CAPÍTULO XII | O ANIVERSÁRIO

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Seungmin demorou muitos dias para se recuperar do trauma que sofreu com o ferimento da marca

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Seungmin demorou muitos dias para se recuperar do trauma que sofreu com o ferimento da marca. A parte que menos sentia eram as pernas, e precisou do auxílio de muletas para as idas até o banheiro. No primeiro dia que o médico o visitou, este explicou que o corpo dos ômegas fazia de tudo para proteger o filhote de seu alpha, então, de algum jeito, ele conseguiu converter toda a sua dor para os braços e pernas para assim não afetar o bebê. O ômega suspirou aliviado com a boa notícia.

Seu bebê estava bem.

O médico o estava visitando mais uma vez para lhe trocar as bandagens no pescoço, Min deitava-se de lado na cama e o doutor aplicava as pomadas e analisava o ferimento na nuca. O ômega perguntou:

— O que a megera inventou sobre o meu machucado?

O médico ficou alguns segundos em silêncio até dizer:

— Ela disse que foi uma tentativa de suicídio.

Seung bufou com um risinho cínico.

— Imaginei que ela inventaria algo assim. Mas e a minha marca? Ela vai sarar? Isso vai afetar a minha conexão com meu alpha?

— Isso só o tempo dirá... – disse concentrado.

O médico lhe trocou as bandagens depois foi embora deixando Seung sozinho com os próprios pensamentos. Uma das empregadas apareceu no quarto lhe trazendo a refeição.

— Como estão os meus filhos? – Kim perguntou fraco.

— Estão bem. – ela disse colocando a bandeja sobre o criado-mudo.

Era mentira. Os bebê estavam chorosos e irritados nos últimos dias. Puxavam o cabelo de quem quer que fosse e estavam fazendo cada vez mais birra.

A moça terminou de ajeitar a refeição e estava prestes a se retirar, mas levou um susto quando seu pulso foi agarrado repentinamente pelo ômega.

Este se direcionou a ela:

— Deixe-me vê-los – implorou com os olhos marejados – Só por alguns minutos... Por favor.

— É-É contra as regras…

— Por favor... – implorou mais uma vez. - Eu quero vê-los, hoje é o aniversário deles...

Ela olhou em direção a porta, hesitante. Depois falou:

— Não posso prometer. Mas vou tentar.

Seung libertou o pulso dela, com o peito aliviado com esperança.

________

A madame teve de sair de casa pra resolver uns últimos ajustes do aniversário dos gêmeos, que seria naquela noite. Essa foi a oportunidade que os empregados usaram para pegarem os bebês e levarem até o quarto do ômega.

— A madame vai nos matar se descobrir... – o babá disse.

— Vai ser rápido, anda logo. – ela disse. Cada um segurava um dos bebês.

Antes deitado de repouso, Seungmin se sentou na cama ao ver a porta se destrancar e revelar os seus filhos. Chegou a chorar de alívio em vê-los de novo e seu coração ficou quente ao ver ambos jogando o corpo querendo ir para o seu colo, com as mãozinhas em sua direção. Ele os segurou contra o peito, sentindo o calor deles e o cheirinho de bebê delicioso que eles tinham. Os abraçou e cheirou, matando toda a saudade que sentia.

Kim levantou o rosto para os babás, e disse um aliviado:

— Obrigado.

Os gêmeos ficaram calminhos no seu colo. Parece que o alívio não era apenas do pai. Depois de terem chorado tanto antes, os bebês aos poucos adormeceram em seu colo. Cochichou um “Feliz Aniversário” pra eles. Os babás os pegaram no colo e os levariam pois tinham que prepará-los para o aniversário, mas antes de saírem, Seung os agradeceu mais uma vez por eles terem lhe dado a chance de ver os filhos.

