[ 13 ] Pólvora prestes a explodir

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2038

〚 2038 〛

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Com o passar das longas semanas, a dor da perda tornou-se mais suportável. Não porque passou a doer menos, mas porque Nebraska e Ellie se acostumaram com ela. No fundo, sabiam que nunca pararia de doer.

Porque Joel Miller está morto. E não volta nunca mais.

Assim como em suas patrulhas, Nebraska e Ellie passavam todo o tempo a caminho de Seattle em silêncio ou brigando. E as brigas eram cada vez mais colossais, como se a tensão de passarem tanto tempo juntas fosse terrivelmente insuportável.

Como pólvora prestes a explodir.

"Você é uma fodida de merda!" Nebraska grita, assim que acerta mais um infectado com uma de suas flechas. "Que ideia estúpida foi essa de querer invadir esse lugar? Porra, não acredito que vamos morrer aqui."

"Cala a boca, McKinnon" Ellie rosna, seguindo Nebraska pelos corredores enquanto elas correm, virando-se para trás por um momento para atirar em alguns infectados que as seguem.

Estão em uma cidade nos arredores de Idaho, e encontraram esse prédio enquanto patrulhavam a área ao redor de uma casa em que estavam. Não encontram comida há alguns dias, e Ellie viu em uma das placas que no último andar do prédio havia um restaurante.

Elas sobem as escadas para o próximo andar, e rapidamente arrastam um pesado armário para obstruir a porta. Continuam a avançar para o próximo andar, e elas parecem ter uma onda de sorte, porque os andares superiores estão livres de infectados.

Por fim, alcançam o último andar, e Nebraska avança até a porta do restaurante, que está trancada. Ela olha para cima, para a abertura acima da porta, e vira-se para Ellie.

"Me ajude a subir" ordena, mandona.

"Nem fodendo" Ellie retruca, e Nebraska revira os olhos. "Me impulsione."

"Idiota do caralho" Nebraska resmunga enquanto ajoelha-se diante da porta e entrelaça suas mãos. Ellie pisa em suas mãos e iça-se para cima, agarrando a abertura, e impulsiona-se com a ajuda da loira, passando pela abertura e pousando do outro lado.

"Foda-se" Ellie xinga assim que os sons dos infectados e vidros quebrando são ouvidos quando eles avançam perigosamente dos fundos do restaurante.

"Abra para mim!" Nebraska grita, tentando colidir contra a porta enquanto ouve os sons de lutas do outro lado. "Ellie! Ellie!"

Sente o desespero rapidamente tomar suas veias, o pânico cegando todos seus sentidos de forma aterrorizante. Seu coração bate implacavelmente contra o peito, e a única coisa que ouve são os horríveis grunhidos dos infectados. A loira continua a jogar seu corpo violentamente contra a porta, tentando abri-la e salvar a mulher do outro lado.

"Ellie! Por favor!"

Não. Não. Não.

De novo não.

SEMPITERNO • ellie williamsOnde histórias criam vida. Descubra agora