Capítulo 1

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Aviso

Gatilhos: Os conteúdos são muito sombrios, com situações de gatilho, consentimento duvidoso entre os personagens principais, violência, tráfico de armas, perseguição, abuso sexual e psicológico, situações sexuais explícitas. Há também fétiches específicos, como jogos com armas, bandage e humilhação.

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Para melhor experiência, recomendo ouvirem música em quanto lê.

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|•°~Enid Sinclair~°•|

Ouço o barulho da bala quebrar o seu crânio antes mesmo do sangue salpicar o meu rosto.

Aquilo era tão familiar e comum na minha rotina, que não ficava mais deslumbrada com a cena. O corpo de Philip Wittebane simplesmente despencou do prédio de noventa e cinco andares. Fazê-lo suplicar pela vida enquanto caminhava no beiral da sua cobertura, me deu muita excitação.

Não era com frequência que humilhava as minhas vítimas, porém, Philip simplesmente implorou por isso.

Guardei a minha arma no cofree entrando na imensa sala de jantar, limpei o rosto antes de ouvir as batidas insistentes dos seguranças do sociopata, vindo da porta de entrada. Eu precisava ser rápida como sempre.

Gatuna, silenciosa e invisível. O dulto de ventilação era o local mais próximo, mas não tão seguro. Prédios completamente espelhados não eram tão fáceis de penetrar ou escapar pelo lado de fora. Um estrondo vindo da porta principal, cinco dos melhores seguranças de Dubai, tragos por Philip para Moscou, entraram chamando o mesmo.

Não havia outra forma, eu teria que pular, era o único jeito. Respirei profundamente e corri para fora, em direção ao para peito. As batidas fortes do meu coração devido à adrenalina do momento eram surreal, e eu simplesmente amava aquilo. Subi no parapeito e corri em direção a ponta para dar impulso, era tudo ou nada. Em meio a escuridão da noite, me atirei. Tiros... eu podia ouvir tiros vindos da cobertura assim que pulei. Tentei não focar naquilo e comecei a contar. Um... dois... A gravidade estava fazendo seu papel, me atraindo, me lançando para a planície da terra. Era como estar livre e presa em simultâneo. Eu poderia morrer, mas, jamais seria pêga. O brilho da lua, parcialmente encoberta por nuvens, refletia na superfície do lago à minha frente. Cinco... Seis... Era difícil admirar a beleza quando o seu pensamento está completamente envolto por morte. Puxei a corda... O paraquedas abriu e pude respirar aliviada. Claro que corria o risco dele agarrar em algo, porém, a estética do edifício me ajudou bastante. O meu peito parecia querer explodir, contudo, o meu coração foi se acalmando com a
brisa da noite tocando o meu rosto.

[...]


A boate estava completamente cheia quando cheguei, fui direto para o camarim de Yoko. Yoko era a dona da boate "Sol da meia-noite". Os seus doces olhos grandes, cor de avelã, sempre me encantaram. A nossa amizade floresceu naquele lugar de perdição. Tínhamos um acordo, eu me apresentaria gratuitamente para relaxar, e ela poderia ficar com o dinheiro.

A dança... Sempre amei dançar, ter controle do meu corpo e despertar o brilho nos olhares dos que te observa, não tinha preço. Não sei bem como descrever a sensação de quando estou naquele palco, mesmo sendo uma dança erótica, ainda assim, é algo inexplicável.

Yoko - Deveria perguntar se você se machucou desta vez, Enid? - Sonda cautelosamente enquanto levava suas mãos para os meus ombros e começa a fazer uma espécie de massagem.

WENCLAIR - A FACE DO DIABOOnde histórias criam vida. Descubra agora