Thirty nine

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SN POV

Na manhã seguinte, acordei com uma dor de cabeça, a lembrança do que aconteceu na noite passada me fazia sentir tão mal, sem vontade de levantar da cama, sem vontade de viver.
Peguei novamente a aliança dela que estava ao meu lado na cama, fiquei olhando para ela e as lembranças de como éramos antes, das nossas risadas e brincadeiras foram tomando lugar no meu pensamento, quando uma conversa veio a minha mente, dela basicamente me pedindo para não desistir, mesmo quando ela pedisse para eu ir embora.

Aquelas palavras me deram forças para tomar meu banho e sair novamente em direção a casa dela, eu não iria deixá-la, não era justo, depois de ter feito ela sofrer, não seria fácil no começo, mas no fim valeria a pena.

Ajeitei tudo, deixei o Max lá e na hora do almoço eu voltaria para passear com ele e ver se estava tudo bem. Peguei meu carro e fui indo para a casa da Billie, no rádio tocava
"Rolling in the Deep - Adele" eu fui o caminho todo sofrendo com isso, quando cheguei em frente a casa parei o carro e desci, eu precisava encarar a situação de frente e lutar por nós, e se mesmo que nós não voltássemos, eu pelo menos poderia ajudá-la a seguir em frente. Fui até a porta e toquei a campainha, meu distintivo estava pendurado no pescoço, quando um homem loiro de terno abriu a porta, não o conhecia, mas deveria ser um dos agentes
do caso.

- Posso ajudar? - ele perguntou sem entender, eu apenas apontei para o meu distintivo pendurado no pescoço e fui entrando na casa, Lauren estava sentada ao lado de um deles conversando alguma coisa, na sala tinha mais algumas pessoas.

- Onde está Billie? - perguntei e todos levaram seus olhos pra mim, uns ficaram sem entender, outros boquiabertos, Lauren ficou calada me encarando.

- Escritório. - um dos agentes falou. Não perdi tempo e fui até lá, abri a porta, ela estava sentada atrás de uma mesa, e na sua frente uma carreira de cocaína, cheguei no exato momento que ela iria cheirar, ao notar minha presença senti que a raiva novamente tomava conta do seu ser, ela pulou a mesa e correu na minha direção, pressionando meu corpo na parede.

- Você é maluca, eu não falei pra você nunca mais voltar aqui? - eu sentia o seu hálito quente batia no meu pescoço porque ela falava no meu ouvido, seu tom era intimidador.

-Eu não vou embora, Billie. - eu falei firme e ela apertou ainda mais meu corpo, seus atos violentos mostravam que ela estava descontrolada, seu hálito cheirava a whisky, mas não parecia drogada. - Para com isso Billie, vamos facilitar isso, quanto antes acabar é melhor pra você, então vai ser do jeito fácil ou do difícil? - eu fiz força para ela me soltar.

- Você achou que eu estava blefando quando eu disse que iria te matar. - ela levou as mãos ao meu pescoço e forçou.

- Isso, me mata. - eu levei as mãos ao seu ombro na tentativa de fazê-la parar, não queria agir com violência. - Você vai voltar para a cadeia e não vai ter nenhum acordo que te tire de lá.

- Eu não me importo. - ela começou a apertar com força, eu tentei forçar seu braço para ela largar, mas seus olhos estavam vidrados.

- Billie... - o ar começava a fazer falta.

- Larga ela, Billie! - Lauren entrou no escritório e puxou ela, eu caí no chão tossindo, recuperando o ar. - Se você matar ela, você nunca mais vai sair da prisão.

-Eu não me importo. - agora ela saiu dos braços de Lauren, que a segurava.

- Não jogue sua vida fora por causa dela - ela me apontou com desprezo e desdém. - Não vale a pena, sujar suas mãos com o sangue dessa aí. - Billie foi se acalmando e eu me pus de pé, eu realmente estava decida a continuar com aquilo, até porque eu não tinha muita escolha. Billie andou até mim e me encarou.

The Mission - Billie e S/n (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora