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Akaashi já gostava de comer doces. Carregava sempre uma bala no bolso e conhecia os melhores lugares para comprar grandes quantidades de doce. Recebia um agrado da moça que vendia pães de mel recheados. Tudo isso era doce o suficiente. Porém, comer sobremesas com Shoyo se mostrou ainda mais doce do que todo o açúcar que eles estavam ingerindo.
Ele conhecia cada ingrediente de cada prato e contava o processo de preparo, garantindo a Akaashi que cozinharia para ele. Também alimentava Akaashi, estendendo seu talher sem vergonha, não desistindo até que provasse. Isso sem falar da conversa. Shoyo conseguia manter o papo animado e fluído, sem nunca forçar os limites de Akaashi.
Era literalmente o melhor não encontro da vida de Akaashi.
Kiyoomi apenas se juntou a eles quando estavam quase acabando. Ele entrou, comprimentou Shoyo com um beijo, pareceu que iria fazer o mesmo com Akaashi (mas não fez), sentou, reclamou do gosto doce na boca, e então perguntou sobre o que estavam falando.
É de se pensar que alguém que não gosta de doces seria uma péssima companhia na hora de comer os referidos doces. Porém, Kiyoomi se mostrou sendo uma ótima companhia. Ele pediu um chá sem açúcar e participou da conversa como se sempre estivesse ali.
Eventualmente, entre os dias que se passaram, Akaashi compartilhou o motivo de não suportar café. Sua mãe vivia coberta com o cheiro deste, tentando disfarçar o da bebida. Para sua surpresa, desde que contou sobre isso, Kiyoomi se absteve de beber café. Ele dizia que não precisava de uma bebida que fizesse Akaashi se sentir mal.
Akaashi pensou que quando a conta fosse paga cada um iria para um lado, porém o casal o arrastou para o parque. Escolhendo uma árvore com uma sombra grande, um cobertor grande foi estendido sobre a grama e um pote com pétalas de flores e folhas, algumas frescas e macias, outras murchas e ressecadas, foi aberto entre eles.
— O que é tudo isso? Por que estamos aqui? — perguntou Akaashi.
— Como eu não gosto de doces, Shoyo achou que essa seria uma boa ideia para continuar nosso encontro — esclareceu Kiyoomi. — Ele teve a ideia ontem de noite.
Encontro? Aquilo era, de verdade, um encontro? Então, todos os flertes eram reais?
— Nós vamos usar um pouco de fita — Shoyo exibiu um rolo de fita transparente e indicou a caixa —, a ideia é fazer pulseiras.
Oh, era bonitinho.
Akaashi não estava funcionando direito ainda, então apenas seguiu o fluxo. Soltou as faixas que cobriam seus braços, agora já confortável que Shoyo e Kiyoomi vissem suas cicatrizes. Preferia as faixas porque eram mais frescas em comparação com mangas de compressão ou blusas de manga longa. Seguindo a orientação de Shoyo, prendeu uma fita em seu pulso com o lado colante para cima. Não foi até que tivesse colado uma pétala laranja, porque o lembrava o cabelo de Shoyo, e uma preta que o lembrava de Kiyoomi, que encontrou sua voz.
— Isso é um encontro?
Shoyo e Kiyoomi o olharam.
— Mas é claro que isso é um encontro — respondeu Shoyo, franzindo as sobrancelhas em confusão. — Você achou que fosse o quê?
— Nós estamos flertando com você tem um bom tempo — acrescentou Kiyoomi. — Achei que estivéssemos sendo óbvios.
— Mas… — Tantas coisas entalaram na garganta de Akaashi.
— Nós sabemos o que está pensando — garantiu Shoyo. — Nós queremos você, Keiji-san.
— Você não é tão invisível quanto pensa — continuou Kiyoomi. — As pessoas costumam dizer que Shoyo e eu somos o sol e a lua. Já você é nossa estrela, Keiji.
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O Sol, A Lua E As Estrelas Que Akaashi Queria Beijar (OmiAkaHina)
FanficAkaashi Keiji está ansiando. E qual o problema disso? Ele está ansiando não apenas por uma pessoa, mas por duas. E essas duas em questão são a alma gêmea uma da outra. Não havia espaço para ele. Pena que o destino não pensava assim.