And still I will live here

Capítulo sete - "And all the quiet nights you bear seal them up with care"

Capítulo sete — "And all the quiet nights you bear seal them up with care, no one needs to know they're there for I will hold them for you"

NOTAS: A Mitski lançou música nova hoje, um álbum novo inteiro, então é justo atualizar esta bb! Aviso já que são 10 caps ao todo então estamos na reta final, to escrevendo ainda mas já sei que estamos para acabar. Obrigado a todo mundo que ta aqui lendo, curtindo e comentando <3

dia 1: férias

Bakugou se olhou no espelho, observando seu peito no reflexo. Onde antes uma parte que ele tanto rejeitava causaria disforia, hoje uma tatuagem de um dragão chinês envolto em flores cobria toda a sua pele, até mesmo as cicatrizes de sua cirurgia. A arte descia por seu abdômen e parava apenas na linha de sua sunga, abaixo de seu umbigo, com cores vivas colorindo toda sua epiderme.

Katsuki já sabia que queria fazer uma tatuagem após a cirurgia, e depois de um tempo decidiu que gostaria de fazer um dragão em cima de seu peito, rodeado de flores diversas. As flores que enfeitavam seu peito foram escolhidas a dedo por Kirishima, suas sogras, os amigos e seus pais, portanto, era uma explosão de cores e tipos variados, de diferentes origens. Era uma visão muito mais agradável da que via antes e ele sorriu, feliz que finalmente poderia aproveitar uma ocasião dessas sem ansiedade e disforia.

Ele saiu do quarto do hotel, indo em direção à piscina aquecida particular apenas para o quarto deles. Estava de noite, e o escuro do céu era interrompido pelas estrelas e o brilho forte da lua. Eijirou, Mina, Kaminari, Tetsutetsu, Shinsou e Sero já estavam lá, igualmente em roupas de banho que pareciam deslocadas na noite fria, mas confortável no quentinho da piscina.

Assim que saiu pela porta de vidro os olhos de Kirishima já estavam sobre ele, encarando com o mais puro desejo. A aliança de ouro em sua mão esquerda chamou sua atenção, mas não mais que o rosto safado de seu marido, que o observava como se pretendesse fode-lo ali mesmo na piscina.

— Ei, eu juro que eu te mato se tu insistiu tanto nessa viagem só pra me ver de sunga a semana toda. — Bakugou ameaçou, de olhos semicerrados.

— Ah, meu girassol, cê sabe como eu sou, né? — Eijirou falou, com malícia.

Os olhos dele desceram tal qual uma carícia por seu corpo, desejoso, admirando o rosto, a tatuagem, suas coxas musculosas, e Katsuki tentou não corar. Era patético demais corar porque seu marido estava dando em cima de você, né?

Mesmo assim, ele sorriu. Passou por Eijirou, dando um chute leve nas costas dele só de pirraça, e entrou na piscina. Seu marido riu, abraçando-o assim que seu corpo submergiu na água, trazendo Katsuki de volta à superfície para beijá-lo.

— Nossa, ainda bem que veio todo mundo com seus companheiros porque ser solteiro perto desses dois é um inferno. Ces podem parar de se agarrar já. — Kaminari reclamou.

— Shinsou cala a boca dele, por gentileza. — Kirishima pediu.

Do canto de seu olho, Katsuki viu Sero agarrar Denki por trás enquanto Hitoshi o beijava de frente. Ele já sabia que sair com os amigos, sendo que Kirishima e Bakugou, assim como Mina e Tetsu, eram casados, enquanto Kaminari, Sero e Shinsou estavam em um trisal, para uma viagem de férias no litoral num hotel chique com piscina privada ia dar em alguns momentos de exibicionismo, mas não imaginava que já seria no primeiro dia.

Sem se importar, ele beijou seu marido de volta, com gosto, as línguas se encontrando dentro da boca com lentidão, sem pressa e suave. A mão dele acariciava sua bunda, segurando Katsuki com carinho e gentileza. Bakugou se derretia completamente ao notar o quão menos desesperado e mais lento e amoroso o sexo e os toques entre eles se tornaram com o passar do tempo. O começo tinha urgência, desespero, quase uma angústia de quem pensava só ter aquilo, só ser aquilo, o desejo de um encontro instantâneo, rápido, queimando como um mero fósforo.