27| Future

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Pablo Gavira

— Eu fui uma vergonha para você? — ela perguntou exaltada, mas não obteve nenhuma resposta. — Você é patético! — ela cuspiu suas palavras.  — Saiba que eu não cometeria o mesmo erro que você é minha mãe cometeram no passado. — ela forçou um sorriso debochado e foi em direção as escadas a caminho de seu quarto.

— S/N, filha... — Xavi tentou dizer, mas ela o ignorou e seguiu o seu caminho.

Minha vontade era de correr atrás dela, mas sabia que se eu fizesse isso, eu arranjaria mais problemas.

Fico a encarando enquanto ela subia as escadas nervosa. Mantive meu olhar nela até que ela não estivesse mais no meu campo de visão.

Direciono meu olhar para as minhas mãos, que estavam completamente suadas.

— Vá atrás dela, garoto! — ouço a voz de Xavi.

— O que? — O encarei confuso.

— Vá atrás dela! — ele afirmou. — ela está precisando de você mais do que está precisando de mim agora.

Fico surpreso com as palavras dele. Apesar de ser meu treinador, é o pai da minha namorada também.

Vou em direção as escadas subindo-as o mais rápido possível. Vou até o quando de S/N e a encaro de longe jogada na cama. Era engraçado. Dou algumas batidas porta pedindo permissão para entrar.

— Eu posso entrar? — minha voz ecoou pelo quarto.

Ela assentia positivamente com a cabeça e me encarava com um sorriso no rosto.

— Você está bem? — me deitei ao seu lado a encarando atentamente. Eu olhava cada detalhe seu garantindo que ela estivesse bem.

— Eu estou. — ela não pareceu se importar muito.

S/N é o tipo de pessoa que sempre vai fingir que está bem, mesmo quando não está. Ela não gosta de compartilhar seus sentimentos, mas eu espero que ela saiba que eu sempre vou ouvi-la quando precisar.

— Eu não sei o que aconteceu entre você e o seu pai lá em baixo, mas tenho certeza que ele não quis te magoar. — Tentei conforta-la. Ponho a mecha de cabelo que estava sobre seu rosto atrás da sua orelha. Agora eu podia ver perfeitamente o seu rosto.

— Eu não me importo com isso agora, Gavi. — a mesma desviou seu olhar direcionando ele para o teto.

— Eu sei que você se importa, mas não quero que se sinta obrigada a falar quando não quiser. Sei que a sua relação com o seu pai é complicada, sempre foi. Eu vou estar aqui se precisar de mim. — entrelacei nossas mãos depositando um beijo sobre sua mão.

Eu quero ser o tipo de pessoas em que ela possa confiar, contar o que sente, ou o que pensa.

Ela parecia estar em seu mundinho, completamente em transe.

— No que está pensando? — a acordei de seu transe.

— Nada demais... só pensando no futuro. — ela direcionou novamente seu olhar para o meu.

— E por algum acaso, eu estou incluso nele? — era óbvio que eu queria ouvir um sim.

— Quem sabe... — ela disse manteríeis dando de ombros.

Fiquei boquiaberto com o seu atrevimento. Início uma trilha de cócegas pela sua barriga, fazendo com que ela rice escandalosamente alto.

— Para, por favor! — ela pediu ofegante.

Eu apenas ria da forma em que ela estava no momento. Toda largada e ofegante na cama. Alguns podem até interpretar de forma errada.

Me deitei novamente ao seu lado. Ficamos calados por alguns segundos.

𝐈 𝐇𝐀𝐓𝐄 𝐓𝐎 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐘𝐎𝐔; Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora