de mal a pior

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estava no hospital com o meu irmão, estávamos a ouvir o medico falar sobre o estado do meu pai, que bem, só piorava 

-mas doutor, quais são a chances do nosso pai sobreviver?- essa era uma pergunta que eu não seria capaz de fazer, mas o meu irmão era

-as chances não são favoráveis- ele disse, eu só estava a espera que ele disse-se os números -são de 47%- aquilo foi de perder o chão -vou deixar-vos sozinhos- o mesmo saiu 

eu e o Filipe ficamos em silencio por alguns momentos ate decidir-mos ir embora 

-queres que te deixe em casa ou no Campus?- ele perguntou quando entramos no carro -no Campus- ele concordou com a cabeça

a viagem foi em silencio, coisa que era raro de acontecer, mas depois de saber que um membro da nossa família esta em risco de morte, o silencio é inevitável, inda mais quando a pessoa em questão foi quem te criou

se fosse a minha mãe eu estaria bem melhor, não me levem a mal, mas eu não tenho a melhor relação com a minha mãe, eu sempre fui a menina do papá, já os meus irmãos, os meninos da mamã, com o divorcio dos meus pais, a minha relação com a minha mãe piorou, por isso que eu digo que se fosse a minha mãe, eu estaria menos mal

acabamos por chegar ao Campus, abracei o meu irão antes de sair do carro e dirigir-me a porta 

PETAR MUSA

estávamos a espera da Mariana para saber como estava o presidente, todos sabíamos que ela tinha ido ao hospital e que provavelmente iria trazer noticias

vimos a Mariana na porta e todos olhamos para ela que tinha um olhar distante... -e então?- o mister perguntou, Mariana olhou para o mesmo confusa, como se não soubesse do que estávamos a falar -como esta o Rui?- o alemão voltou a perguntar

-de mal a pior- ela confessou, a pouca animação que tínhamos no rosto desapareceu

-e como tu estas?- Di Maria perguntou a loira

-melhor do que ele- nisso ela tinha toda a razão do mundo -volto já- ela saiu

dei uma desculpa para sair, e fui atras dela, a minha surpresa foi vê-la tomar uma grande quantidade de comprimidos, e logo depois pegar em umas cinco caixas

-foi isso que a Sarah te disse da primeira vez?- só me apercebi do que disse depois de falar

ela olhou assustada para mim enquanto se apresava para guardas as caixas -o que fazes aqui?- ela perguntou quando voltou a olhar para mim

-não respondes-te a minha pergunta pergunta Mariana- disse calmo enquanto me aproximava dela

-sim- as coisas já faziam um pouco mais de sentido sobre esse assunto

-e eles sabem?- ela negou com a cabeça -merda mariana- disse a negar com a cabeça, como é que ela esconde uma coisa destas?

-como é que é suposto eu contar-lhes isto? explica-me Musa, se me quiseres fazer um discurso eu agradeço- ela claramente estava alterada

eu abracei-a e ela retribuiu o abraço com mais força, não tenho a noção de como deve ser doloroso ver o nosso pai a em risco de morte, mas imagino que seja horrível, e ela demonstra-o por muito que finja estar bem

afastamo-nos e notei que ela estava a chorar, eu nunca a tinha visto a chorar, sinceramente, acho que nunca ninguém de cá a viu chorar, nem mesmo o Rafa ou o Andreas

mas ainda bem que a estava a chorar a minha frente, para eu puder secar-lhe as lagrimas

-espero que saibas que estou aqui para, não só para ser o homem que tu amas e odeias ao mesmo tempo- ela riu do meu comentário -eu amor o teu sorriso, faz favor de continuar com ele- disse 

READY FOR ITOnde histórias criam vida. Descubra agora