36°.

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_Ela saiu e não vai se levantar por um tempo.
- Valentina informou a morena quando ela saiu do quarto de hóspedes, envolvendo os braços em volta de Luiza e se aninhando na curva de seu pescoço. Luiza sorriu calorosamente e passou as mãos de cima a baixo nas costas da fotógraofa confortavelmente.

_Você vai ficar esta noite?
- O sorriso de Luiza se aprofundou e ela levou a mão ao pescoço de Valentina enquanto se levantava.

_Eu adoraria.

_Otimo!
- Valentina sorriu e capturou a boca da morena em um beijo profundo e apaixonado.

Quando ela se afastou, o sorriso de Luiza se transformou em um sorriso malicioso.

_Melhor ainda, é que sua mãe está desmaiada e praticamente morta para o mundo, não há nada que possamos fazer para acordá-la.

Valentina adorava como essa mulher pensava e a seguiu enquanto era guiada pelo apartamento até seu quarto e instantaneamente puxada para outro beijo enquanto fechava a porta atrás delas. Quando elas se separaram do beijo, nenhuma das duas se despiu, apenas passaram os braços ao redor da outra e se aproximaram novamente.

_Eu te amo...
- Valentina murmurou enquanto pressionava seu rosto ainda mais no pescoço de Luiza.
_Eu sei que digo isso o tempo todo, mas, vou tentar descobrir outras maneiras melhor de dizer isso.

Luiza riu e revirou os olhos.

_Você diz isso das maneiras mais incríveis todos os dias, de tantos maneiras que até perdi a conta, sou eu quem está ficando para trás na expressão dos meus sentimentos.

_Você está indo muito bem.
- Valentina informou enquanto diminuía o aperto e deixava a morena descansar a cabeça em seu ombro.
_So em você está aqui é o suficiente.

_Não... Não é.
- Luiza argumentou com uma voz leve enquanto se afastava, indo até a janela do outro lado do quarto, abrindo as cortinas pesadas.

Na verdade, ela nunca tinha visto aquela janela aberta e não conseguia entender o porquê. A vista era de tirar o fôlego. A cidade estava iluminada e cheia de vida enquanto ela olhava para ela a quilômetros de distância. Tinha uma vista melhor do que a casa dela, ela pode até ter janelas maiores em seu apartamento, mas elas só davam para prédios igualmente mais altos que cercavam o dela.
Este era o edifício mais alto ao redor e parecia olhar para o mundo ao seu redor.

_Tem alguma pra isso?
- Luiza perguntou, apontando para a janela com o dedo mindinho, Valentina revirou os olhos e riu levemente.

_Será que sempre tem que haver um significado profundo por trás de tudo?

Luiza se virou e encontrou seus olhos.

_Com você? Sim!

Valentina suspirou em rendição. Luiza a aprendeu rapidamente, ela se moveu para trás da morena e apoiou as mãos nos quadris da mulher menor enquanto se recostava nela.

_Meu raciocínio para a vista ou por que ela está fechada?

_Vamos começar com seus pensamentos profundos sobre a vista.

_Isso me faz sentir pequena e insignificante...

Luiza franziu a testa e se virou o suficiente para encontrar os olhos da namorada.

_Há momentos na minha vida em que quero me sentir assim... Quero dizer, olhe para todas aquelas luzes, todas aquelas pessoas, existem literalmente milhões deles em um raio de alguns quarteirões e ainda assim você nunca encontrará a maioria deles, eles nunca vão te conhecer. Eles nunca irão julgar você. Essa visão é uma forma de me
lembrar que sou apenas uma pequena parte do mundo que continua, quer eu queira ou não.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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