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A hora do aniversário chegou. A festa começou no início da noite, e muitos convidados se reuniram no jardim da mansão com a iluminação externa revelando os belos arbustos com formatos de animais, os balões grandes, fitas coloridas e mais um monte de enfeites. Os garçons passavam de lá pra cá servindo os convidados e a senhora Bang conversava de grupo em grupo. Alguns repórteres a entrevistaram perguntando o porquê de seus netos terem sido segredo até aquele dia e também perguntaram onde estava o seu filho.

— Christopher se perdeu na vida. – disse com a voz “triste” – Ele teve as crianças muito cedo, seu parceiro o deixou, e ele não quis assumir a responsabilidade sozinho. Eu não ia deixar que ele abandonasse meus netos, então resolvi criá-los eu mesma. – ela sorria.

— Que gesto lindo... – era o que a maioria respondia.

Era melhor assim. Aquela versão da história era a melhor. Tudo estava nos conformes, e ah, como ela adorava quando tudo saía perfeito. O ômega estava trancado no quarto... Wonpil e Jake  estavam tão lindos que pareciam bonequinhos... Eles brincavam sobre um tapete grande que tinham brinquedos pra distraí-los enquanto os fotógrafos tiravam centenas de fotos deles. O marido dela estava bebendo com uns colegas do trabalho. A comida estava perfeita, tudo estava perfeito.

Perfeição era algo incrivelmente delicioso.

Ela olhava satisfeita para o aglomerado de convidados quando algo a fez suar frio e o sorriso sumiu de seu rosto.

Surgindo por entre as pessoas, havia um homem bem vestido que sorria pra ela vindo em sua direção.

Christopher.

A presença dele não passou despercebida pelos outros, que soltaram sons surpresos e tiraram fotos apressadas.

A cada passo que ele dava em sua direção, mais ela sentia-se suar frio.

Será que Christopher não se cansava de sempre estragar seus planos perfeitos?

— Mãe... – ele sorriu se inclinando para um abraço. Os flashs das câmeras batiam enlouquecidamente.

A mulher permaneceu petrificada enquanto era abraçada pelo filho.

Ele foi até a orelha dela para lhe confidenciar:

— Eu vim buscar meu ômega e meus filhos, sua louca obcecada.

A mãe o retribuiu o abraço olhando para as câmeras.

— Tente fazer alguma coisa e considere seu ômega morto. – respondeu baixo.

— Eu vou conseguir. Nem que pra isso eu precise te matar.

Os dois se separaram do abraço e sorriam um para o outro.

“Você sabe fingir muito bem” Ela dizia com o olhar.

Eu aprendi com a melhor” Ele respondia.

Bang Chan ignorou a enxurrada de perguntas que muitos começaram a fazer a ele “onde estava?” “porque abandonou os filhos?” “ o que o fez voltar?” Ele ignorava pois tinha algo mais importante pra fazer.

Passou pelas mesas, balões, se esquivava de câmeras, até que finalmente encontrou.

Ver os gêmeos depois de tanto tempo o fez sentir o lacrimejo surgir.

— Wonpil! Jake! – Ele chamou e os bebês largaram os brinquedos e olharam em sua direção.

Com seus sorrisos quadradinhos, eles o viram correr em direção a eles.

— Ba! – disseram felizes.

Eles colocaram as mãozinhas no chão a frente deles, levantaram os bumbuns e se equilibraram em pé. Enquanto corria, Chris viu os seus filhos darem os primeiros passinhos em sua direção.

Chan se agachou os pegando no colo e chorou enquanto os enchia de beijos. Eles soltavam gritinhos contentes enquanto o abraçavam.

Eles riam felizes como se tivessem recebido o melhor presente de aniversário do mundo.

— Hoje a noite eu vou tirar vocês daqui, eu prometo. – e voltou a beijá-los de saudade

ÔMEGAVERSE | 𝗦𝗘𝗨𝗡𝗚𝗖𝗛𝗔𝗡Onde histórias criam vida. Descubra agora