★꙳⭑ 사랑의 표시 . 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐒𝐈𝐆𝐍꙳ .. ✩ !!

007.┃ME AME

VII

. ME AME .

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Sentada no topo de uma pequena montanha á cima de um bairro um pouco mais rural e casual. Morte e Desgraça assistiam a uma entrega de presentes de casamento, ocorrendo em uma casa alguns metros á frente da dupla.

Morte tinha um sorriso pequeno no canto dos lábios, admirada de como os humanos riam e se divertiam com tão pouco.

Desgraça, por outro lado, tinha seu olhar vago e perdido. Seu olhar às vezes oscilava entre a mulher loira ao seu lado, ao céu escuro iluminado pela luz das estrelas e lua, e às vezes, à entrega de presentes.

― Eu nunca vi uma entrega de presentes ― A loira contou, sorrindo ao ver a diversão dos humanos ― Eu nunca tinha visto isso. Nem sabia que isso existia.

― Tá acabando lentamente... ― O homem disse, atraindo a atenção da Ceifadora ― Não só aqueles que respiram e enfrentam a própria morte... Algumas coisas também morrem... De repente, não vê mais as coisas que costumava ver todos os dias. E observar isso, também é o meu trabalho.

― É bonito... mas é triste ― Morte pontuou.

― A maioria das coisas que desaparecem são belas.

― ... Você sabe o que são Supernovas? ― A moça questionou, atraindo a atenção do rapaz ― Tak Dong-gyung me contou sobre elas hoje. "Quando uma estrela deixa de existir, ela brilha extremamente forte. Mas se torna a energia 'pro crescimento de novas estrelas" ― Citou a frase da morena ― Ela vira estrela de novo... Não acha que é parecido?... Com tudo isso... E talvez, até com você... E talvez, quando eu morrer, posso ser o "quem" para dar origem à algo maior ― Confessou sorridente.

― Não tenta consolar a minha culpa por eu estar te matando. Não está dando certo ― Desgraça sorriu tímido, levando sua atenção até o céu estrelado ― ... Eu sabia que fiz uma péssima escolha ao escolher a Tak Dong-gyung para destruir o mundo... E mesmo assim, eu escolhi fechar o acordo.

― Ainda pensa isso? ― A loira questionou rapidamente.

― Sim. Eu me culpo todos os dias ― Confessou levando seu olhar até as íris escuras dos olhos da mulher.

― É só... quebrar o acordo.

― Não posso. Desse jeito, perderia a pessoa que mais amo.

― E você ama alguém? ― A mulher questionou surpresa ― Sempre disse que sentia pena das pessoas, nunca amaria ou gostaria de alguém...

― É você ― O rapaz confessou, atrapalhando a fala da mulher ― ...Eu perderia você... E eu me culpo todos os dias por isso. Por que eu vou te perder de qualquer maneira, com o mundo explodindo ou não, com a Tak Dong-gyung, ou eu, quebrando o acordo. Por mesmo em tão pouco tempo, ela pode criar um laço amável com você. Ela simpatizou com você... Você tem esse dom, fazerem todos gostarem de você... Até mesmo aquele pirralho irritante do restaurante ― Confessou sorrindo ― ... Me fez gostar de alguém. Você fez amar alguém pela primeira vez... Você me fez te amar... Então eu peço, Morte, me deixe te amar enquanto ainda há tempo, e me ame enquanto pode... Faça isso se você puder... E então, seja a primeira pessoa a me amar.

― O que isso quer dizer?

― Você me disse que me salvou sem nenhum motivo, e depois, me disse que eu deveria te agradecer ― Desgraça sorriu ao ver o rosto de confusão da Ceifadora ― Você é bem lerdinha, não é? ― O rapaz bufou descontraído ― Esse foi o jeito que eu achei de te agradecer... O jeito de agradecer por todos os anos que foi paciente comigo, e me ouvia mesmo depois de brigar com você... E por todas as vezes que queria se aproximar de mim, e eu te afastava. E todas as vezes que você tentava me concertar...

― Você só não quer sentir remorso quando eu morrer... ― A loira voltou seu olhar ao céu, deduzindo que Desgraça estava apenas fazendo uma brincadeira de mau gosto.

― Na verdade, é o contrário... Eu só quero me sentir amado pela pessoa que amo, é pedir muito? Não vai se machucar se fizer isso.

― Vou! Vou sim... Os meus sentimentos... Eu vou machucar os meus sentimentos...

― Os seus sentimentos? Não acha que eu vou ficar triste sabendo que você não me ama, e nem quer me amar?

― Você não sabe como se comportar quando vê as coisas desaparecendo, não é? ... Eu sei, por que tenho que lidar com isso todo dia. Hoje em dia, quando eu te vejo me olhando, eu enxergo o que você é...

― E o que eu sou?

― Um homem bom... que foi prejudicado pela minha própria dor... Você pode se sentir culpado por estar me matando... Mas eu tenho certeza que não e sente mais culpado do que eu, por ter lhe entregado esse fardo pesado, sem ao menos pedir. Eu te entreguei o fardo de carregar toda a desgraça do mundo, eu pedi pra ela te criar por isso... Hoje em dia, eu vejo como fui egoísta... Eu não me culpo por te criar. Eu me culpo por lhe obrigar a carregar o mesmo fardo que eu, sem nem mesmo ter me preocupado com o que você sentiria ― A loira se abriu, e pela primeira vez, desabafou.