16-Nossos segredos

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- Eu ainda me lembro de nos....
O ambiente era frio e triste como um dia chuvoso na praia

- Você sabe que não devemos fazer isso, não sebe?- eu estava de costas mais conseguia sentir toda a energia que o corpo atrás de mim exalava sempre que eu pensava nele a cor amarela vinha em minha mente, como se eu soubesse a cor de sua aura.

- O seu cheiro, ainda tá aqui, e agora você trouxe ele novamente,você é maluco e não me faz bem, sete viaturas vieram atrás de mim enquanto eu estava com você então esse é o erro...- digo sabendo que tudo que aconteceu só aconteceu porque eu quis, porque eu pedi.- Meu quarto está bagunçado e eu também, os meus sentimentos também.

- Eu sei oque aconteceu...- ele para a frase e eu sinto suas costas encostarem na minha por um momento eu me sinto pequena demais pra falar sobre a briga, mas a culpa não foi minha, mas a insegurança sim.
A culpa foi minha.
A culpa foi minha.
A culpa foi minha.
A CULPA FOI MINHA.

Me levanto deixando ele ali, não me dou o trabalho de olhá-lo pra sabe que lágrimas escorrem por suas bochechas, me lembro do dia em que a adrenalina entrava em meus pulmões e eu não me importava com nem uma das sete viaturas, com nem um dos trinta e cinco policiais.

- Me tira daqui.- ele me olha confuso como da primeira vez, foi exatamente oque eu disse, seus olhos me encaram com audácia como no dia em que nos encaramos pela primeira vez e como no dia em que ele me fez ficar como desaparecida na polícia federal....

Não sei ao certo como nem quando uma música me fez viajar mais a letra era exatamente oque aconteceu comigo

Ele deve ter colocado de propósito, o erro era o mesmo tanto meu quanto o dele, éramos traidores mesmo sem aliança, mesmo sem se falar, mesmo com as vidas brigadas ainda tínhamos algo a culpa era a mesma, foi só uma briga boba uma discussão banal que acabou com o nosso relacionamento, se é que tínhamos algo.

Eu preferia que ele pegasse alguém na minha frente, a certeza ruim e bem melhor que uma duvida boa, só assim eu saiu por aí virada e louca beijando bocas aleatórias e paro de esperar quem eu nem sei se volta.

Depois que eu me acalmei percebi que ainda estava em um gramado perto de casa, e naturalmente apenas balançamos a cabeça um para o outro como tchau, ele me olhou entrar em casa e eu o observei no ponto até o ônibus passar.

Durante a noite decidi ir a qualquer lugar apenas como distração, ao chegar o percebi no local aparentemente forçado, cumprimentei como se não estivéssemos juntos algumas horas antes, um beijo na bochecha e um oi quase que feliz, ele retribui e começamos a beber, ele já estava bem alterado, na verdade todo mundo já estava bem alterado e eu não tinha terminado nem um copo ainda estava sóbria, nada me descia, minha garganta tinha um nó.

Os meus olhos pesentiam oque eu veria, ele estava com uma garota no canto do ambiente e ela ria e mexia no cabelo enquanto ele continuava dizer coisas para ela,e então eles se beijaram...

Retiro oque eu disse, eu preferia a duvida.

Não me despeço de ninguém apenas saiu do local e começo a andar em direção ao ponto de ônibus, ali eu me sento e viajo em meus pensamentos, como dói, dói muito, meu erro, eu não deveria ter dito nada a ele...

Eu te odeio.
Eu te odeio...
Eu odeio sentir
Eu te amo
Eu odeio amar você, encontrei meu karma.
Eu vou te tirar da minha vida de um geito ou de outro.

("Se eu quietase a boca, evitava esses choro e esse cheiro álcool na roupa e a fumaça na sala e cinzeiro cheiro.
Que arrependimento.
Eu perdi a minha chance quando me entreguei pra outro alguém.
Se não for com você não vai ser com ninguém.
vai saber,que os nossos filhos nem vão nascer.
vai saber, que não vai ter festa e nem briga pelo seu buque" )

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⏰ Última atualização: May 22 ⏰

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