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Pulamos os troncos de madeira e posicionamos o barril de cerveja no lugar perfeito

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Pulamos os troncos de madeira e posicionamos o barril de cerveja no lugar perfeito. Kie joga o abridor para mim, e executo a ação rapidamente.

Ouço o barulho da sacola dos copos sendo aberta por Pope, enquanto observo o horizonte começando a ser poluído pelas pessoas, que vem em nossa direção.

O calor de hoje é receptivo, típico dos primeiros dias de estio. Perfeito para a abertura oficial das férias e da temporada de verão: onde nossa única obrigação é se divertir o tempo todo, ao estilo pogue.

Minha mão pousa no tonel, checando a temperatura. John B aproxima-se abrindo a boca. Sorrio, pegando o conector e aperto sua trava, cuja espirra cerveja na boca do meu amigo e em boa parte do seu rosto. Ele se afasta rapidamente, e nós dois rimos.

Eu encho os copos, enquanto Kie os entrega para Pope e John b. Levantamos os recipientes, brindando e eu viro o líquido estupidamente gelado garganta abaixo, soltando um suspiro sôfrego assim que ele acaba.

De repente, aquelas várias pessoas de todos os tipos, já estão ao nosso redor.

Outer banks, o paraíso na terra.

O tipo de lugar onde se tem dois empregos, ou duas casas. Duas tribos, e por mais divergentes que suas facetas sejam, apenas uma ilha.

Porém, você não conseguirá entender OBX sem entender suas camadas.

— Ei! Vocês tem margarita? — Josh diz, e vira-se para os seus amigos. Todos riem como se tivessem acabado de ouvir a melhor piada do mundo.

Idiotas nesse nível são os kooks: nossos inimigos naturais. A maioria vem de internatos, e são nativos do Figure eight, o lado rico da ilha.

Presencio o olhar de julgadamento de Kie no momento em que a olho de soslaio, e volto a encarar o pateta em minha frente. Patati estica seu braço, e John B simula entregar o copo, retraindo rapidamente.

— Qual foi, Bozo? — respondi a sua expressão, agora, séria. — Vai chorar? — um sorriso ladino nasceu em meu rosto, enquanto ele pegava sua bebida, contrariado.

Aqui é o lado sul, ou o cut.

Lar da classe operária que passa a vida trabalhando em mesas, lavando iates, administrando fretamentos, mas que mesmo assim anda a pé, ou com barcos velhos.

O habitat natural dos pogues.

Somos nós.

Pogues, pogies, os peixes descartáveis e os membros mais baixos da cadeia alimentar.

A próxima da fila é uma menina, cuja pele é pálida, seus olhos turqueza quase nos cegam e ela usa um chinelo preto com meia branca.

Os tourons.

— Quer uma cerveja? — John B questiona, e ela aceita, sorrindo.

E esses são os meus favoritos; os turistas. Totalmente sem noção, que passam uma semana de férias com suas famílias, e a isca para os tubarões.

Levanto-me rapidamente, e pego dois copos.

— Aposto que você não vira mais rápido que eu. — provoco-a, cuja sorri com o desafio.

Enchi nossos copos até a boca, entregando a bebida para minha nova adversária, e presa. Ela agradeceu revelando seu sotaque, como eu supôs: uma visitante.

Cruzamos os nossos braços e assim que uma de suas amigas deu a largada, começamos a beber. Ingeri a substância fluída o mais devagar que pude e logo ouvi sua comemoração.

Sorri, levantando minha mão e fazendo um hi-five com a garota. Seu rosto estava mais rosado do que antes. Pisquei para ela, subindo na tora de madeira, e todos ao redor a ovacionaram junto comigo.

De cima, olho de relance pela areia e sou atraído como um imã a ela, cuja nunca tinha visto na vida, tem a sua pele negra abraçada pela luz quente do sol, que faz um show de sombras diferente a cada passo seu contra o mar. As curvas do seu cabelo voam com a brisa marítima, o que a deixa ainda mais encantadora.

Pisco algumas vezes, tentando ter certeza que não é uma miragem e passo a mão no meu cabelo, criando coragem. Rapidamente, pego mais um copo. Preencho-o com bebida e vou ao encontro da garota. Até porquê eu não tenho nada a perder.

— Bebida, gatinha? — seus olhos amendoados me fitam como se estivessem lendo minha alma e todos os meus pecados. Ela sorri levemente, e suga toda a minha autoconfiança.

— Não, obrigada. — dou um sorriso, mas ela não o vê pois sua atenção volta para o pôr do sol.

— 'Cê é daqui? — ela negou lentamente com a cabeça, sabia! Seu rosto agora possuía o tom predominantemente amarelado, com resquícios laranjas. Seus olhos pareciam ter pedaços do sol. — Se tu quiser, qualquer dia eu te apresento para OBX — sua atenção voltou a ser minha. Seu olhar solar, permanecia vazio, impossível de interpretar.

— Olha, loirinho, eu não tô interessada, nem no passeio e nem em você! — ela voltou a rota original, meus olhos acompanhando-a, até pope aproximar-se com aquela expressão debochada.

— Aí loirinho, tá ocupado amanhã? — Heyward repetiu o apelido e revirei os olhos devagar. Em seguida, minha mão pousou em sua bochecha.

Semicerrei os olhos, alternando entre encarar sua boca e seus olhos.

— Pra você nunca, preto — ele sorriu levemente, pondo sua mão na base do meu pescoço.

— Então vem trabalhar comigo amanhã, e me dá seus 5%, loirinho — ele soprou, e eu me afastei.

— Para com essa porra de apelido! — o rapaz riu, afastando-se também.

— Ganhei, otário! — Pope passou o braço ao redor do meu pescoço. — Vem, vamo sentar ali perto do fogo. — seu sorriso convencido permaneceu em seu rosto, enquanto a noite começava.

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not around - jj maybankOnde histórias criam vida. Descubra agora