príncipe ou híbrido?

43 4 4
                                    

Chegamos ao Baile. E parece que realmente tinhamos chegado atrasos, porque todos já estavam lá. Kaio saiu para pegar uma bebida para nós dois. E eu olho ao redor, parece ver se encontro alguém da minha família aqui. E até agora não vejo ninguém.

- Procurando alguém? - Kaio aparece com dois copos nas mãos.

- Não, estava só observando as pessoas.

- Me permite a honra dessa dança? - Ele pergunta erguendo a mão para mim.

Colocamos os nosso copos encima de uma mesa próxima. E seguimos para a pista de dança.

- Eu não danço muito. - Eu realmente não sabia dança nada. Tio Damon já tinha tentando me ensinar algumas vezes, mas eu não era uma aluna muito dedicada.

- Primeiro você vai colocar essa mão aqui. - Ele pega minha mão e coloca do pescoço dele. - E essa mão vai aqui. - Ela junta minha outra mão com uma das mãos dele. - E essa vai aqui. - Ele coloca sua outra mão da minha cintura. - Nesse momento eu senti uma explosão de sensações. Parecia que eu tinha sido atingida por um raio. E todo o meu corpo foi eletrocutado. Me arrepiei inteira.

Conforme fomos dançando os  foram fluindo. Como se estivessem flutuando na pista de dança. Como se gravidade tivesse tido extinta da terra. Estavamos nos olhando com tanta intensidade, como se não tivesse ninguém naquela pista de dança além de nós dois. E como um movimento automático do meu corpo, eu coloquei a minha cabaça do peito dele, enquanto estávamos dançando.

Ficamos assim por um tempo. Acho que dançamos umas 3 músicas seguidas, mas passou tão rápido que nem percebemos. Só nos demos conta que eu tempo tinha passado, porque já estávamos com nossos pés doendo de tanto dançar.

- Quer tomar um ar lá fora? - Kaio pergunta.

Concordei com a cabeça. Então, ele pegou na minha mão e seguimos para as portas dos fundos do salão de festa. Lá tinha um jardim lindo. Seguimos para um banco que tinha bem no centro do jardim, e nos sentamos lá.

- A noite hoje tá linda! Olha pra essa lua. - Falo com admiração olhando para lua.

- Ela realmente tá perfeita! - Ouço Kaio concordar. Então olho para ele, mas ele não estava olhando para a lua, ele estava olhando para mim.

- Sabe, quando eu era mais jovem, eu tinha muito medo da lua. - Falo mudando de assunto.

- Como assim? - Pergunta Kaio confuso.

- É que era dolorido, tenho péssimas recordações. Mas nunca deixei de achar a lua bonita. Mesmo tendo essas lembranças ruins. - Falo olhando para ele.

- Acho que eu consigo entender. - Os olhos de Kaio ficaram em um tom amarelo brilhante. Como os meus quando eu me transformo...

- Você é... - Tento dizer.

- Como você. - Ele afirma.

- Como você não se transforma na lua cheia? - É a primeira coisa que pergunto.

- É que eu não sou um tipo de lobo normal. Eu sou o que as pessoas chamam de híbrido.

- Híbrido? - Pergunto confusa.

- Você não sabe o que é um híbrido? É um ser, que é metade algo e metade outro. No meu caso, sou metade lobo e metade vampiro. - Ele mostra o rosto de vampiro. - O meu lado vampiro impede que o meu lado lobo de manisfeste de forma inconsciente. Eu posso me transformar apenas quando eu quero.

- Então eu sou um híbrido? Porque sou metade lobo e metade bruxa... - Realmente estava admirada com aquela descoberta. Eu não fazia idéia do que eu era. Me sentia uma aberração, por não ser como meus tios ou a Bonnie, ou ao menos um lobo comum. E conhecer alguém que parcialmente é parecido comigo, é realmente reconfortante.

- Agora temos um segredo em comum. É bom encontrar alguém como eu. - Kaio diz com um sorrisinho de conforto.

E Kaio estava conseguindo se tornar alguém cada vez mais interessante ou intrigante. Quem diria que um garoto da minha escola seria um sobrenatural. E ainda mais, um híbrido, como eu.

- Que tal marcamos um café amanhã pra você me contar aquela longa história que comentou mais cedo? - Ele diz mudando de assunto.

- Seria perfeito. - Eu estava ansiosa para compartilhar com Kaio a minha história. E mais ansiosa ainda para conhecer mais sobre ele, a vida dele, a família dele. Acho que vamos nos tornar bons amigos.

Guarde a última dança (Klaus Mikaelson)Onde histórias criam vida. Descubra agora