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“Como é?!”, grito para o nada. Essa escuridão me agonia. Odeio esse lugar. Odeio estar aqui de volta. Quero voltar para o hospital, quero voltar para Rindou. Quero sair daqui.
“Não se finja de burro, Haruchiyo”, Emi me respondeu. Tenho a impressão de que estou despencando mais rápido. “Você sabe do que estou falando. Não se finja de desentendido.”
“Não! Não sei! Do que você…”
De repente, sinto meu corpo colidir com tudo, sinto dor por ele inteiro, como se eu tivesse acertado vários cacos de vidro no chão, se afundando mais e mais na minha pele até chegar nos ossos, atravessando-os, quebrando, partindo-os.
Tento me levantar, apesar da enorme dor que sinto no corpo por completo, mas não consigo. Estranhamente, sinto uma enorme mão agarrando meu corpo, me puxando contra o chão, querendo que eu o ultrapasse. Parecia querer me levar para o inferno, querendo contrariar o ditado “do chão, não passa”.
“O que foi, Haru? Não consegue levantar?”, Emi debocha de minha situação. Cadela.
“Por que você não vai se foder?”, resmungo, colocando minhas mãos, com dificuldade, no chão, tentando levantar outra vez, mas a gigantesca mão me puxa com tudo. “Porra!”
“Isso é deprimente de se ver…”, ouço ela rir. Puta, vagabunda, arrombada, insuportável tal qual a verdadeira. “Tá, chega, fiquei com pena. Solte-o, por favor”, então, a mão me largou, meu corpo pareceu flutuar agora e, de repente, sinto o que estou de pé, com uma mão de tamanho normal segurando meu maxilar. “Melhor?”
“Não. Você ainda tá aqui”, a mão apertou o meu maxilar, sinto minha pele sendo perfurada, rasgada por unhas afiadas. “Nem adianta me machucar, sou masoquista.”
“Sei disso”, ela ri. De repente, um clarão surge e faço o mesmo de antes, pisco algumas vezes até me acostumar com a nova iluminação do lugar. Abro os olhos e vejo uma Emi sorrindo como se estivesse no tapete vermelho de Hollywood, está vestida com uma lingerie vermelha curta, os seus seios e suas curvas claramente à mostra. “Você ama a dor física, mas e a emocional? A psicológica eu sei que você não aguenta. Afinal, você se dopa para não pensar, não é? Você tem medo de sentir, não tem?”
“Como se você se importasse com isso, vagabunda”, franzi a testa para ela. Estou sentindo uma dor absurda e essa puta com piadinha. Ela olhou para mim com deboche, sorrindo como se tivesse ganhado a merda de um prêmio por me importunar. Cadela. Trinquei o maxilar com força e agarrei o cabelo dela, não encosto um dedo sequer em mulheres, mas tenho ciência de que essa mulher não é real, eu estou dormindo ainda. Ou eu morri finalmente e tô no inferno. “E que porra você quis dizer com, ‘matei o meu anjo’, sua puta?”
“Me solta.”
“Não, responde.”
“Me solta”, ela sibilou, com raiva, parando de sorrir aos poucos.
“Eu tô falando pra você me responder”, puxei mais o cabelo dela e ela enfiou mais as unhas na minha pele. Porra, dói, mas não vou soltar o cabelo dessa baranga. “Responde.”
“Você não manda em mim.”
“Tão pouco você manda em mim, porra”, levantei meu outro braço e também agarrei as bochechas dela, mas não enfiando as unhas como ela. “Para com toda essa merda, isso não tem graça alguma.”
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Control
FanfictionSanzu tem pesadelos constantes e reais demais com os eventos de sua vida. De todas elas, de todas as linhas do tempo. Sua mente é seu próprio inferno particular por se lembrar de tudo. Pobre Haruchiyo Sanzu. Amaldiçoado Haruchiyo Akashi.