O Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no usa da imaginação.
"É tão fácil amar o neném que ri de volta pra gente, que faz gracinha, anda, olha nos nossos olhos, fala 'papai' e 'mamãe; ou a criança que acaba de aprender a escrever e ler, que te traz um desenho feito no colégio, te traz uma florzinha, arrancada no parque e diz que você "é a melhor mãe do mundo"!". Mais tarde, nos orgulhamos do nosso adolescente que acaba de entrar para a faculdade, arruma uma namoradinha, se forma, arruma um trabalho, casa e constrói uma família. Até mesmo quando nossos filhos neuro-típicos não se comportam conforme nossas expectativas, continuamos os amando... mas sempre esperando que mudem, o que acaba gerando conflitos, às vezes, já que muitos consideram isso como um sinal de que não são totalmente aceitos. Afinal, nem todo mundo faz uma faculdade, ou se casa. Só que o segredo está no POTENCIAL de cada criança. Pois, ainda que nossos filhos acabem não fazendo o que para eles sonhamos, eles PODEM (têm o potencial para) fazê-lo. Mas no nosso caso, a vida (Deus?) nos apresenta a uma criança diferente, uma criança autista. Sem nenhum 'manual de instrução e uso', temos que fazer nossa cabeça dar um giro de 360 graus para entender como funciona sua cabecinha. E apesar do susto inicial e do medo por seu futuro, aprendemos a amá-la de um modo inimaginável para outros pais (sem um filho especial)".
2015
Camille:
Martin Garrix está colocando todo mundo para dançar na pista de dança da boate Mission.
Sinto o momento exato que alguém agarra as minhas pernas e me carrega por cima dos ombros para fora do estabelecimento.
Quê?
Minutos depois meu consciente me mostra que é o Aaron, meu segurança, me levando para o carro onde Jeffrey nos espera.
- Como foi que você me achou? - Eu tinha especialmente largado meu celular em casa, para poder curtir uma noite sozinha.
- Digamos que São Francisco não é uma cidade aonde muitas festas acontecem ao mesmo tempo. - Ele me dá seu sorriso torto e se senta no banco de trás comigo.
- Era só uma única noite. Custava me deixar curtir?
- Cami, sua vida é pública. Você não pode fazer coisas de uma garota normal de vinte anos. Não sem um cuidado extra. - Sim, ele me chama de Cami, pois é apenas quatro anos mais velho, e também porque odeio que me chamem pelo nome inteiro. A vida é mais fácil com apelidos.
- Mas não tinha nenhum paparazzi, ou algo do tipo.
- Talvez sim, talvez não. Não importa! Seu pai pediu para buscar, e assim eu fiz.
- Você é chato e careta. Igual o meu pai.
- Um dia você vai reconhecer tudo que eu faço.
- Um dia você vai perceber que perdeu todas as coisas boas da vida.
- Garota, não me infernize. - Ele pede enquanto recosta sua cabeça no banco.
- Você me tirou da festa! Agora você vai ter que me divertir. - Falo fazendo biquinho, o Jeffrey ri e me olha pelo retrovisor.
- Tudo que você desejar, senhorita. - Aaron responde e me puxa para o colo dele. Sim, eu transo regularmente com ele. Não é um relacionamento, nem nada do tipo. A gente apenas se curte. Eu até tentei manter distância dele, logo quando ele chegou, mas foi meio que impossível. Ele é um pedaço de mau caminho.
Mark:
"Doutor, hoje você tem pacientes marcados só na parte da tarde. Bom dia!"
Essa é a mensagem que me acorda às 08:00 da manhã. Minha secretária Vivian que mandou. Ela realmente me fez acordar essa hora para apenas dizer que vou trabalhar só na parte da tarde?
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DEMONS
RomanceA loucura não é um fator externo. É um pedido de ajuda, um movimento, uma dança que não se faz sozinho, mas o primeiro passo ninguém pode dar por você. Ela parte dos demônios que estão dentro de você, dentro da sua mente, do seu coração.