Bora continuar ... Após a colação de grau, recebi a notícia que teria que
sair do sobrado, o motivo alegado seria uma suposta reforma.Já tinha se passado quase sete anos.
Confesso que fiquei um pouco apreensiva, ou seja, preocupada com
minha nova moradia. Acabara de me formar, se pelo menos já tivesse concluído a pós-graduação, meu Deus! E agora Pai, o que vou fazer?
No dia seguinte, atendendo a Carlair, cliente que me acompanhava
desde os atendimentos domiciliares, resolvi compartilhar a minha preocupação.
Foi quando ela me lembrou que sr. Mesquica (:falecido em 2023) vendedor de queijos na rua Maria Tomásia, estava com um apartamento para alugar. O marido da
Carlair era muito amigo do sr. Mesquita, rapidamente retirou o apartamento da imobiliária e assim me alugou. Novamente avisei aos clientes o,meu novo endereço ...
Dizem que é melhor ter amigos que dinheiro no banco. Ao longo da minha
vida posso dizer que essa frase é pura e verdadeira.
' Pouco depois consegui
T erminar a pós-graduação
em Psicopedagogia Institucional e Clínica.
Embora tivesse participado
de algumas Seleções Públicas
da Prefeitura, nunca tinha
sido chamada, porque
minha classificação era baixa.
Então comecei cada dia
mais fazer cursos presenciais
e on-line. Na seleção
do ano de 2015, passei numa ótima classificação, e logo começo a trabalhar no CRAS Irmã Oswalda, que fica localizado no bairro Alto da Brasília, onde passei boa parte da minha infância. E assim foi seleção após seleção, sempre com seus altos e baixos. Hoje tenho uma boa experiência em Centro de Referência
da Assistência Social, Centro de Referência Especializado da Assistência Social, Centro de Referência da Mulher (Políticas
de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher), ONGs.
Gostaria de enfatizar que tanto
o meu primeiro emprego no CRAS Irmã Oswalda como o último na Casa Acolhedora (ONG) tiveram um gostinho de desejo realizado.
Como você sabe, nasci na Comunidade Pedra Branca, e passei uma boa parte da infância no Alto da Brasília. Trabalhar com um público que lhe acolhe, isso é de total relevância para um profissional, pois foi assim que me senti.
A Casa Acolhedora, antigo ABC, prédio onde meu pai trabalhou como servente de obras. Ele sonhava em me ver trabalhar nesse espaço. Embora ele não estivesse presente, eu atuando como assistente social, com minha irmã Ana Patriolino, como cabeleireira,ve claro com o apoio da
equipe da Casa Acolhedora,
ministramos minicursos
para as mulheres atendidas.
A maior parte dos nossos problemas, muitas vezes é viver comparando
nossa vida com a do nosso vizinho, achando que o outro é mais feliz, que a
grama do seu jardim está mais verde. Porém, nem sempre estamos dispostos a enfrentar as dificuldades que o vizinho atravessou, e o que ele teve que fazer para tornar seu jardim verde e florido.
Hoje posso dizer que nada na vida é fácil, também se assim fosse, talvez não daria valor. Sou muito grata a
Deus, por ter me ajudado
a me tornar a pessoa que
hoje sou, simples e sempre orando a me tornar humilde de coração. Embora sem ajuda da família, mas
acima de tudo com fé em Deus, com dignidade e respeito ao meu próximo.
Durante a maior parte da minha vida tive que lutar pela minha sobrevivência e, muitas
vezes, pela dos meus familiares, como foi mencionado logo no início. Isso realmente não foi fácil, principalmente, porque eu era uma criança.
Nunca tive vergonha de arregaçar as mangas para trabalhar, seja no
que fosse. O que mais importa é que aquele suor derramado me serviu para multiplicar, para alcançar, até aqui, os meus objetivos.
Uma das coisas que mais tenho orgulho de mim mesma, é que para
conseguir realizar meus desejos e anseios, nunca precisei puxar o tapete dos meus colegas, como tentaram fazer comigo. Muito pelo contrário, na medida do possível, procurei e procuro ajudar, sem olhar a quem.
Onde passei sempre fiz boas amizades, não sou perfeita, e quem é perfeito? Diga-me aí.
Devido às dificuldades da vida, realmente tem momentos que a única
coisa que temos vontade de fazer é largar tudo e desistir. Isso seria de certa forma a solução mais prática para sanar com nossos problemas. E depois?
Em momentos de estresse, entre trabalhar e estudar, lembro que certa
vez me dirigi à coordenação e solicitei para trancar o curso de Serviço Social.
Uma semana depois retornei, e para minha alegria, o trancamento nem tinha sido efetuado, continuei.
Não estou aqui para reclamar da vida, pois hoje tenho mais para agradecer
do que para reclamar. As dificuldades sempre existirão e precisam ser
encaradas de frente, claro com muita sabedoria, cautela e responsabilidade.
Nunca nos esquecendo de que o que
plantamos hoje, colheremos amanhã.
Desde o mês passado, estou em
casa sem trabalhar, não pelo coronavirus; sim estou desempregada, meu contrato
finalizou. Os concursados estão lá fora
só esperando uma chance de serem locados e com todo direito. Com isso, pelo menos aqui em Sobral, as minhas chances são mínimas de um novo trabalho na Assistência Social.
E agora o que farei? Meu amigo e
minha amiga, só lhes digo uma coisa: "o futuro a Deus pertence".Ps:
Gostaria de informar que no mês de abril deste ano (2020), a minha
saudosa avó Mãe Zeca faleceu, e no dia 7 de Junho, o filho dela, que é meu tio também faleceu. Ambos sem sepultamento devido aos riscos do covid - 19.
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Opa! Se Cochilar, o Chapéu Voa...
De TodoEste livro relata a história de vida de uma batalhadora igual a milhões de brasileiros. A menina Maria saiu de casa aos sete anos de idade com objetivo de trabalhar em casa de família em Sobral, CE. Trabalho eque utilizou a Educação como impulso par...