Na livraria, Chris estava limpando e arrumando os livros das estantes, quando o vão por entre eles mostrou alguém a algumas estantes de distância. De longe, não sabia dizer se era um alpha, beta ou ômega, mas o rapaz era alto, tinha dedos compridos...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Christopher suspirou.
Antes ele gostava de trabalhar já que não tinha nada de bom para fazer nas horas livres, mas agora que estava namorando, não parava de pensar que queria estar com seu ômega e seus bebês. Preferia mil vezes estar lá com eles do que encostado no balcão da livraria suspirando a cada minuto como tem feito ultimamente.
Quando não havia clientes na loja, ficava atrás do balcão lendo sempre que podia. Tinha em mãos no momento o exemplar que recomendou a Seungmin no dia que se conheceram, o livro que contava dicas para se criar gêmeos, e estava impressionado com o quanto as dicas do autor eram boas.
— Não acredito que tais lendo esse livro – disse Minho depois dele ter espiado o título. Minho era quem ficava na caixa registradora. — Pelo visto é bem sério o que vocês dois tem, hein? – disse impressionado encostando o cotovelo no balcão. – No começo achei que estavas só curtindo, mas estou notando estava enganado. É a primeira vez que vejo um alpha caindo de amores por um ômega marcado.
— Eu também não esperava me apaixonar tanto. – disse olhando com carinho a foto que usava de marca-página, de Seungmin sorrindo e interagindo com os gêmeos.
— E tudo bem para você ele ser marcado?
— Bem... – fechou o livro - o cheiro dele é uma delícia, e como gosto muito dele tenho uma enorme vontade de mordê-lo na nuca. É difícil ter que ficar me controlando o tempo todo.
— Que droga...
Esta era a parte triste de seu relacionamento. Quando um alpha tinha sentimentos fortes por um ômega, a vontade de marcá-lo era inevitável, mas se um ômega marcado é mordido por outro alpha que não o seu, o ômega sente uma dor excruciante.
A mordida na nuca era o laço entre um alpha e um ômega. Era sua conexão. E por mais que amasse Seungmin, sempre doía um pouco olhar aquelas marcas de dentes em seu pescoço.
Tudo que ele podia fazer é beijar aquela marca. Queria beijá-la tanto até a pele de Seungmin só se lembrar do seu toque.
— E o alpha que ele perdeu? – Lee perguntou - Ele fala sobre ele?
— Às vezes...
Chris se lembrou da vez em que ele e Seungmin estavam assistindo um filme de comédia romântica e comendo pipoca agarradinhos no sofá da sala enquanto os bebês dormiam quando Chan perguntou o nome de seu antigo alpha. Se lembrava do olhar distante que Seungmin deu ao responder:
“Bang. O nome dele era Bang”.
Chris tinha muitas curiosidades sobre o passado de Seungmin, mas a verdade... é que não queria que Kim lembrasse do antigo alpha, que pensasse nele com nostalgia, que falasse dele com carinho... não queria nada disso. Queria que a cabeça de Seungmin ficasse sempre no presente e que esquecesse o dono daquela marca. Mas também sentia que era importante para Min desabafar sobre aquelas coisas.
