The Mission - Billie e S/n (Adaptada)

Forty eight

Notas iniciais: já falei para vocês que escrever virou minha terapia? Então... to preocupadíssima com uma coisa e aqui estou, escrevendo pra vcs. Espero que gostem e se tiver qualquer erro, me avisem pq to mto abalada ent talvez eu deixe passar alguma coisa!

BILLIE POV

Hoje fazia mais um dia desde do acontecido, desde então não tenho contado os dias, eu apenas separo em dias bons e ruins, nesse meio tempo algumas coisas aconteceram os dias bons, se resumiam em poder dar cem por cento da minha atenção a S/a e aos outros sem ficar viajando na minha mente sem perceber, nos dias ruins eu tinha ausências e às vezes me sentia tão bem que podia correr uma maratona, mas depois me sentia um lixo, os pensamentos ruins me assombravam e as vozes às vezes pareciam querer voltar, mas eu me concentrava nela, na minha âncora, eu nunca disse a ela, não quero colocar tanta pressão sobre ela, ainda mais que as coisas entre nós estão indo bem, muito bem.

Virei para o lado e olhei o relógio que marcaram
03:47 da manhã, lembro que vim deitar por volta das 23:00, rolei na cama, joguei no celular e nada do sono chegar, queria descer e correr para ver se acabava um pouco com essa energia que eu estou sentindo, mas sei que não iria adiantar, nas outras noites que isso aconteceu eu invadia o quarto de Sn e dormia com ela.
No começo ela reclamava, dizia que eu tinha que dormir sozinha, ganhar segurança, mas eu não conseguia.

Já passavam das quatro da manhã e às nove eu deveria estar no consultório, estávamos progredindo, mas eu melhor que ninguém sei como pode ser demorado, mas agora eu tenho a S/a, ela tem cuidado tanto de mim, senti meu coração acelerar quando lembrei dos sorrisos compreensivos quando eu tinha ausências, dos olhares preocupados quando eu saía pra esfriar ou quando me trancava em algum cômodo, de como ela fica sem graça quando eu digo o quanto ela é bonita, quando a abraço e ela diz que não quer, mas eu sei que ela quer.

Me levantei e caminhei devagar no corredor para o seu quarto, ninguém podia me ouvir, se não eles iriam brigar comigo. Ouvi alguns gemidos e uma vontade enorme de gargalhar tomou conta de mim, mas coloquei a mão na boca, fui até a porta do quarto de Vero, só podia ser ela, sexo às quatro da manhã e ainda sem pudores para controlar os gemidos, só ela.

Eu sabia o que deveria fazer, mas antes eu precisava checar a porta de Sn pra ver se estava trancada, era ao lado do quarto da Vero, então seria mais fácil. Caminhei até a porta e estava trancada, ela sempre fazia isso, como eu fazia durante quase todas as noites, eu iria abrir a fechadura com os meus equipamentos, não levou muito tempo e a porta estava aberta, não sei porquê ela insistia em trancar se eu iria abrir mesmo, ela estava toda esparramada na cama. Eu só ia poder deitar na pontinha, mas tudo bem.

Agora vamos ao plano de acabar com a foda alheia, deixei a porta aberta, teria que ser rápida, fui devagar pelo corredor e ainda podia ouvir os gemidos, agora eles estavam até mais altos, peguei a maçaneta da porta e forcei fazendo barulho na porta, na mesma hora ouvi um estrondo enorme, acho que alguém caiu, corri para o quarto de Sn, tranquei a porta e deitei do lado dela, puxando ela pra dormir agarrada comigo, o lado bom de ela ter o sono pesado é que eu poderia fazer a festa ali e ela nem iria acordar, só ouvi o estrondo da porta de Vero abrindo.

- Lauren!! Sua desgraçada. - ela gritava do corredor batendo na porta dela, eu estava dando uma gargalhada silenciosa porque se Vero descobrisse que fui eu ela iria me matar. - Você acha graça dar susto nos outros? - ela falava alto, Lauren deve ter aberto a porta.

- Eu caí de cabeça!! - quando ela falou essa última frase, eu tive que colocar minha boca contra o corpo de Sn para não fazer barulho.

- Billie, o que? - ela dizia sonolenta. - Por
quê você está aqui e rindo? - lágrimas caíam pelos meus olhos de tanto rir. - Quem está gritando assim? - ela ia levantar pra abrir a porta, mas eu a segurei.