho com ameaças de agressão e atos violentos, ou se tiver gatilho com abuso psicológico implícito/ abuso infantil.
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Ramiro se levanta um pouco cambaleante, sua cabeça a mil enquanto se direciona a saída dos fundos do bar.

Ele suspira evitando por pouco de esbarrar com as pessoas ao seu redor, se encolhendo enquanto caminha.

O cacheado respira profundamente ao chegar a saída, seu coração acelerado em seu peito enquanto seu sangue parece ferver em suas veias.

Ele odeia isso! Ele odeia tanto isso!

Rami está cansado de ser sempre o culpado, o fardo, o indesejado, o monstro, a praga. . . 

Ele gostaria de ser algo diferente uma vez... ele quer ser algo diferente. . .

O moreno se encosta na parede tentando controlar sua respiração descompassada, tentando desesperadamente sair do limbo em que sua cabeça está tentando o  colocar. . .

Ele ofega cerrando os dentes enquanto tenta desesperadamente não chorar. . . (Ou bater sua cabeça na parede.)

Monstro”
           “Sangue-suga”
                         “Pobrema”
                   "Asno"                     “Incômodo“
                            “Peste”
               “Jumento
Prag-

—CHEGA! –Ramiro pula quase caindo ao ouvir o grito das mesmas palavras que estava pensando, seu peito um pouco mais acelerado enquanto ele olha ao redor tentando encontrar a fonte do barulho.

Estremecendo ao perceber suas bochechas molhadas Ramiro as limpa rapidamente, fungando por um momento.

"Bebe chorão" – Seu célebre tenta porém sua atenção ja esta totalmente dispersada.

Ele morde os labios coçando a cabeça e então puxando suas calças nervosamente procurando a fonte da voz.

Ele arregala os olhos ao ver a alguns metros de distância o garçom ruivo de antes.
Só que dessa vez com outra pessoa.

—CHEGA ODILON, CARAMBA! EU. NÃO. VOU.VOLTAR! ENTENDEU? NÃO VOU INFERNO! –Grita o mais novo pausadamente, seus olhos antes mel transformados em terra seca e fortemente cerrados (O completo contrário do que Ramiro viu antes.) enquanto ele tenta se desvencilhar do aperto em seu pulso.

—Primo. . . A gente pode te cura! Você não entende ainda mas podemos te ajudar! –O adolescente de costas para Ramiro explica parecendo totalmente crente em suas palavras e Rams franze as sobrancelhas.

O garçom não parecia estar doente antes. . . Na verdade, nem agora ele parece doente.

Claro, seus punhos estão fortemente cerrados e ele parece pronto para matar alguém, mas isso só parece destacar mais a beleza natural dele.

(Não que Ramiro ache outro macho bonito.)

Desde suas bochechas vermelhas e vivas até seu corpo tremulante e bonito                (e brilhante) que nem um milharal em época de colheita, Ramiro não consegue enxergar um único sinal de doença no menor.

—Não me chama de primo, você não tem mais esse direito depois de você deixar eles tentarem me “curar” Odilon! NÃO HÁ NADA DE ERRADO COMIGO, MAS VAI HAVER COM VOCÊ SE VOCÊ NÃO ME SOLTAR AGORA! ODILON! ME SOLTA! –Ele grita como um leãozinho, claramente tentando alertar alguém para vir ajuda-lo enquanto Odilon continua a tentar puxa-lo sem muita delicadeza para dentro de seu carro.

Luz e SombraOnde histórias criam vida. Descubra agora