❅ Capítulo 5 ❅

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Sentada no sofá, coloco as mãos na cabeça numa tentativa de diminuir a enxaqueca, sem sucesso

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Sentada no sofá, coloco as mãos na cabeça numa tentativa de diminuir a enxaqueca, sem sucesso.

As últimas 24 horas consistiram em cortinas rasgadas, pratos quebrados, casa completamente revirada e gritos incessantes de Sofia que, mesmo com a boca tapada, não para de gritar.

Já tentamos dar comida e água pra ela, mas ela jogou tudo na nossa cara antes de tentar fugir, pela vigésima vez.

Dois homens altos e robustos se dirigem pra sala e com a voz cheia de irritação falam:

- Patroa, essa mulher é completamente maluca

- Não podemos só apagar ela? Não aguento mais

- Vocês querem começar uma guerra com o único reino que pode se aliar a nós no momento? - Advirto.

Ja usei veneno de sonolência na princesa três vezes, se tentar usar de novo em um período de tempo tão curto, estaria correndo risco de matá-la.

Então a amarrei e tranquei no quarto. Mas já tem horas que ela não para de atacar a porta com o próprio corpo, com empurrões e chutes.

Como ela não desmaiou? Parece uma espécie de criança encapetada.

Talvez teria sido melhor ter escolhido viver da pesca no interior.

De repente, o barulho cessa e eu finalmente respiro aliviada.

Mas o alívio se transforma numa preocupação ainda maior. Por que ela parou? Algo não está certo

Entro no quarto e vejo que Sofia conseguiu se libertar de alguma maneira e amarrou uma corda improvisada feita com lençóis na sacada do quarto.

- Ela não vai fazer isso. Não é maluca a esse ponto

Meus olhos arregalam quando ela se joga com tudo, estampando um sorriso no rosto.

PUTA QUE PARIU. QUAL O PROBLEMA DESSA MULHER?

Me encosto no muro da sacada vendo a velocidade aumentar enquanto ela cai, até a "corda" partir. Era ÓBVIO que ia partir.

Sem pensar muito, pego impulso no muro e me jogo tambem.

Tudo ao redor passa rápido como um borrão, o vento corta a minha pele enquanto eu tento a alcançar, mas a distância está grande demais.

Com muito esforço, já que não faz parte das minhas habilidades natas, concentro toda a minha magia nas costas até formar asas verdes.

Finalmente consigo pegá-la em meus braços e caímos no jardim com ela em cima de mim.

Gemo de dor e suo frio enquanto as minhas costas ardem como se tivessem sido chicoteadas.

Minhas mãos se agarram na grama ao tentar me recuperar, toda a minha pele parece estar em carne viva.

Concentrar toda a magia dessa forma em um único local é muito perigoso e deve ser evitado a qualquer custo.

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