um amigo para todas as horas

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- Então querida, você já decidiu qual faculdade vai fazer? - Tio Stefan pergunta enquanto estávamos na mesa tomando café.

- Não sei ainda. Já quis ser tanta coisa, que agora que eu realmente tenho que escolher algo de verdade, me sinto meio perdida.

- Não precisa ter pressa. Curte um pouco a vida, aproveita bastante. Antes de entrar de cabeça em alguma faculdade. - Tio Damon diz.

- E não que eu precise trabalhar nem nada disso. Afinal, eu sou a única herdeira dos Salvatores. - Falo rindo.

- Só esqueceu que somos imortais, querida. - Tio Damon afirma. E todos nós rimos.

Dou uma pausa na conversa para responder a mensagem que Kaio tinha me mandado. Ele teve que viajar no dia posterior a formatura. Segundo ele, foi assuntos de família. Mas não entrou em detalhes.

- Esse já é o quinto torpedo que você responde desde que sentamos aqui na mesa. Qual é o assunto tão urgente que não pode esperar o café terminar? - Tio Stefan pergunta.

- Kaio. Estamos mercado de nos encontrar hoje para tomar um café. - Explico.

- Aquele garoto de novo. Não gosto nenhum um pouco dele. - Tio Damon afirma.

- Você trocou duas palavras com ele tio. Você precisa conhecer ele melhor, ele é muito legal.

- Imagino que ele deve ser muito legal mesmo. - Tio Damon debocha.

- Da uma chance pro garoto, Damon. - Tio Stefan diz.

- Enfim, vamos nos encontrar daqui a 10 minutos, então estou indo. Até mais tarde, não me esperem pro almoço. - Levanto da mesa.

- Calma, eu te levo. - Tio Damon diz levantando da mesa também.

- Não precisa, eu dirijo.

- Mas você nem tem habilitação ainda. - Tio Stefan diz.

- Tio Damon me ensinou a dirijo desde que eu tinha 15 anos. E eu vou pegar seu carro, tá? - Saio pela a porta.

- Você ensinou? - Ouço tio Stefan perguntar.

Tio Damon só riu.

Eu já tinha pegado o carro do Tio Stefan escondido junto com o Tio Damon várias vezes. E ele nunca desconfiou. Eu já era uma pilota de fuga treinada.

Peguei o carro e segui para o Mystic Grill, onde eu me encontraria com Kaio. Entrei, e ele já estava sentado em uma mesa ao canto, me esperando.

- Demorei? - Pergunto me sentando na mesa.

- Eu demorei. Uma semana foi muito tempo para ficar longe de você. - Ele diz rindo.

Kaio sempre faz essas "brincadeirinhas", e eu nunca sei quando ele fala sério ou está brincando.

- E como foi a viagem? Resolveu tudo que tinha pra resolver? - Sempre mudo de assunto.

- Não era uma emergência. Mas eu prefiro resolver os problemas da minha família pessoalmente. - Ele explica.

- E você não me contou muito sobre a sua família. Eles também são como você, como nós? Quero dizer... eles também são híbridos? - Pergunto.

- Eles queriam ser tão legais como nós. - Ele ri. - Mas não! Eles não são lobos, são só vampiros.

- E como você descobriu que era lobo? Quem você... -

- Quando eu me alimentei pela a primeira vez quando fiz a transformação do vampirismo. Eu acabei perdendo o controle, e matei a pessoa. Logo em seguida eu me transformei.

- Nossa... Deve ter sido bem difícil para você.

- É bem dolorido sim. Mas é você, quem você matou? - Ele pergunta direto.

- A gente pode mudar de assunto? Desculpa, é que eu não gosto de falar sobre isso. - Esse era um dos assuntos mais delicados pra mim. Nunca consegui superar o que aconteceu.

- Desculpa, se eu fui indelicado...

- Tá tudo bem. Talvez em algum outro momento a gente volte a falar sobre isso.

- Sinto que não comemoramos a formatura devidamente. Que tal bebermos para comemorar? - Ele diz animado.

- Essa ideia é brilhante.

Kaio chamou o garçom e somos pedindo várias rodadas de shots.

Guarde a última dança (Klaus Mikaelson)Onde histórias criam vida. Descubra agora