12➜𝒐 𝒅𝒆̂𝒎𝒐𝒏𝒊𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒆𝒎 𝒂̀ 𝒑𝒐𝒓𝒕𝒂

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O coração de Emmeline batia dolorosamente enquanto era arrastada apressadamente por Isabelle. Um silêncio angustiante pairava no Instituto após ouvirem aquele estrondo, e Emmie esperava que todos estivessem bem.

- Izzy, espera... - ofegante, a garota freou. Estavam próximas à entrada na biblioteca. - Por que estamos aqui? Devíamos estar com os outros. É perigoso...

- Sim, é muito perigoso. - Isabelle a interrompeu. - Por isso estou te deixando em um lugar seguro.

- Eu sei me cuidar. - ela se aproximou. - Eu sei que não sou como vocês, mas me diga o que posso fazer e eu vou...

- O que você poderia fazer, Emmie? - o tom de Izzy fora neutro, mas algo dentro de Emmeline se contorceu. - Você nunca esteve em batalhas de verdade, e para terem entrado no Instituto deve ter sido algo muito poderoso. Não posso deixar que se machuque... 

Os olhos de Emmeline continuavam firmes. Antes que ela pudesse protestar, Isabelle pegou a mão da garota elfo com delicadeza.

- Eu preciso encontrar meus irmãos e proteger o Instituto, mas só consigo fazer isso se eu souber que você está a salvo. - Emmie tinha um brilho melancólico no olhar ao pensar em deixar Isabelle ir rumo ao perigo. Imediatamente se repreendeu por tal pensamento bobo. Não era esse o trabalho dos Caçadores de Sombras? Mesmo assim...

As mãos da jovem fada vacilaram quando ela soltou as de Isabelle e foi em direção ao rosto angelical da garota. Esta suspirou ao sentir a ternura daquele toque, fechando os olhos por um instante quase imperceptível.

- Promete que vai voltar inteira? - perguntou a garota elfo. Izzy lançou-lhe um olhar demorado, que continha emoções que Emmie não soube decifrar. Ela se afastou lentamente, como se fosse fisicamente doloroso fazê-lo. Deu um pequeno sorriso.

- Prometo. - Isabelle já se encaminhava pelo corredor quando parou e virou-se para trás, dizendo: - Fique segura, por favor.

Emmeline devolveu o sorriso, reunindo toda a sua força para não ir atrás dela. Assistiu a Lightwood correr até sumir de vista, não conseguindo evitar a sensação torturante de que algo terrível estava prestes a acontecer.

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3 minutos antes da invasão...

Alec era o único que ainda permanecia na sala de estar, ligando e desligando o telefone de forma inquietante. Todos haviam saído sabe-se lá para onde, e nem mesmo Isabelle retornara. 

Apertou o botão novamente, e na tela apareceu o nome de Magnus. Embaixo, em um rascunho de mensagem não enviada, lia-se:

"Oi Magnus, aqui é o Alec, o Caçador de Sombras. Então, estou enviando essa mensagem porque...

Como se ele não soubesse que você é um Caçador, idiota, pensou consigo mesmo. Em seguida, apagou a mensagem. Começou a digitar novamente:

"Oi, aqui é o Alec. Estou lhe enviando esta mensagem para perguntar-lhe se gostaria de algum dia, talvez, ir a um encontro comigo para tomarmos um drink...

Se Izzy estivesse ali, Alec imaginou que diria algo do tipo: Me pergunto se está o convidando para sair ou se está flertando com uma senhora de oitenta anos.

Ao passo que Jace completaria: Sim, caramba Alec, não é porque Magnus tem o triplo da idade da sua vó que ele é tão velho assim. Ancestral, eu diria.

O Lightwood mais velho bufou irritado, atirando o celular do outro lado do sofá. Claramente não sabia como flertar com alguém, muito menos com um feiticeiro com séculos de vida.

𝐂𝐑𝐀𝐙𝐘 𝐈𝐍 𝐋𝐎𝐕𝐄 ➳𝒊𝒔𝒂𝒃𝒆𝒍𝒍𝒆 𝒍𝒊𝒈𝒉𝒕𝒘𝒐𝒐𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora