Introdução

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Sangue, o vermelho carmesim pingava nos ladrilhos enquanto o guerreiro ferido ficava de joelhos, um olhar cansado para um rosto tão jovem era mostrado enquanto o homem assumia as consequências de seus próprios atos, ele sabia que o preço por seus atos estavam próximos, era irônico que tenha vindo por alguém que ele confiava, apesar da lâmina de sua própria espada estar enfiado em sua barriga, seus olhos só podiam focar no olhar de traição e mágoa de seu amigo, a raiva adormecida por tudo que o guerreiro havia feito em seu passado. O cenário era de ruína, com um homem de cabelos loiros tossindo enquanto sentia suas forças sumindo junto ao seu sangue, os homens, seus soldados estavam mortos, enquanto a pessoa em sua frente empunhava a espada que usou para ceifar tantas vidas antes, mas agora era a causa de sua morte, irônico.

- finalmente, por deus como eu esperei esse momento, você tem ideia do inferno que me causou?

O homem disse com fúria na voz enquanto suas mãos estavam envolvidas pelo punhal da espada, o sangue que saia da vítima começava a manchar suas mãos, mas isso deixou apenas aquele que o infligia a dor ainda mais frenético, como se ainda não fosse suficiente, ele sabia que não era suficiente por tudo que havia feito. A guerra não tem heróis, para ele podia ser inimigos, mas isso não significava que não os via como pessoas, o guerreiro havia matado maridos, filhos, e familiares.

- Diga algo Billy!, faça algo!

O homem em sua frente derramou lágrimas de raiva enquanto encarava o soldado nomeado Billy, toda a fúria estava envolta em mágoa, era um sentimento que estava os ligando para o resto de suas vidas, Billy sabia que não podia ser perdoado, pelo menos não nessa vida.

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Muito é falado sobre almas gêmeas serem duas metades que se unem por amor, mas isso é uma mentira dependendo do ponto de vista, almas gêmeas são pessoas que tenhamos encontrados em outras vidas, petências passadas, brigas não resolvidas e ciclos que precisam ser desfeitos.

Em uma manhã nublada, quando o sol começa a dar seu sinal de vida, um tempo depois da história dos dois guerreiros esquecidos pelo tempo, mortos com suas próprias pendências, uma nova geração com novos erros, esperança e sonhos tomava posse da terra. Um jovem de aparência angelical, com cabelos loiros encaracolados e um sorriso bondoso saiu de sua casa, caminhando pelas ruas de sua aldeia, seus olhos tristes mas com uma estranha luz calorosa fazia Griffin ser amado por muitos de sua vila, suas roupas de classe enquanto em suas mãos frágeis, com pequenos cortes devido as páginas de seus livros, levava um livro.

-- bom dia, Showalter, é um belo dia, você por acaso viu Finney?

Quem o chamou foi um homem de pele bronzeada e longos cabelos castanhos, suas roupas entregavam sua função na vila, Robin era um dos caçadores, que iria substituir seu pai Charles, Robin abriu um sorriso tentando demonstrar confiança, sabia que Finn não era um dos fãs de sua família, mas o mexicano gostava da calmaria que o ruivo mostrava. Griffin levantou as sobrancelhas, diversão em seus olhos, mas antes que pudesse responder uma risada surgiu atrás de si, uma gargalhada tão diabólica quanto a dona dela, uma mão mais calejada tocou o ombro de Griffin, ele nem precisou se virar para saber que era Roxy, a irmã mais nova de Robin que havia entrado para o grupo de caça por teimosia, a jovem possuía cabelos curtos enrolados vermelhos, suas botas faziam um barulho de esmagamento contra o solo, ela era barulhenta e encrenqueira, mas divertida e doce, o que era uma estranha combinação.

- Pobre Robin, Blake deve estar se escondendo novamente de você, pobre Arellano, tão jovem para sentir as desilusões do amor.

𝔗𝔢𝔦𝔞𝔰 𝔡𝔬 𝔡𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔬Onde histórias criam vida. Descubra agora