A filha de Maria perdeu parte de si quando sua irmã morreu. Nebraska queria estar morta, mas Tommy a salvou. E agora ela apenas vaga pelas ruas de Jackson, sendo odiada por todos e, principalmente, por Ellie Williams.
"Meu amor por você é sempiterno...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"O que você está fazendo, Nebie?" Joel Miller pergunta, seus olhos escuros repletos de tristeza enquanto fita a mulher loira de costas para ele.
Nebraska olha para trás, assustada, arregalando os olhos quando encontra seu melhor amigo parado a alguns passos de distância, vivo. Eles estão no teatro de Seattle, em cima do palco, e Nebraska pisca confusa quando nota todas as cadeiras lotadas de pessoas.
"Joel?" ela sussurra, atônita. O homem dá um passo para trás, e Nebraska franze as sobrancelhas confusa quando percebe que Joel está com medo dela. Ela olha para trás dele, para todas as pessoas sentadas na plateia, e nota que todas elas têm buracos negros no lugar dos olhos.
Nebraska ofega quando percebe que todas as pessoas são, na verdade, suas vítimas. Então, ela olha para as próprias mãos, repletas de sangue, antes de olhar para frente novamente. No chão, há o corpo de uma mulher de cabelos ruivos, o rosto pálido e ensanguentado. Morta.
Nebraska acorda gritando.
Ela grita tanto que arranca todo o ar de seus pulmões, que parecem incapazes de inalar oxigênio. O pânico continua a correr por suas veias, mesmo quando nota os infectados batendo brutalmente contra as janelas da casa em que está abrigada, atraídos por seus gritos de terror.
Nebraska fita os infectados através das janelas, piscando entre as lágrimas, enquanto se encolhe no chão encostada na poltrona velha. Palavras indecifráveis escapam de seus lábios repetidamente enquanto ela coloca as mãos ao lado da cabeça, apertando o crânio com força, como se quisesse silenciar seus pensamentos. Não se move, nem quando uma das janelas se quebra, e as lágrimas escorrem por suas bochechas quando o infectado tenta entrar pela abertura.
A pequena mulher encolhida contra a poltrona não se move nem mesmo quando ouve sons dos infectados caindo contra o chão, imóveis. Ou a porta da frente se abrindo. Ou os passos se aproximando.
"Porra" a voz feminina pragueja quando reconhece Nebraska McKinnon.
Nebraska continua com as mãos ao lado do crânio, seu corpo agora movimentando-se para frente e para trás, como um pêndulo. Ela continua a murmurar ininterruptamente palavras, e os passos se aproximam perigosamente.
"O que ela está falando?" outra voz questiona, mais jovial, enquanto fita a mulher encolhida.
"Eu fodidamente não me importo" a outra mulher responde, revirando os pertences de Nebraska em cima do sofá. Ela encontra as algemas, e rapidamente aproxima-se da mulher, agarrando brutalmente seu pulso esquerdo e prendendo as algemas nele, algemando-a contra a poltrona. "Vou ver se encontro alguma pista. Fique aqui e grite se ela fizer qualquer movimento."
O garoto permanece com seu arco cuidadosamente apontado para mulher, enquanto franze as sobrancelhas ao finalmente compreender o que Nebraska está murmurando sem parar, como uma prece.