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_Então, quão estranho é isso...
- Luiza começou enquanto se movia para ficar entre os joelhos de Valentina sentada na beira da cama, escovando os fios claros de cabelo atrás dos ombros.
_Que sua mãe está do outro lado do corredor, no quarto de hóspedes dos meus pais, e todos nós vamos nos sentar e ter um grande jantar em família?

Luiza segurou o rosto de Valentina e se inclinou para um beijo suave.

_Honestamente? É muito estranho, ainda não tenho certeza de como me sinto sobre tudo isso, eu realmente não estava preparada para isso.

_Bem, pelo menos o seu apartamento tem um quarto de hóspedes.
- Luiza sorriu e pressionou ainda mais Valentina até se deitar na cama.

_Embora, se aquele sorriso que você me deu antes há alguma indicação, eu não gostaria que minha mãe dormisse naquele colchão em particular.

_Você é horrível, sabia disso?

O peso de Luiza estava sendo sustentado por Valentina, mas ela apoiou a parte superior do corpo nos cotovelos logo acima dos ombros de Valentina enquanto beijava os lábios e derramava beijos leves pela linha do queixo.

_E não há nada de errado com aquele colchão... Está imaculado.

_Então por que você simplesmente não colocou esse no seu quarto em vez de sair e comprar outro?

Valentina colocou as mãos nas costas de Luiza e a beijou mais uma vez, ela nunca se cansava daqueles lábios, parte dela ainda pensava que tudo isso era um sonho que poderia ser cruelmente arrancada dela a qualquer momento, deixando-a apenas com lembranças, então ela queria memorizar o máximo que pudesse.

_Porque você provavelmente não teria acreditado em mim se eu lhe contasse isso, e então eu teria que comprar um novo para o quarto de hóspedes de qualquer maneira, mas funcionou muito bem. Agora é a nossa cama, lembra? Ao contrário da cama em que estamos deitadas agora... Não é aqui que você e Samuel...
- Luiza desviou o olhar.

Luiza sentou-se, montando nos quadris de Valentina e revirou os olhos.

_Não importa, deixe isso para trás. Para ser honesta com você, você e eu fizemos mais sexo nesta cama do que com Samuel.
- Valentina sorriu e apertou as coxas de Luiza.

_Eu aposto que durou mais também.

_Ele melhorou com a prática.

_Eu não preciso ouvir isso.
- Valentina foi infatica.

_Sim Sim Sim...
- Luiza brincou enquanto saía de cima de Valentina e da cama.
_Vamos, o jantar deve estar pronto em breve, vou chamar sua mãe.

_Faça isso...
- Ela chamou Luiza, ainda imóvel em seu lugar na cama.
_Preciso ligar e ver se consigo uma passagem para ela em nosso voo, a menos que você queira alugar um carro e voltar.

_Sem chance.
- Luiza respondeu da porta.

Ela estava ansiosa para acalmar as coisas com Catarina, mas não achava que isso aconteceria se tentasse fazer isso em uma viagem de carro de nove horas.

_E como você não tem mais carteira de motorista, eu acabaria dirigindo a maior parte do tempo. Ligue e veja o que eles têm, vou ver se consigo quebrar o gelo com sua mãe, preciso causar uma boa impressão agora que ela vai morar com você.
- Luiza a surpreendeu.

Valentina estava morrendo de medo de conhecer os pais de Luiza, mas a morena parecia quase animada em se relacionar com sua mãe levemente homofóbica, ou isso, ou Luiza realmente era uma atriz tão boa quanto todos diziam que ela era. Luiza atravessou o corredor e bateu na porta, abrindo-a depois que uma resposta fraca voltou para ela, Luiza espiou para dentro e viu a mulher mais velha sentada ao pé da cama, Luiza só tinha visto Catarina Albuquerque de passagem, mas sempre achou que a filha se parecia com ela. Agora, ver aquele olhar pensativo em seu rosto não deixou dúvidas, Valentina sempre tinha aquele mesmo olhar quando estava perdida em pensamentos, o olhar onde à distância ela parecia ignorar o mundo inteiro, mas se você conseguisse da uma olhada nos olhos dela, perceberia que eles estavam vendo muito mais do que você pensava ser possível.

Através Dos Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora