Capítulo Cinco

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A água quente deixou um vapor remanescente no banheiro, aquecendo a pele de Akaashi mesmo depois de sair nú. O roupão que envolveu seu corpo era mais macio que a maioria de suas roupas. Se olhou no espelho, seu rosto estava corado.

Shoyo havia dito que iriam consumar, ou comemorar, seu relacionamento. Isso significava fazer sexo, não?

Deus, como Akaashi havia imaginado isso diversas vezes. Apesar de seus traumas, havia imaginado sua pele na deles. Suas bocas sendo tomadas. Suas mãos o acariciando.

Porém eles sequer haviam se beijado.

Arriscando um pouco, Akaashi saiu apenas com o roupão e uma toalha ao redor do pescoço, por causa de seu cabelo meio úmido. Encontrou Kiyoomi na sacada, recostado no guarda-corpo. Seus olhos se encontraram e Akaashi enrubesceu.

— Venha aqui.

Os braços de Kiyoomi o circundaram quando obedeceu.  Por apenas um momento eles se abraçaram. Seus corpos eram sólidos um contra o outro, compartilhando calor. Não era mais uma fantasia de Akaashi.

Veio o sussurro em seu ouvido.

— Keiji?

— Sim, Kiyoomi-san?

— Posso beijar você?

— Sim.

Akaashi se afastou de onde estava, com seu queixo apoiado no ombro de Kiyoomi. Não foi muito longe, visto que o braço dele agora circundava sua cintura. Olhos azuis encontraram olhos negros.

Haviam estrelas em ambos.

A mão de Kiyoomi se ergueu e, com cautela, tocou a pele de Akaashi, acariciando-lhe a bochecha. Os dedos se arrastaram até sua nuca, então seus rostos estavam sendo aproximados até que seus lábios se encontrassem.

Akaashi já havia sido beijado muitas vezes, porém nunca com tanto cuidado e desejo. Haviam fogos de artifício em sua barriga enquanto a língua de Kiyoomi encontrava a sua. Foi simplesmente o melhor beijo de toda sua vida.

— Porra — xingou uma voz atrás deles, fazendo-os se separarem para ver Shoyo olhando para eles de olhos arregalados. — Continuem, eu quero ver.

Tomado por uma coragem desconhecida, Akaashi disse:

— Você não prefere vir aqui e participar?

As mãos de Kiyoomi apertaram sua cintura enquanto Shoyo sorriu e respirou fundo antes de se aproximar. Ele firmou suas mãos nos ombros de Akaashi, uma delas se movendo para sua nuca, onde os dedos se entrelaçaram aos de Kiyoomi, enquanto se elevava na ponta dos pés e unia seus lábios.

Akaashi simplesmente não conseguia decidir qual era o melhor beijador entre os dois.

O beijo de Kiyoomi tinha um toque de delicadeza que lhe era característico, tal qual o artista, sua língua o acariciava como se criasse uma peça de arte. Já o beijo de Shoyo era voraz, sedento e dominador, soava como o sol que não podia dividir o céu com nenhum outro astro.

— Caralho, isso é gostoso demais — murmurou Kiyoomi, o rosto muito vermelho.

— Não é? — respondeu Shoyo, sorrindo. — Vem, eu vou secar seu cabelo. E depois vamos foder.

Sem esperar resposta, Shoyo saiu arrastando Akaashi pelo pulso até o quarto. Obviamente era o quarto que dividia com Kiyoomi. Era possível ver um pouco de cada um aqui e ali. E também porque a cama era muito maior que uma cama de casal comum.

Akaashi foi sentado em frente à uma penteadeira e logo seu cabelo estava sob o ar quente do secador de cabelo. Os dedos de Shoyo viajavam através de seus fios, acariciando enquanto tinha certeza de que tudo estava bem seco. Esse carinho aliviou a tensão que nem sabia que tinha.

O Sol, A Lua E As Estrelas Que Akaashi Queria Beijar (OmiAkaHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora