9°.

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_Então você é uma cinéfila?
- Luiza perguntou enquanto vasculhava a coleção de Valentina com curiosidade geral.
_Particularmente em filmes de terror, thrillers e filmes de terror em geral, a julgar pelo que vejo aqui.

Isso foi um choque. Ela esperava que Valentina fosse do tipo comédia romântica ou até mesmo se interessasse pela variedade intelectual independente. Valentina estava na cozinha servindo uma taça de vinho para elas com um sorriso tímido no rosto.

_Sim... eu também tenho uma daquelas explicações estranhamente profundas para isso.

_Gosto do seu raciocínio profundo.
- Luiza comentou enquanto estudava o verso de uma caixa de BluRay com a testa franzida.
_Isso significa que você realmente pensa sobre as coisas, não apenas faz o que é esperado ou normal.
- Sua testa se aprofundou e ela silenciou a voz.
_Porque este definitivamente não é um filme normal.

__A propósito, ouvi isso.
- Luiza pulou com a proximidade da voz de Valentina e espiou por cima do ombro.

A menos de sete centímetros de seu rosto estava sua taça de vinho sendo oferecida a ela pela sorridente fotógrafa, ela aceitou com um rubor.

_Obrigada e desculpe, mas qual é o seu raciocínio profundo e instigante para o seu desejo de morrer de medo?
- Valentina sentou-se ao lado de Luiza e juntou-se a ela na exploração de todos os seus filmes, ela tinha tantos que havia esquecido metade deles.

_Você passa a maior parte da vida rindo, chorando, feliz ou triste, você sabe, conteúdo... Isso é o que a maioria dos filmes cobre quando se trata de emoções. Não considero isso suficiente para saciar minha sede de escapismo. Agora, o medo... Essa não é uma emoção que você sente com muita frequência, então, quando você sente isso, é estimulante, estou falando de algo que faz você se sentir mais vivo do que normalmente.

_Então... você se sente mais viva enquanto assiste outras pessoas correrem pelos seus medos? Isso é um pouco sádico.
- Valentina balançou a cabeça.

_Não não não... Eu não sou doente assim, não me sinto viva por causa do que está causando o medo, apenas pelo próprio medo, como montanhas russas ou pára quedismo ou sob a mira de uma arma...
- Ela brincou.
_Os filmes são simplesmente uma maneira mais segura.

_Então você pode achar minha coleção de musicais clássicas um pouco inofensiva para o seu gosto.
- Valentina ergueu as sobrancelhas em concordância silenciosa.
_Então, agora eu sei que você gosta de filmes de terror e de realmente ficar com medo, o que mais?
- Luiza abandonou o filme e se virou para Valentina enquanto tomava seu vinho.
_Hum? Quais são seus prazeres culpados, suas fraquezas, me mostre a sujeira.

_A sujeira?
- Valentina brincou.
_Você deveria trabalhar para isso, não posso simplesmente revelar todos os meus segredos.

_Estou disposta a trabalhar para eles...
- Luiza respondeu inclinando-se para frente e pegando os lábios da namorada com os dela.

Ela se apoiou nas mãos e pressionou ainda mais o beijo, aprofundando-o com desejo. Valentina levou a mão ao rosto da morena e segurou-o suavemente, massageando o polegar na bochecha de Luiza. Ela poderia facilmente cair nessa armadilha. Luiza se afastou do beijo para olhar nos olhos de Valentina.

_Quanto trabalho é necessário para uma resposta?
- Valentina mordeu o lábio inferior de brincadeira enquanto desviava os olhos em contemplação.

_Depende da pergunta específica.
‐ Luiza voltou para beijá-la, mas hesitou pouco antes de seus lábios se tocarem e, em vez disso, beijou levemente seu pescoço.

_Onde é o seu lugar favorito para ser beijada?
- Valentina soltou uma risada ofegante.

_Além daquele lugar... em algum lugar onde eu possa beijar você e não quebrar minha promessa a mim mesma de ir devagar.
- Luiza deu outro beijo um pouco mais acima em seu pescoço.

Através Dos Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora