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tem um momento específico pra colocar a música, então eu recomendo o uso de fones pra melhorar a imersão na história.

boa leitura, amores <3

  Traguei a erva, sentindo a batida da música afetar meu corpo de maneira diferente

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  Traguei a erva, sentindo a batida da música afetar meu corpo de maneira diferente.

  Assim que encontro um canto um pouco mais afastado do tumulto, pego-me observando toda a situação ao meu redor e sinto todo cansaço que eu estava evitando, pairar sobre meus ombros.

  Responsabilidades não são novidade pra mim, já que cresci em uma casa onde sobreviver até o dia seguinte era um desafio.

  Porém, faz um ano que meu pai foi embora; consecutivamente, um ano que reivindiquei aquela casa, assumindo a obrigação de mantê-la de pé e fazer dela, minha.

  Espantei a névoa que pairava sobre minha mente quando Pope passou sendo levado por uma menina.

   — Aí, JJ — seu tom de voz é um pouco mais alto, devido a música. — A Kie tá te chamando ali perto da fogueira. — assenti e o vi sumir dentre aquele tanto de gente, eles crescem tão rápido.

  Fui ao encontro da menina, que se encontrava perto do barril de cerveja.

   — Tá me procurando? — assentiu, seu olhar vago desviando entre mim e alguma coisa nas minhas costas.

   — Eu tenho que sair agora e preciso de uma ajuda sua. — olhei para trás me deparando com uma garota de vestido curto cujos cachos possuíam bastante volume.  Minhas orbes voltaram para minha amiga, que recebeu minha sobrancelha levantada como resposta. 
   — Cê sabe que eu não resisto a uma paty. E ela tá indo embora daqui a pouco... — Carrera disse, sôfrega.

   — Tá bom, Kiara, já entendi. Pode pedir o que você quer.

   — Entrega esse copo pra Iara, por favor. E vê se tá tudo bem com ela. — senti todo o bom humor do meu corpo evaporar a cada palavra que saía da sua boca.

   — Tá me zuando? Eu não vou ficar de babá de subcelebridade local não.

  Depois de revirar os olhos mais uma vez, Carrera esbravejou:
   — É só entregar o copo, ver se tá tudo bem e sair, Maybank! Por favor! — O tom sôfrego de antes voltou e eu concordei, mesmo me sentindo contrariado.

  — Eu quero um mês de jantar grátis — peguei o copo, e depois dos seus muitos "obrigada" ela vai ao encontro da sua suposta "amiga".

  Engoli todo o meu orgulho com ajuda da cerveja, enquanto me lembrava da última vez em que pensei em entregar um copo para Aethra. O desconforto amarga a minha boca mais do que a bebida.

  "Foda-se" pensei, fumando pela última vez e jogando a bituca na primeira lixeira que vi.

  Começo a atravessar os grupos de adolescentes procurando pela menina, essa praia não é tão extensa, e por sorte, sou um pouco mais alto que a maioria aqui.

not around - jj maybankOnde histórias criam vida. Descubra agora