Status Quo

VII (SETE)

Narrador

— Essa cidade precisa de uma nova classe de criminosos. — Disse ela, eles tremeram.

Não precisavam de apresentações. Todos sabiam quem era aquela figura.

A mulher bem vestida, andava entre a fila de homens ajoelhados, que absorviam o terror de encarar a "sanguinária". Era assim como a conheciam no submundo.

Só as solas vermelhas dos sapatos já teriam indicado quem era. Afinal, essa era uma das marcas registradas daquela figura.

— Vocês agem sem um código, sem moral. — afirmou ela lentamente. — Mas isso está prestes a mudar!

— Ferraro. — disse um deles. — Não pode achar que vai entrar aqui e fazer o que quiser!

Lentamente a figura girou sobre os seus saltos. Ela olhou para a figura masculina. Não havia nem um resquício de sentimento em seu rosto, por isso, quando seu lábio se puxou para cima numa espécie de sorriso. Todos quase se encolheram.

— Não posso? — ela caminhou até ele. — Interessante...

— Essa área não é sua!

Disse o sujeito. Para a Ferraro mais nova ele não era uma surpresa, afinal, conhecia muitos daquele "tipo" e nenhum sobreviveu a ela.

— Não, ela não era minha, mas a partir de agora é...

— O que?

— Estou me apropriando das suas boates, elas estão no limite dos meus negócios, e sua má administração e o rastro de mulheres mortas, estão me atrapalhando...

— A minha organização...

Lyza deu um golpe com a mão na garganta dele, o sujeito caiu, engasgando. Ela se moveu, colocando o sapato sob a jugular do mesmo e empurrando a ponta afiada do salto.

— Sua organização não é nada. Vou queimar cada um deles e extirpar gente da sua espécie... Eu disse, essa cidade, merece uma classe melhor de criminosos...

O homem engasgava aos seus pés enquanto era morto de um modo doloroso. Todos os outros homens assistiam e sinceramente já começaram a implorar pela sua morte rápida...

Ninguém tinha esperanças de sair dali vivo diante da herdeira e futura chefe do clã Ferraro, que parecia ter voltado decidida a dizimar quem estava fora dos seus altos padrões de negócio.