Capítulo 2

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- Amigo, que houve?! - Innie me pergunta assim que eu abro a porta dando passagem para que ele entre . - Você disse que era urgente, quem morreu?! - ele brinca.

- Meu avô. - respondo com os olhos marejados e ele leva as mãos à boca surpreso.

- Sério?! - apenas consigo fazer um sinal afirmativo com a cabeça. - Lix! Sinto muito! Perdão! Me desculpa, eu... - ele me abraça de forma apertada, me mostrando que estava ali, mostro a ele o sofá e ele se senta me observando.

- Mas o que houve afinal? Como o seu avô morreu? Ele estava doente? Não me lembro de você comentar sobre.

- Ah, ele já era bem velhinho, não é como se a gente não esperasse por isso. - falo mostrando que de uma certa forma eu estava conformado com a situação. - Mas não foi só por isso que te chamei.

- Não?! - ele me observa.

- Não. É que me ligou um advogado, falando de um tal testamento que meu avô fez.

- Testamento?! - seu olhar dobra de tamanho. - Pensei que isso fosse coisa de filme! Existe mesmo?!

- Aparentemente sim. Ele disse que procurou pelo meu pai, mas como ele sumiu do mapa né, veio falar comigo. - divago um pouco. - Disse que é imprescindível eu estar amanhã no fórum pra leitura do tal documento.

- Xiii, então a coisa é séria! - ele fala mordendo a parte interna da bochecha enquanto vagueia o olhar.

- Parece que sim. Por isso te chamei. Não quero ir sozinho, você me acompanha?!

- Claro amigo. Te disse, pode sempre contar comigo. - ele segura minhas mãos entre as suas e sorri fechado.
Jeongin é o tipo de amigo que todos precisam ter em suas vidas, ele é meigo, sensível e ficar com ele é reconfortante, por fim ele passa a noite na minha casa e pela manhã antes de ir ao fórum vamos à casa dele pra que troque de roupa. Assim como meu amigo a mãe dele também é um amor, ela sempre me trata muito bem, e por isso faço questão de levar cookies pra ela cada vez que os visito.
Não demoramos para chegar ao fórum, ao contrário da tal leitura de testamento. Eram tantos papéis e tanto "jurisdiquês" que o advogado falava que eu já estava ficando zonzo, por esse motivo acabei tendo que interrompe-lo porquê meus dois neurônios, o tico e o teco, já não estavam dando conta mais de tanta burocracia.

- Doutor, o senhor me desculpe, mas eu não entendo nada dessas coisas. - falo levantando a mão e pedindo a palavra. - Pode simplificar por favor? Por que afinal eu fui chamado aqui? E o que eu tenho a ver com o testamento do vovô?

- Bom, senhor Lee, sua mãe e seu tio eram os únicos filhos que seu avô tinha, porém como ambos já são falecidos, e devido a... bom, o revés financeiro que sofreu a sua família...

- O senhor se refere a falência da empresa do papai. - fui direto ao ponto.

- Bem, sim. Devido a esse, recente acontecimento, e ao fato de o senhor já ser maior de idade, seu avô achou por bem não deixar sua parte da herança a cargo da administração de seu pai, mesmo porque, temia que os credores viessem a requerer esses bens em juízo, para pagamento de dívidas.

- Não! O papai não deixou nenhuma dívida. Ele vendeu tudo que tínhamos pra quitar todos os fornecedores e pagar os acionistas.
Mas, o senhor está me dizendo que eu sou o único herdeiro do vovô?!

- Não, não o único, mas um dos herdeiros, mediante certas... condições.

- Como assim?

- Bem, seu avô deixou uma fazenda e terras em Suncheon onde ele vivia com sua tia e seu primo. Esse seu primo e o senhor são os principais herdeiros citados, mas para que o senhor tenha direito a sua parte precisa cumprir certas exigências contidas no testamento.

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