Capítulo Seis - "There's no need to be brave"

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dia 17: tema livre


Katsuki respirou fundo, tentando regular sua respiração, sem sucesso. Eijirou descia por seu corpo com beijos molhados, lentos e demorados, marcando-o. Sua língua dançava pela pele antes dos lábios se fecharem chupando-o, para logo em seguida ser mordida pelos dentes afiados. Essa tortura deliciosa já se estendia por um século, ou um milênio, Bakugou não tinha certeza.

Eles já estavam nessa amizade colorida já alguns meses, fodendo em festas e encontros dos amigos. Com o tempo, festa e bebida já não entravam na equação e eles marcaram de se encontrar apenas para transar e dormiam juntos de maneira recorrente. As coisas ficaram confusas já há algumas semanas, quando eles saíram para uma festa e Kirishima acabou ficando com ciúmes quando um cara aleatório deu em cima de Bakugou.

E tudo ficou confuso porque, na hora, aquilo fez sentido para Katsuki, que passou o resto da festa agarrado em Eijirou, beijando-o, como se acalmasse as inseguranças de um namorado. Porém, eles não namoravam. Alguns dias depois, pensando sobre o que aconteceu, foi que Bakugou se deu conta da estranheza da situação, contudo, não via nenhum problema, até então. Ele continuou com os encontros com o melhor amigo, apenas prestando mais atenção nele e notando que sim, Eijirou estava mais ciumento e até possessivo do que já era normalmente com os amigos. Nada assustador ou descontrolado, apenas sua velha birra de quem queria atenção, um pouco pior do que antes.

O que realmente deixava Bakugou confuso não era só o ciúmes em si, mas sim o fato de que ele gostava. Ele gostava dos braços fortes de Eijirou o apertando com mais força, do biquinho e do dengo, Kirishima demandando mais atenção, mais carinho, mais beijos. Marcando-o sempre que Bakugou permitia.

E Bakugou permitia sempre que Eijirou o olhava, o tocava, o beijava. Ele gostava de sentir o raspar dos dentes afiados por sua pele, os lábios carnudos chupando-o, a língua áspera deslizando sobre ele. Exatamente como agora.

Eijirou mordeu seu abdômen, deslizando a língua com desejo antes de chupar outro ponto de sua barriga. Então, ele desceu por seu corpo ignorando completamente a parte sua que mais precisava da atenção da boca dele e chupou sua coxa esquerda, mordendo bem em cima do mesmo lugar em seguida.

Já fazia horas que ele o beijava, chupava e mordia, marcando-o incansavelmente, sem dar nenhuma atenção a sua buceta. Katsuki pingava de tesão, na ânsia de ser tocado, do orgasmo que lhe era negado de novo e de novo e de novo e de novo. Eijirou apenas se deliciou com seu gosto, como se provasse um prato tão deleitável que ele saboreava pedacinho por pedacinho, com calma, deixando o melhor para o final.

Bakugou choramingava, seu orgulho esquecido em algum lugar fora do quarto. Ele amava a boca de Eijirou e todas as formas que ele a usava para lhe dar prazer. Amava sentir os dentes afiados contra sua pele, se afundando lentamente até quase doer, e então soltar para que um beijo lascivo fosse depositado nele.

Katsuki finalmente desistiu de qualquer rastro de dignidade que lhe restava.

— Por favor, por favor, por favor, por favor. — Ele implorou, sem coerência o suficiente para dizer o quê ou por quê.

Todavia, Eijirou apenas riu, e deslizou com selinhos para sua parte mais íntima, lambendo-o lentamente, deslizando por entre ele com facilidade. Bakugou pingava, ensopava a cama, completamente molhado e excitado. Sentia quase uma dor de tanto tesão, seu orgasmo assustadoramente perto mesmo que esse fosse o primeiro toque em seu clitóris.

Suas mãos se enfiaram no cabelo solto de Eijirou, e o vermelho cobriu sua pelve quando ele o devorou, lambeu, chupou, e consumiu. Sua língua entrou com fome e desejo, transformou Bakugou numa completa bagunça, o deixou ainda mais molhado. Só agora ele o tocava e o fazia com gosto, fome. Aparentemente a tortura tinha sido para ambos, já que Eijirou bebia dele como se estivesse morrendo de sede, como se apenas Bakugou pudesse sacia-lo.

Ele sugou com força na sua parte mais sensível, e Katsuki tremeu, gemeu e gritou o nome de Kirishima quando gozou, suas coxas tremendo em volta dele, finalmente.

And still I will live hereOnde histórias criam vida. Descubra agora