Forty nine

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Acordei com o som do despertador tocando, agora S/a estava em cima de mim, senti ela se mexer pra desligar, a abracei pra ela não sair e pude senti-la se aconchegar ainda mais em mim.

- Temos que levantar, daqui a pouco o pessoal está aí e temos que ir na sua consulta. - ela falou arrastado.

- Só mais um pouquinho... - eu disse, estávamos invertendo os papéis, antes eu era a responsável e ela era a dorminhoca.

-Vou tomar banho, me vestir e antes de descer para tomar café eu passo aqui pra te chamar. - ela tentou levantar, mas eu não deixei.

- Não, eu quero que você fique aqui comigo. - eu choraminguei.

- Bills, o FBI chega daqui a pouco. - ela subiu um pouco e nossos rostos estavam frente a frente, suas mãos faziam carinho em meu rosto e meus braços envolviam sua cintura.

- Eu vou te beijar. - eu avisei rindo e roubei um selinho, ela apenas sorriu de olhos fechados. - Senti saudades de ficar assim com você. - eu sorri, devo ter dado um sorriso tão idiota que ela riu junto.

- Ficamos assim ontem. - ela disse.

-Queria ficar assim pra sempre, só você e eu sem preocupações. - eu fiz carinho em seu rosto, ficamos naquele silêncio gostoso, eu não iria tentar nada, da última vez que tentei mais que um selinho, eu ganhei uma mordida que ficou roxa por um bom tempo.

- Bills, preciso ir. - ela saiu dos meus braços e ficou de pé, eu me virei pra ela ainda deitada e segurei sua mão.

- Não me deixe... - falei manhosa e ela abriu um sorriso bonito.

- Para de ser dramática. - largou minha mão e foi em direção a porta.

- Vai tomar banho, senão vamos nos atrasar. - ela deu um tapa na minha bunda e saiu correndo. Fiquei mais um pouco na cama, mas depois fui tomar banho, não demorei muito, quando saí olhei meu corpo no espelho eu estava recuperando meu corpo de antes, malhar pra tentar queimar energia estava ajudando, minha barriga estava com pequenas definições e aquilo me fez rir.

Sn iria morrer com aquilo, ela adorava minha barriga daquele jeito. Saí e fui escolher uma roupa, optei por algo simples, uma jaqueta jeans preta, um all star cano médio, uma blusa branca e um colete listrado por cima, fiz uma maquiagem simples só pra valorizar os olhos e desci, a sala estava vazia, o pessoal deveria ter ido para agência, eu e Sn deveríamos ir também, mas avisamos que íamos depois da consulta.

Caminhei até a cozinha e ouvi vozes, eu sei que não deveria ouvir, mas foi mais forte que eu.

- Você acha mesmo que ela te ama?
- uma voz masculina falava. - Quando ela estava boa, ficava pelos cômodos da casa comendo as putas dela, se afundando em drogas e álcool e agora que não tem ninguém ela fica toda doce com você, o pior cego é o que não quer ver.

-Austin... - só podia ser esse filho da puta. - O que você entende de amor? - ela indagou pra ele.

- Entendo que te amei, todo aquele tempo, aceitando apenas transar com você e sair, sem você nem uma vez aceitar sair comigo. - ele aumentou um pouco a voz. Então eles tiveram algo...

- Pra você jogar seu futuro fora com essa aí.

- Eu a amo. E ela me ama, nada do que você disser vai mudar isso. - Sn dizia firme. Isso amor, jogue na cara dele seu amor por mim.

- Não quero mudar o que você sente, só quero abrir seus olhos, o amor que você diz que ela sente por você não passa de uma necessidade, ela está com você porque ela precisa de você. - aquelas palavras pesaram em mim, é assim que as pessoas vêem meu relacionamento com a S/a.

The Mission - Billie e S/n (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora