8-faça oque eu mando

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Quando chegamos em casa finalmente começamos a dizer tudo que tinha que ser dito, já que no uber o silêncio era a única coisa que se ouvia

-Você é um monstro sua idiota Você sabe oque vc fez? Se não,eu te digo vc acabou com a minha  vida sua imunda, tudo que você fez é ainda teve coragem de olhar na minha cara e dizer que me amava? Eh eu te perdoei quando ouviu a sua versão da história mais se você continuar assim Natasha a cenorinha vai te matar você é louca de escutar essa voz na sua cabeça- ele deu uma pausa pra recuperar o ar e eu comecei

-Não eu não sou um monstro! Desde o primeiro dia eu tento ser sincera com você e eh eu contei tudo na versão mais leve porque você é fraco, sempre foi, e sempre vai ser, um bosta que não sabe fazer nada sozinho, e eu não te amava eu infelizmente ainda te amo, e outra a cenorinha não é uma voz na minha cabeça ela sou eu e eu sou ela, ela também te ama, mas nós duas te matariamos porque vc não vale a pena, e se fosse pra fazer tudo isso comigo terminasse já que vc não me ama.- eu disse gritando na cara dele

Minhas pernas fraquejavam e o ar entrava com dificuldade nos meus pulmões enquanto chorava desesperadamente, ele tremia por inteiro e chorava tão intensamente quanto eu, o caos naquele ambiente era tão forte que qualquer um que tentasse entrar entre nós dois teria companhia espiritual depois, eu vi o brilho do seu olho mudar em segundos como se tudo estivesse em câmera lenta, rapidamente me abaixei quando o vaso de flores da mesa veio em minha direção.

Me levantei enfurecida indo pra cima dele o esmurrando mas logo fui arremessada para o balcão batendo as costas com força, tinha sangue em minhas mãos e ele foi pra sala com as dele no rosto tampando, fui atrás e na entrada perto do sofá junto com uns brinquedos eu avistei uma corda, peguei a corda pulando em suas costas na esperança de tentar asfixia-lo, mas ele se jogou no chão me esmagando e neste momento a única coisa que eu consegui pensar.

Fingir desmaio, quando ele se voltou para mim e me pegou de olhos fechados e corpo parado, seu desespero começou,  ele me chacoalhou e começou a chorar mais ainda quando abraçou meu corpo com a orelha no meu peito escutando meu coração e eu prendi a respiração pro meu ritmo cardíaco diminuir

-Eu entreguei minha vida nas suas mãos, eu te apresentei minha família, e eu sei que é difícil lidar comigo, lidar com minhas insegurança e pensamentos confusos,mas, saiba que em meio a uma turbulência de conflitos e confusões tentando tomar conta de mim, a única certeza que eu tenho é de que eu te amo cada dia mais e mais, sua respiração me faz feliz,então,por favor respire- ele disse se deitando em cima do meu peito

Quando eu soltei o ar e voltei a respirar ele me olhou, e passou os dedos no meu rosto secando as lágrimas que escorriam

-Você me traiu? - eu perguntei com tristeza na voz, já sabendo a resposta virei meu rosto esperando a resposta

-Sim, é você ? Foi a Natasha ou cenorinha? - ele perguntou no mesmo tom que eu

-Sim eu te trai - eu respondi ressaltando o eu na fala, ele se levantou e foi em direção ao quarto me deixando ali sozinha, enquanto eu pensava

(⛔️aviso de sensibilidade, cenas aparti daqui pode ter acontecido na vida real)

O ódio começou a subir minha cabeça, meu sangue fervia fazendo meu corpo suar e minha pele atingir uma coloração avermelhada, meus olhos ardiam em fogo, meu corpo saiu do meu controle, minha mente ficou turva em puro ódio e entre o tempo de um piscar de olhos em estava em pé no quarto, Matheus estava deitado em posição fetal na cama e a única coisa no meu campo de visão

A arma em cima da mesinha de cabeceira era a única coisa que eu enchergava sem estar embasada, o preto cromado brilhante refletia a luz da lua que entrava pela janela, em outro flesh de luz minha mão estava apontando pro garoto em minha cama, puxei o cão e com o barulho ele se virou na cama me olhando, completamente assustado ele tentou me falar algo que eu não escutei muito bem

Mas ela escutou, algumas palavras sem sentido saíram da minha boca, e ele se ajoelhou no chão

-Natasha eu faço oque você mandar, apenas tire ela daqui- o desespero dele fazia meu corpo vibrar de alegria, mas a verdadeira eu se desesperava, a pressão no meu cérebro doía tanto que eu achava que a qualquer minuto minha cabeça explodiria os meus tímpanos quase foram estourados por um zunido agudo, pela dor soltei a  arma colocando os mãos em cada lado da cabeça

Eu estava quase desmaiando lutando contra mim mesma enquanto meu corpo se batia contra os móveis e paredes, quando a minhas vozes sesaram e meu corpo amoleceu se chocando contra o chão...

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Abro meus olhos novamente escutando vozes, crianças chorando e os aparelhos do hospital, olho em minha volta vendo que tinham tiras em volta do meu corpo me segurando na maca macia, em pouco tempo o médico adentrou a sala

-Olha quem acordou- ele disse sorridente tirando uma lanterna do bolso para examinar os meus olhos e ouvidos, logo depois pegou a minha ficha escrevendo nela.

-Vou mandar a enfermeira trazer comida pra você, mas sua mãe vai ter que estar junto quando te desamarrarem então pode demorar uns 10 minutos para explicar para ela toda a situação- ele disse e logo depois saiu da sala

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"O orgulho dos pequenos consiste em falar sempre de si próprios; o dos grandes em nunca falar de si mesmo "

𝑛.𝑛.𝑛

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